Calcificação da necrose caseosa 
(uma forma de evolução de uma necrose coagulativa)
Lam. A. 230/235

 

 
            O intuito desta lâmina é mostrar, no corte de pulmão, um nódulo de origem tuberculosa, que sofreu necrose caseosa como já discutido nos linfonodos da lâmina A. 63 (página anterior). 
            Além disso, o material necrótico sofreu calcificação, ou seja, impregnação por sais de cálcio, que dão macroscopicamente ao material consistência dura, cor branca e aspecto de giz.  Como a calcificação ocorreu em tecido degenerado ou necrótico, é chamada calcificação distrófica. É o tipo principal de calcificação. (A outra variedade, a calcificação metastática, é rara e de pouca importância.) 
            Microscopicamente, o material calcificado tem tonalidade basófila, isto é arroxeada, porque mostra grande afinidade pela hematoxilina. Nisto, contrasta com a necrose caseosa não calcificada, que tem cor rósea (acidófila ou eosinófila). O nódulo parcialmente calcificado mostra ainda pigmento negro (antracose), que já estava no tecido pulmonar antes do processo tuberculoso. 
            A cápsula fibrosa na periferia, constituída por colágeno e células inflamatórias crônicas, indica que o processo tuberculoso foi contido pelas defesas do organismo e está evoluindo para cura. 

 

 
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