Esclerose tuberosa. Túber cortical gigante. 
1. Espécime, HE, Masson,  reticulina. 
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Masc. 1 a. 9 m.  Clique para TC, RM, macro, HE, tricrômico de Masson, reticulina, LFB-Nissl, destaques da imunohistoquímica, GFAP, vimentina, MAP2, cromogranina, SNF, NF, SMI-32, CD34, Ki67
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Espécime cirúrgico.   O volumoso túber documentado em TC e RM  foi retirado em peça única com cerca de 6 cm. de diâmetro. Externamente, mostra estruturas giriformes muito maiores que giros normais, recobertas por leptomeninge contendo veias dilatadas. Uma fatia foi retirada a fresco para estudos genéticos. Em corte, o aspecto é desorganizado e semelhante a uma neoplasia primária cerebral (embora histologicamente isto não se tenha confirmado).  Há uma camada superficial lembrando córtex espessado. A região subcortical é ocupada por tecido acinzentado de consistência firme, com áreas fortemente hiperemiadas ou hemorrágicas, sem aspecto de substância branca normal ou estruturas reconhecíveis. Calcificações finas eram notadas ao corte e raspagem, mas não opuseram resistência às secções. 
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Destaques  da  HE, colorações especiais
HE.  Lâminas escaneadas.  Tecido nervoso do túber. Mistura anárquica de neurônios e astrócitos Neurônios gigantes
Neurônios vacuolados Astrócitos Células de natureza duvidosa
Calcificações.  Masson. Calcificações.  Reticulina. Restrita a vasos
LFB-Nissl.  Lâmina escaneada Neurônios gigantes Neurônios vacuolados
Astrócitos Células de natureza duvidosa Calcificações
Destaques  da  imunohistoquímica
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HE. Lâminas escaneadas. 

A mesoscopia dos preparados histológicos fornece uma visão de conjunto útil para avaliar-se a desorganização do tecido no túber gigante.  A estrutura habitual de córtex e substância branca está substituída por bandas densas ou rarefeitas e abundantes microcalcificações.  Esta lâmina escaneada com 600 dpi (dots per inch) e abaixo com 1200 dpi. 

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Este corte 

guarda semelhança com o córtex e substância branca normais, mas os giros estão muito espessados e a área subcortical é riquíssima em concreções calcáreas, que aparecem como pontilhado escuro.  Histologicamente, o aspecto é caótico, com mescla anárquica de células gigantes, parte com características de neurônios, parte de astrócitos e outras indefinidas. 

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O extenso pontilhado basófilo 

que permeia o tecido nervoso subcortical corresponde a miríades de microcalcificações, evidentes na TC sem contraste. Córtex e leptomeninges à direita. 

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HE, aspecto geral.   O túber é constituído por tecido nervoso anômalo, que inclui neurônios e astrócitos volumosos, aberrantes, em arranjo caótico que em nada lembra as colunas e camadas do córtex cerebral normal. Microcalcificações estão dispersas em praticamente todo o espécime, com vaga tendência a agrupar-se em focos ou regiões. Os elementos celulares podem estar compactamente arranjados ou rarefeitos. Nestas áreas observa-se uma rede de prolongamentos astrocitários onde neurônios podem ser encontrados. 
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Tecido nervoso do túber. 

Mescla células anormais, com morfologia de neurônios, astrócitos e outras de padrão indefinido, em meio a densa trama de prolongamentos celulares. 

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Neurônios  aberrantes.    Os neurônios participantes do túber, comumente denominados 'gigantes', não lembram as células piramidais ou granulosas normais do córtex cerebral.  São muito maiores, assemelhando-se mais aos neurônios multipolares da medula espinal ou os globosos dos gânglios sensitivos. Apresentam citoplasma abundante, com corpúsculos de Nissl proeminentes (aspecto tigróide), núcleo arredondado, não raro excêntrico, com cromatina frouxa e nucléolo grande e fortemente basófilo. Há várias formas aberrantes, com núcleo ou contorno celular disformes, corpúsculos de Nissl escassos ou dispersos, e vacúolos citoplasmáticos múltiplos (quadro seguinte). 
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Neurônios vacuolados.      Um número não desprezível de neurônios apresentava vacúolos citoplasmáticos vazios e por vezes confluentes. A origem dos mesmos é obscura, mas há sugestão de que poderiam derivar de lisossomos anômalos.  Ver: Goto J. et al. Regulable neural progenitor-specific Tsc1 loss yields giant cells with organellar dysfunction in a model of tuberous sclerosis complex. Proc Natl Acad Sci U S A. 2011 Nov 8;108(45):E1070-9. 
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Astrócitos.     Os astrócitos encontrados no túber assemelham-se aos astrócitos gemistocíticos reativos vistos em lesões de qualquer natureza no tecido nervoso. Têm núcleo redondo com cromatina frouxa e nucléolo delicado. O citoplasma é róseo, sem corpúsculos de Nissl. Porém, alguns são maiores, com prolongamentos citoplasmáticos longos e a morfologia pode se aproximar à dos neurônios.  Algumas células apresentam feições morfológicas intermediárias entre neurônios e astrócitos, deixando o diagnóstico diferencial duvidoso (ver quadros em HE, LFB) e o problema estende-se à  imunohistoquímica
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Células  de  natureza  duvidosa.   Podem apresentar núcleos lembrando os de neurônios e citoplasma de astrócitos gemistocíticos (em 'vidro fosco'). 
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HE,  calcificações.    Aparecem como esférulas fortemente basófilas dispersas irregularmente, muito densas em certas regiões, raras ou ausentes em outras. Embora muito próximas entre si, não chegam a confluir, impedindo cortes. As lâminas foram  obtidas sem descalcificação. 
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COLORAÇÕES  ESPECIAIS
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Tricrômico de Masson. Lâmina escaneada. 

Esta lâmina do túber corada por tricrômico de Masson e escaneada com 600 dpi revela os contrastes entre as áreas mais densas e frouxas do tecido nervoso caótico que compõe a lesão. As áreas mais azuladas correspondem a calcificações.  Imagem abaixo com 1200 dpi. 

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Tricrômico de Masson. Calcificações.    As calcificações, que aparecem fortemente basófilas (roxas) em HE, tomam o azul de anilina do tricrômico de Masson e poderiam ser confundidas com fibras colágenas.  Há também colágeno acompanhando vasos. 
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Tecido nervoso anômalo.     A morfologia do tecido nervoso do túber no Masson acompanha o já discutido em HE. 
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Reticulina.   Fibras reticulínicas estão restritas aos vasos e não são encontradas entre as células da lesão. Para procedimento técnico, clique.
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Agradecimentos. Caso estudado com o Prof. Dr. Fábio Rogério.  Processamento histológico e lâminas HE pelo pessoal do Laboratório de Rotina: Mariagina de Jesus Gonçalves, Maria José Tibúrcio, Guaracy da Silva Ribeiro, Fernando Wagner dos Santos Cardoso, Viviane Ubiali, Fernanda das Chagas Riul e Vanessa Natielle Pereira de Oliveira.   Colorações especiais pela técnica Tayna Takahashi Santos.    Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP. 
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Mais imagens deste caso:
TC, RM macro Macro HE,  Masson, Reticulina LFB - Nissl
GFAP, VIM MAP2, cromogranina SNF, NF, SMI-32 CD34, Ki-67
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Textos:  ASECG,  esclerose tuberosa (1) (2) Banco de Imagens: Neuropatologia da esclerose tuberosa Características de imagem da esclerose tuberosa Esclerose tuberosa, ASECG, mais casos:  Imagem, Patologia
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