Craniofaringioma.
Este tumor da região da sela turca geralmente ocorre na segunda
década e origina-se de restos embrionários da bolsa de
Rathke, ou seja, do epitélio que, a partir da faringe, vai originar
a adenohipófise. O tumor, de lento crescimento, destrói a
sela turca, e forma geralmente grande massa supraselar que invade o III
ventrículo e comprime o hipotálamo. Clinicamente, há
panhipopituitarismo (nanismo e ausência de maturação
sexual), decorrentes da destruição da hipófise.
Microscopicamente,
o tumor é constituído por cordões ou blocos de epitélio
plano estratificado, em que as células da periferia estão
dispostas em paliçada. No centro dos agrupamentos, as células
tendem a um arranjo frouxo (em conseqüência de degeneração)
e podem originar cistos, inclusive macroscópicos. Freqüentemente,
as células sofrem corneificação (isto é,
queratinização),
com perda do núcleo, ficando róseas (células -
fantasma). É comum que haja
calcificação
nestas áreas corneificadas. Os elementos importantes para o diagnóstico
do craniofaringioma são o epitélio plano estratificado
com camada basal em paliçada, e as células-fantasma.
O aspecto microscópico do craniofaringioma é muito semelhante
ao do adamantinoma, um tumor originado no germe dentário
que ocorre na mandíbula e maxila.
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