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2a. amostra, hemisfério direito, 2016. |
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Masc. 20a. Clique para exames de imagem de 2015, 2016; anatomia patológica : tumores no testículo : teratoma, coriocarcinoma, metástases cerebrais do coriocarcinoma em 2015, 2016. |
Espécime
macro.
Massa ovalada de superfície externa irregular, alternando áreas vermelhas e amareladas. Em corte, aspecto variegado com cores variando entre cinza, róseo avermelhado e amarelo. Em correlação com o aspecto histológico, quase todo o interior do espécime era constituído por necrose e hemorragia antigas. Áreas mais amareladas apresentavam maior riqueza em pigmentos derivados da hemoglobina, como hematoidina e hemossiderina. Áreas esbranquiçadas na superfície representam tecido cerebral aderido ao tumor. Obs. Documentação macroscópica por gentileza do Sr. Irineu Mantovanelli Neto, técnico do Laboratório de Patologia do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. |
Destaques da microscopia. | ||
Interface tumor-cérebro. | Coriocarcinoma na leptomeninge | Citotrofoblasto |
Sinciciotrofoblasto | Gliose | Siderocalcinose em vasos |
Siderocalcinose em fibras colágenas da leptomeninge | Hemorragia, necrose | Infiltração dural por cito- e sinciciotrofoblasto |
Outros destaques. Teratoma e coriocarcinoma no testículo, primeira metástase cerebral | ||
Interface tumor - cérebro. Neste campo, observa-se colisão entre o tecido neoplásico (coriocarcinoma) e a superfície cerebral recoberta pela leptomeninge (no caso, pia-máter), que funciona como barreira à penetração. O córtex cerebral foi lesado cronicamente pela compressão tumoral e apresenta acentuada gliose. Há pouco tecido tumoral viável (áreas mais basófilas), pois a neoplasia, não tendo vasos próprios, sofre necrose e hemorragia. Fibras colágenas e pequenos vasos da leptomeninge apresentam intensa siderocalcinose devida aos sangramentos crônicos. |
Coriocarcinoma
crescendo junto à leptomeninge.
Aqui, uma fina camada de células neoplásicas é vista na interface com a leptomeninge, notada por suas artérias mais calibrosas. Na face oposta (embaixo na foto) o tumor foi substituído por hemorragia. Pequenas artérias envolvidas pelo tumor mostram siderocalcinose. |
Citotrofoblasto. Os componentes do coriocarcinoma, cito- e sinciciotrofoblasto, são análogos aos já descritos na metástase do ano anterior (2015) e no tumor primário no testículo. No citotrofoblasto, notar células de aspecto epitelial, nucléolos proeminentes e intensa atividade mitótica. Blocos celulares estão envolvidos por sangue. | |
Sinciciotrofoblasto. Células gigantes multinucleadas, com núcleos mais escuros e ovalados e sem mitoses. Comparar com metástase do ano anterior (2015) e tumor primário no testículo. | |
Gliose.
O caráter crônico do processo é evidenciado pela intensa gliose reacional no córtex cerebral, rica em astrócitos gemistocíticos. Comparar com a evolução da lesão em estudos de imagem. |
Siderocalcinose. A impregnação de estruturas conjuntivas por sais de ferro e cálcio lhes dá tonalidade fortemente basófila. O fenômeno se deve à abundância de ferro nas hemorragias crônicas próprias do coriocarcinoma. São mais afetadas a membrana elástica de pequenas artérias e fibras colágenas da leptomeninge. Freqüentemente, há também espessamento da camada íntima, por lesão crônica das células endoteliais. Para outros exemplos de siderocalcinose, clique. |
Siderocalcinose de vasos. Geralmente inicia-se e é mais intensa na membrana elástica interna. | |
Siderocalcinose de fibras colágenas da meninge. Fibras colágenas da leptomeninge destacam-se por seu tom fortemente basófilo. |
Hemorragia. O caráter agressivo do coriocarcinoma, que invade e destrói pequenos vasos para obter oxigênio e nutrientes, leva a hemorragia crônica. O sangue é extravasado aos poucos, não de forma explosiva como em uma hemorragia por rexe (exemplos, hemorragia hipertensiva, ou por ruptura de aneurismas). O sangue recente vai-se juntando ao mais antigo, nas áreas mais profundas. Este é o mecanismo para o crescimento rápido das lesões, documentado em estudos radiológicos seqüenciais. Comparar com metástases cerebrais de 2015 e 2016 e metástases pulmonares. |
Imagens em diferentes datas da primeira lesão (2015) em tomografias e da segunda (2016) em ressonância magnética. Há aumento de volume expressivo em poucos meses e até em dias. |
Necrose. A ausência de vasos no coriocarcinoma leva a rápida necrose das células neoplásicas à medida que se multiplicam e invadem tecidos. A necrose e a hemorragia se misturam, dando o aspecto pardacento observado no espécime macroscópico, externamente e ao corte. |
Infiltração dural. Este pequeno segmento de dura-máter, onde o tumor estava aderido, enfatiza a natureza altamente invasiva das células coriocarcinomatosas. A dura-máter é um tecido densamente colageneizado. Aqui observamos infiltração ativa de células neoplásicas entre as fibras colágenas e extensa hemorragia dissecando entre as mesmas. Tanto células do cito- como do sinciciotrofoblasto participam da invasão dural. |
Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP, com especial reconhecimento ao pessoal do Laboratório de Patologia da instituição: Irineu Mantovanelli Neto (documentação macroscópica), Aparecido Paulo de Moraes, Isabella Domingues Guize e Adriana Worschech (preparados histológicos). |
Metástases cerebrais na graduação:
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