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1. Macro, HE |
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Nesta página:
espécime, com fotos em estereomicroscópio,
lâminas
escaneadas, e microscopia óptica em HE.
Em outras páginas: exames de imagem, colorações especiais (tricrômico de Masson, reticulina), imunohistoquímica, microscopia eletrônica. |
Espécime. O material foi recebido em múltiplos fragmentos com cerca de 1 cm de diâmetro cada, em média. Eram firmes, de aspecto heterogêneo externamente e ao corte, alternando áreas esbranquiçadas, amareladas, sólidas e císticas. Pequenos grânulos brancos de aspecto arenoso corresponderiam a focos de calcificação. |
Fotos obtidas
em lupa estereoscópica.
Peças fotografadas com câmara Canon PowerShot G5 acoplada
a estereomicroscópio Zeiss, usando resolução de 5
megapixels (2592 x 1944), posteriormente reprocessadas para apresentação
na largura de 820 pixels (melhor configuração do monitor:
1024 x 768 pixels) .
Fotógrafo : Sr. Adilson Abílio Piaza, do Depto de Anatomia Patológica, Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. |
Lâminas escaneadas com 600 ou 1200 dpi (dots per inch) permitem correlacionar a histologia com a macroscopia das peças. | |
Idem, em corte corado por tricrômico de Masson. |
Idem, em corte submetido a reação imunohistoquímica para AE1AE3 (pancitoqueratina). |
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Obs. O presente caso guarda semelhança com outro, que pode ser consultado para mais detalhes. | |
Aspecto
geral do tumor.
Neoplasia epitelial formada por cordões anastomosantes de células escamosas, com células basais disposta em paliçada. O componente epitelial delimita eixos conjuntivo-vasculares e cistos contendo material amorfo eosinófilo. |
As células
basais,
cilíndricas e em arranjo compacto, apoiavam-se sobre o tecido conjuntivo ou margeavam cistos (estes, originados por degeneração do conjuntivo e vasos dos eixos vasculares, ver abaixo). A porção mais interna dos grupamentos epiteliais tinha células estreladas em arranjo frouxo, com abundante espaço extracelular entre elas. Focalmente, em meio às células reticulares, eram encontrados grupamentos das chamadas células fantasma, róseas e anucleadas (ver abaixo). |
Epitélio. As células basais e reticulares possuiam núcleos regulares, com escassas atipias. Foi observada apenas uma figura de mitose em todo o preparado. | |
Células fantasma, também conhecidas por células sombra ou queratina úmida (em inglês: ghost cells, shadow cells, wet keratin), não são exclusivas do craniofaringioma adamantinomatoso, sendo encontradas também no cisto odontogênico calcificante e no pilomatrixoma, um tumor benigno de folículos pilosos. As células fantasma são anucleadas, mas a porção que corresponderia ao citoplasma é rósea, volumosa e de limites nítidos. São propensas à calcificação distrófica. |
As calcificações, comuns no craniofaringioma, ocorrem sobre células fantasma. A deposição de cálcio inicia-se na forma de um pontilhado basófilo, que vai confluindo em massas densamente mineralizadas. |
Eixos conjuntivo-vasculares. O tumor é cruzado por vários eixos de tecido conjuntivo frouxo contendo vasos, sobre os quais se assentam as células em paliçada da camada basal do epitélio. O colágeno e reticulina presentes nos eixos são melhor demonstrados pelas respectivas colorações especiais (página seguinte). Os fibroblastos e vasos são positivos para vimentina, e as células endoteliais são bem demonstradas por CD34. A celularidade destas trabéculas que trazem nutrição ao epitélio é variável. Muitas são muito pobres em vasos e células, parecendo comum que degenerem, originando os cistos (ver abaixo). |
Este eixo é formado por vasos de paredes finas e delicados septos conjuntivos, predominando o espaço intersticial. |
Eixos conjuntivo-vasculares degenerados. É comum observar-se espaços conjuntivos que perderam suas células e vasos normais, estando ocupados por macrófagos xantomatosos que fagocitam restos celulares. O encontro de macrófagos é indício da degeneração dos eixos conjuntivos que, após a fagocitose, aparentemente se transformam nos cistos ubiquitários no tumor. |
Cistos de tamanhos variados, com conteúdo escasso, amorfo ou floculento, são encontrados em qualquer área do tumor. Parecem desenvolver-se a partir de eixos conjuntivo-vasculares que perderam suas células, vasos e elementos intersticiais, como fibras colágenas. Esta idéia é apoiada pelo encontro de remanescentes de colágeno e reticulina margeando os cistos (ver página seguinte), demonstrados respectivamente pelo tricrômico de Masson e pela impregnação argêntica de Gomori para reticulina. |
Os cistos são sempre circundados por células basais do tipo cilíndrico. São muito próprios do craniofaringioma adamantinomatoso, e os maiores são macroscópicos, chegando a volumosos, com vários centímetros. Comprimem estruturas vizinhas como, neste caso, a base da ponte e o IIIº ventrículo. Ver RM deste caso. | |
Cistos deste caso de craniofaringioma em RM coronal, T1 sem (em cima) e com contraste. Todo o tecido que impregna corresponde ao epitélio tumoral. Os cistos não se impregnam por contraste, já que não possuem vasos. | |
Cistos em RM sagital, sem (à E) e com contraste. Um grande cisto alongado na face posterior do tumor estende-se da base da ponte ao teto do IIIº ventrículo, rechaçando o tronco cerebral para trás. A parte anterior do tumor impregna-se, sendo constituída por tecido viável. Para mais imagens, clique. | |
Correlação
entre
a RM e a macroscopia das peças do tumor.
A parte alta do tumor, junto aos foramens de Monro, continha um cisto com conteúdo mais proteico (mais macromoléculas) que o grande cisto posterior. Este cisto é mais brilhante em T1. O fragmento do tumor que parece corresponder a esta área está apresentado ao lado. |
Para mais imagens deste caso: | |||
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A. 244 |
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