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Masc. 10
a 5 m. Clique para RMs,
1a. amostra 2012. HE,
IH - GFAP, Vimentina,
sinaptofisina,
MAP2,
NeuN,
NF,
CD56,
CD34,
Ki67.
2a. amostra 2019. HE, IH
- GFAP,
Vimentina,
sinaptofisina,
MAP2,
NeuN,
NF,
CD56,
CD34,
Ki67
Quadro comparativo. Tabela - CD34 em gangliogliomas |
Aspecto geral. Células lembrando astrócitos. A pequena amostra da intumescência lombar expandida (ver RM) mostrava em aumento fraco uma neoplasia astrocitária de baixo grau histológico, constituída por células alongadas ou estreladas em arranjo anárquico. Os núcleos tinham cromatina densa, mas atipias nucleares eram escassas, não havia nucléolos e mitoses não foram encontradas. Alguns pequenos vasos mostravam proliferação endotelial e espessamento da parede. O aspecto lembrava um astrocitoma pilocítico, sem corpos hialinos ou fibras de Rosenthal. |
Células lembrando neurônios. Em áreas próximas, chamavam a atenção células dispersas em um fundo frouxo, freqüentemente formando pequenos grupos de 3 a 5 células, com núcleos redondos, não raro com nucléolos, e citoplasma escasso. Estas células marcavam-se para antígenos como sinaptofisina, MAP2 e NeuN, indicando sua natureza neuronal. Aspecto semelhante já observamos em outros gangliogliomas (1)(2)(3). |
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GFAP. GFAP, um filamento intermediário específico de astrócitos, mas também expresso por epêndima, foi positivo de forma universal nas células deste tumor. Tanto células com morfologia astrocitária como neuronal foram positivas. Fenômeno semelhante encontramos com vimentina, abaixo. O achado sugere que as células neoplásicas eram imaturas, podendo expressar ao mesmo tempo antígenos de duas linhagens divergentes. |
Células lembrando neurônios, mas GFAP positivas. Embora estas células multinucleadas tenham nucléolos e lembrem neurônios, são indiscutivelmente GFAP positivas. Além disso, marcam para SNF, MAP2 e NeuN. Os achados indicam, portanto, que expressam simultaneamente antígenos neuronais e gliais. A explicação nos foge, e levantamos a hipótese que sejam células imaturas capazes de expressão divergente. Contudo, não marcam para CD34, um antígeno oncofetal freqüentemente expressado em células de gangliogliomas (ver tabela). | |
GFAP. Vasos. Estes vasos com proliferação endotelial, espessos e com várias luzes, destacam-se em negativo das células tumorais GFAP positivas. | |
Vimentina. Resultados semelhantes aos com GFAP, inclusive nas células multinucleadas lembrando neurônios, que foram positivas. | |
Sinaptofisina. SNF, uma proteína associada a vesículas sinápticas, é usada largamente para pesquisa de linhagem neuronal ou neuroendócrina. Aqui marcou as células multinucleadas lembrando neurônios, comprovando sua natureza neuronal. Este achado foi também reforçado pela positividade para MAP2 e NeuN. Células mononucleadas com aspecto glial, foram negativas. |
SNF. Células mononucleadas com aspecto sugestivo de natureza glial foram de modo geral negativas. | |
Axônios. Axônios passando pelo tumor (ver NF) marcam-se para SNF. Axônios entre as células neoplásicas indicam caráter infiltrativo do tumor. | |
MAP2. O anticorpo MAP2, considerado um dos melhores marcadores neuronais em uso, foi positivo no das células multinucleadas e nucleoladas, apoiando sua natureza neuronal. | |
MAP2. Vasos. Células endoteliais negativas. | |
NeuN. Este marcador de neurônios maduros (clique para breve texto) demonstrou positividade nos núcleos das células multinucleadas, corroborando sua linhagem neuronal. Células mononucleadas ou associadas a vasos foram negativas. |
NF. NF (proteína de neurofilamento, um filamento intermediário que participa do citoesqueleto de neurônios e axônios) é um anticorpo de escolha para demonstração de axônios. Aqui são vistos isolados no interior do tumor, provavelmente pertencentes a tratos longos infiltrados pela neoplasia. Não foram vistos neurônios marcados, nem houve positividade nas células multinucleadas descritas acima. |
CD56. Esta molécula de membrana (glicoproteína de adesão para células neurais) foi muito fracamente positiva na primeira amostra deste ganglioglioma, só em focos, contrastando com a segunda amostra após 7 anos. A reação foi feita simultaneamente nos 2 cortes, na mesma lâmina. Uma possibilidade para a discrepância é que este bloco já tinha 7 anos de idade, e o outro, poucos dias. Também Ki67 foi negativo na primeira amostra e claramente positivo na segunda. Contudo, isso não ocorreu com os antígenos neuronais e gliais que reagiram igualmente (exceto NeuN, positivo na primeira e negativo justamente na segunda). | |
CD34. CD34, um antígeno oncofetal, é expressado transitoriamente durante o desenvolvimento do sistema nervoso central (para textos, clique). É observado na face luminal de células endoteliais, sendo por isso útil na avaliação de vascularização de tumores em geral. Pode ser expressado em padrão membrana em áreas de displasia cortical e em tumores associados a epilepsia crônica, como gangliogliomas, DNETs e xantoastrocitomas pleomórficos. No presente caso, porém, CD34 restringiu-se aos vasos e foi negativo nas células tumorais. Os vasos são relativamente escassos, mas freqüentemente mostram proliferação endotelial e pseudoglomérulos, destacando-se contra o tecido marcado com anticorpos para GFAP. |
Ki-67. Totalmente negativo na amostra. | |
Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos técnicos do Laboratório de Patologia daquele hospital - Srs. Aparecido Paulo de Moraes e Irineu Mantovanelli Neto. |
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