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2. Peça de 2011 - meningioma intracraniano |
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Peça
cirúrgica de 2011.
Após a retirada da calota óssea
infiltrada por meningioma, o couro cabeludo foi suturado sobre a dura-máter.
A hemorragia no ato cirúrgico impediu a remoção do
tumor, sob risco grave ao paciente. Após quase 4 anos, procedeu-se
à exérese da lesão principal. Para ressonância
magnética pouco antes da segunda cirurgia, clique.
A peça obtida na segunda cirurgia, correspondendo ao componente intracraniano do meningioma, pesou cerca de 290 g e mediu 10 cm no maior diâmetro. A superfície superior não corresponde à dura-máter, como se poderia pensar. No período de 3 anos e meio entre as cirurgias, o tumor ultrapassou a dura, que ficou completamente incorporada à massa neoplásica. A parte superior do crescimento tumoral, como ficou em continuidade com a hipoderme do couro cabeludo, continha tecido adiposo, visível na superfície como ilhotas amareladas. Para histologia destas áreas, clique. |
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Vista lateral esquerda. | Vista lateral direita. Parte profunda vinhosa embaixo. Detalhes da superfície profunda no quadro seguinte. |
Superfície profunda. Vinhosa, heterogênea, com porções de giros cerebrais aderidos. Para histologia destes, clique. Áreas mais escuras são mais irrigadas, ou hemorrágicas devido à manipulação cirúrgica. | |
Superfície de corte, ao longo da linha média. A parte mais superficial (em cima nas fotos) é esbranquiçada, mais compacta e homogênea. A parte profunda, mais escura e de textura mais frouxa. As variações macroscópicas refletem diferenças na textura e vascularização do tumor. | |
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Superfície
externa da peça.
Mostra nas camadas superficiais tecido fibroso com grupamentos de adipócitos, presumivelmente do hipoderma do couro cabeludo, que recobriu o tumor durante 4 anos. O osso infiltrado foi retirado na primeira cirurgia, mas esta foi abortada devido a sangramento. |
Tecido
adiposo infiltrado pelo meningioma.
Apesar de sua natureza benigna, as células meningoteliais podem invadir tecidos vizinhos de linhagem conjuntiva. A mais comumente infiltrada é a dura-máter, seguida pelo osso. Ultrapassado o osso, o tumor pode penetrar tecidos extracranianos, como adiposo e muscular esquelético. Para exemplo, clique. Na foto ao lado, lóbulos de células meningiomatosas permeiam entre os adipócitos do hipoderma. Em outras áreas, adipócitos ficam aprisionados no meio do meningioma. |
Meningioma,
aspecto geral.
Poder-se-ia pensar que um tumor que atingiu tais proporções insólitas e com tal capacidade infiltrativa, seria de alto grau histológico, configurando um meningioma anaplásico (OMS grau III) ou um sarcoma. Na realidade, é uma lesão de baixo grau (grau I da OMS), que apresenta padrões histológicos variáveis, como meningotelial, transicional e fibroblástico. Mitoses não foram encontradas, nem áreas de necrose. |
Interface
tumor - cérebro.
O limite entre tumor e cérebro era nítido, sem evidência de invasão. O córtex cerebral em contato com o meningioma estava apenas comprimido, não infiltrado. O achado confirma o tumor como grau I da OMS. Se houvesse invasão cerebral, seria considerado grau II. Para texto sobre meningiomas atípicos e meningiomas grau II, clique. |
Para mais imagens deste caso: | |||
TC, RM originais | Crânio infiltrado por meningioma, com hiperostose | RM após 3 anos | Meningioma intracraniano |
Mais sobre meningiomas: Textos didáticos ilustrados : |
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