Pineocitoma
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Masc. 52 a.  Para ressonância magnética, clique.
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Destaques  da  microscopia. 
HE.  Células pequenas formando agrupamentos em um fundo rico em delicados prolongamentos citoplasmáticos  NF.  Axônios entre células neoplásicas  NF.  Rosetas de Homer Wright
NF.  Positividade citoplasmática forte em algumas células - diferenciação neuronal SNF.  Positivo no interstício entre as células neoplásicas. Rosetas GFAP.  Positividade em prolongamentos citoplasmáticos de astrócitos
VIM.  Positivo em astrócitos participantes do tumor CD45. Positivo em raros linfócitos, negativo no tumor  Ki-67. Marcação de núcleos isolados ou em pares (1-2%) - tumor de lento crescimento
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Histologia  - HE.  Aspecto geral.   Foi recebido apenas um diminuto fragmento (cerca de 2 x 0,3 mm).  Neoplasia de linhagem neuroectodérmica, constituída por células com núcleos redondos regulares e citoplasma róseo escasso que forma prolongamentos. Estes se mesclam numa delicada rede fibrilar de fundo. A vascularização é escassa, e não se notam sinais de agressividade, como proliferação endotelial, mitoses ou necrose. Algumas raras áreas com menos núcleos sugerem pseudorrosetas de tipo Homer Wright, confirmadas em imunohistoquímica para neurofilamento e sinaptofisina
Variações nos núcleos.  Dependendo da área examinada, os núcleos podem aparecer maiores, com cromatina mais frouxa, ou mais densos e homogêneos.  Possivelmente estas diferenças decorrem de artefatos de manipulação em um fragmento diminuto.
Células lembrando neurônios.  Ocasionalmente observaram-se núcleos com nucléolo e citoplasma róseo bem delimitado. Estas células lembram neurônios, e células análogas foram positivas para neurofilamento, indicando diferenciação neuronal. Lembrar que o pineocitoma é um tumor do parênquima pineal, derivado dos pineocitos, que são análogos aos neurônios. Para pineal normal, clique
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IMUNOHISTOQUÍMICA
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NF.  Proteína de neurofilamento foi a melhor reação para definir a natureza neuroectodérmica da neoplasia. Houve positividade citoplasmática em algumas células neoplásicas, indicando diferenciação neuronal. Também se marcaram prolongamentos celulares sugestivos de axônios. A maioria das células  neoplásicas, contudo, foi negativa.  Para breve texto sobre filamentos intermediários, que incluem neurofilamento, clique
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NF.  Axônios.  Aparecem como filamentos finos e tortuosos, de diâmetro regular, cursando entre as células tumorais. Estas, na maioria negativas para o marcador, tendem a dispor-se em pequenos agrupamentos. 
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NF.  Rosetas.   Em alguns locais há maior concentração de axônios, circundados pelos corpos celulares dos elementos vizinhos. O aspecto é compatível com as pseudorrosetas de Homer Wright, de encontro freqüente em neoplasias neuroectodérmicas de diferenciação neuronal, como meduloblastomas, neurocitoma central, neuroblastomas de supra-renal (1) (2), e ganglioneuroblastoma. Contudo, neste exemplo, não observamos as características pseudorrosetas pineocitomatosas, consideradas virtualmente patognomônicas dos pineocitomas. 
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NF.  Células.  Só células isoladas eram positivas no citoplasma para neurofilamento, o filamento intermediário característico de neurônios. Há alta probabilidade de que estas células sejam tumorais, e não neurônios pré-existentes englobados pela neoplasia, que é bem delimitada e não infiltrativa (ver RM).  Portanto, admitimos que as células positivas manifestem diferenciação neuronal. Algumas apresentam nucléolo, o que é próprio de neurônios maduros. 
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SNF.  Observa-se positividade para sinaptofisina (uma proteína associada a vesículas sinápticas) entre as células neoplásicas, em topografia semelhante à notada para axônios marcados para neurofilamento. O material positivo corresponderia a um 'neurópilo tumoral', ou seja, ao interstício constituído por prolongamentos celulares, imitando o neurópilo normal do córtex cerebral. Para breve texto sobre SNF e cromogranina (esta, negativa neste caso), clique. 
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SNF.  Rosetas.  Como para neurofilamento, acima, sinaptofisina foi positiva nas áreas anucleadas interpretadas como pseudorrosetas de Homer Wright
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GFAP. 

Mostra prolongamentos celulares de astrócitos cursando entre as células neoplásicas. Os pericários (parte maior do corpo celular junto ao núcleo), contudo, são raros. Os prolongamentos de astrócitos circundam pequenos vasos, como os astrócitos normais também fazem.  Algumas células, com citoplasma abundante e microvacuolado, são também envolvidas por eles.

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VIM.   Os resultados com vimentina são muito semelhantes aos com GFAP.  Vasos marcam-se com VIM. Algumas células positivas são morfologicamente semelhantes a astrócitos. Prolongamentos astrocitários são vistos entre as células neoplásicas, como com GFAP. 
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CD45.    Este marcador de células hemopoiéticas (= LCA ou leucocyte common antigen) foi pesquisado para verificar se algumas das pequenas células do tumor seriam linfócitos. A dúvida surgiu no diagnóstico diferencial com germinoma, que tem infiltrado linfocitário ao lado das células germinativas. Contudo, PLAP (fosfatase alcalina placentária) e c-Kit (CD117) foram negativos.  Aqui, mostramos alguns linfócitos positivos, não pertencentes ao tumor, que servem para validar a reação. 
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Ki-67. 

O marcador de proliferação celular Ki-67 foi positivo em raros núcleos das células neoplásicas (da ordem de 1 a 2%), indicando tumor de lento crescimento. O resultado é compatível com o esperado em pineocitomas (texto).  É digno de nota o encontro de pares de núcleos marcados. A observação pode ser fortuita, ou corresponder a células filhas, oriundas da divisão da mesma célula mãe. 

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Agradecimento. Caso trazido em consulta e gentilmente contribuído pelas Dras. Renata de Marchi Triglia e Rita de Cássia Perina Martins, Laboratório de Anatomia Patológica, Hospital Augusto de Oliveira Camargo, Indaiatuba, SP.  Imunohistoquímica realizada no Laboratório de Pesquisa, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, pelas técnicas Ana Cláudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis e Arethusa de Souza. Fotos do exame de ressonância magnética pela Dra. Renata de Marchi Triglia.
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Para RM deste paciente, clique  »
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Tumores  germinativos_ Neuroimagem Neuropatologia Tumores do parênquima pineal : Neuroimagem Neuropatologia
Banco de imagens :  Pineal normal, 
HE e imunohistoquímica
Tumores da pineal Textos ilustrados linkados:  Tumores germinativos do SNC Tumores do parênquima pineal
Outros textos sobre pineal e tumores :  tumores germinativos; pineocitoma, pineoblastoma e  PNETs supratentoriais, cistos da pineal.
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