Craniofaringioma  adamantinomatoso.
3. Imunohistoquímica
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Destaques  da  imunohistoquímica.  Houve positividade para a maioria dos antígenos epiteliais (diversas citoqueratinas em padrão variável e EMA; CK20 e CEA negativos). Células fantasma foram negativas para todos anticorpos pesquisados, exceto algumas células isoladas, ou na periferia dos agrupamentos. 
AE1AE3.  Positivo difuso no epitélio tumoral, negativo em células fantasma. 34bE12. Positivo difuso no epitélio tumoral, negativo em células fantasma.
35bH11. Positivo nas células das porções internas do epitélio, negativo nas basais.   CK7.  Alternância de células positivas e negativas. CK5/6. Positivo focal, padrão semelhante a CK7.
EMA.  Positivo focal em grupos de células das porções internas do epitélio. CEA.  Positivo só na periferia dos grupos de células fantasma, negativo no restante. VIM. Positivo em vasos, fibroblastos, macrófagos e células inflamatórias dos eixos conjuntivo-vasculares.
CD68. Positivo em macrófagos dos eixos conjuntivo-vasculares e em cistos. CD34. Positivo em vasos. Ki-67. Marcação de cerca de 5% dos núcleos.
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AE1AE3. Este anticorpo policlonal contra vários tipos de queratina (pancitoqueratina) marca difusamente no citoplasma as células tumorais viáveis, que são de linhagem epitelial.  Os eixos conjuntivo-vasculares e os cistos ficam negativos.  Curiosamente, as células fantasma em grande parte não se marcam. 
AE1AE3 é uma mistura de dois anticorpos monoclonais (AE1 e AE3) obtidos contra queratinas epidérmicas humanas. AE1 reconhece a maioria das queratinas ácidas (tipo I). AE3 reconhece todas as queratinas básicas conhecidas. A combinação tem amplo espectro de positividade para todos os tipos de epitélios e suas neoplasias. 
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AE1AE3.  Células  fantasma. Ao contrário do que se poderia esperar, as células fantasma de modo geral não se marcam para queratinas. Isto é mais verdadeiro para as células maiores, mais volumosas, de contorno globoso, situadas no centro dos agrupamentos de células fantasma. Há marcação de algumas células menores, achatadas,  que podem representar formas de transição, especialmente na periferia dos agrupamentos. 

34bE12, um anticorpo monoclonal contra queratinas de alto peso molecular (57 e 66 kD), deu resultados essencialmente superponíveis aos de AE1AE3, marcando difusamente no citoplasma as células viáveis do epitélio, tanto basais como internas. As células fantasma foram negativas. 

35bH11 (reconhece CK8, citoqueratina básica de 52 kD). Os resultados diferem dos anteriores por marcar as células das porções internas do epitélio (células reticulares ou estreladas), ficando as células basais não marcadas ou só fracamente positivas. As células fantasma não se marcam (não demonstrado aqui). 

CK7. Citoqueratina básica de 54 kD, encontrada na maioria dos epitélios glandulares e ductais, mas não em epitélios escamosos estratificados. Neste craniofaringioma, obtivemos padrão variável, com células positivas e negativas em alternância. A marcação ocorreu tanto em células basais como do interior do epitélio. Células fantasma foram negativas. 

CK5/6. Citoqueratinas básicas de 58 e 56  kD respectivamente, encontradas em epitélios escamosos. Houve tendência a marcação das porções internas do epitélio (células reticulares ou estreladas), ficando as células basais negativas. As células fantasma não se marcaram, mas células vizinhas a estas (formas de transição) ou células formando redemoínhos que imitavam pérolas córneas foram positivas. 

EMA. Antígeno epitelial de membrana foi fortemente positivo em grupos de células nas porções internas do epitélio, ficando as células basais e muitas outras células escamosas internas negativas. O comportamento das células fantasma repetiu os antígenos epiteliais anteriores, ficando negativas, com positividade forte nas células transicionais da periferia dos agrupamentos. 

CEA. Antígeno cárcino-embriônico. Negativo no tumor (alguns focos de positividade fraca). As células fantasma foram negativas, com positividade forte nas células da periferia dos agrupamentos. 

VIM. Vimentina foi negativa no epitélio e positiva nos eixos conjuntivo-vasculares, onde marcou fibroblastos, macrófagos e vasos. 
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VIM. - Eixos conjuntivo-vasculares.  Vimentina é um filamento intermediário presente no citoplasma de células. Portanto, o que está positivo neste preparado são células, não material intersticial como colágeno ou reticulina. As células epiteliais do tumor não se marcam. As células encontradas são as de pequenos vasos (células endoteliais), fibroblastos e células inflamatórias, principalmente linfócitos e macrófagos. 
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VIM.  Macrófagos de citoplasma espumoso são encontrados em vários eixos conjuntivos e indicam degeneração em andamento, com fagocitose de restos celulares. 

CD68. Positividade para este marcador de macrófagos indica degeneração em andamento nos eixos conjuntivo-vasculares, que termina na formação dos inúmeros cistos observados na neoplasia. 

CD34. Marca somente as células endoteliais dos vasos do tumor, que se encontram nos eixos conjuntivo- vasculares. Os vasos são finos e sua concentração é variável, havendo áreas muito pouco vascularizadas.  Notar diferença com vimentina (acima), que marca, além dos vasos, células inflamatórias,  macrófagos e fibroblastos. 

Ki-67. Houve marcação de cerca de 5 % dos núcleos do epitélio tumoral (estimativa visual sem contagem, considerando vários campos em médio aumento). 
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