Meningioma  gigante  fronto-parietal com  hiperostose. 
1. TC, RM originais
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Masc. 43 a. História colhida na  primeira internação, fevereiro de 2008.  Há 2 anos, episódio em que tentava falar e não conseguia, com preservação da consciência e duração de 2 horas. Esses episódios se repetiram 3 a 4 vezes, até o último, há 6 meses. A partir deste, iniciou parestesias em dimídio direito (face e membros) e fraqueza progressiva de evolução lenta do mesmo lado. Também refere zumbido no ouvido esquerdo, anosmia e falta de paladar.  Exame neurológico. Queda dos membros à direita nas manobras deficitárias, mas força muscular grau V em todos membros à oposição. Reflexos simétricos. Fundoscopia - papiledema. Dismetria esquerda. Marcha parética. Há 2 meses cefaléia pulsátil hemicrânia direita. 

TC e RM em fevereiro de 2008 revelaram enorme meningioma de convexidade, com extensa infiltração da calota óssea e hiperostose bilateral e simétrica à linha média. O tumor estendia-se inferiormente até o nível do corpo caloso, maior à esquerda, comprimindo e distorcendo as estruturas cerebrais, sistema ventricular e núcleos da base. Na RM observou-se também malformação da transição occipito-cervical, com agenesia do baso-occipital e malformação de Chiari tipo I

Na cirurgia em março de 2008 foi retirada toda a calota óssea infiltrada pelo meningioma (ver peça e estudo histológico). A grande hemorragia resultante da separação entre a dura e o osso obrigou a interrupção do procedimento. O paciente permaneceu 4 anos em acompanhamento ambulatorial, e em dezembro de 2011, após nova RM, foi realizada a exérese da porção intracraniana da neoplasia (ver peça).  Atualmente no aguardo de cranioplastia. 

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TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA, 22/2/2008
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Radiografia simples, Sagital.  Descrição, comentários, ver ressonância
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Sem contraste  Com contraste 
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Sem contraste  Com contraste  Janela óssea 
Mais imagens deste exame.
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Comparação entre a imagem radiológica e a peça de calota em corte ântero-posterior.  Para mais imagens da macroscopia e histologia do osso infiltrado por meningioma, clique. 
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 25/2/2008 
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Grande espessamento das tábuas ósseas da calota craniana na linha média da região fronto-parietal, com impregnação de trabéculas no interior da díploe, alterações devidas à infiltração pelo tumor (meningioma) e à esclerose óssea reacional. O meningioma apresenta-se como grande lesão extra-axial baseada na foice cerebral, na linha média, crescendo bilateralmente, maior à esquerda. Mede 12,5 cm em diâmetro ântero-posterior, 7,5 cm em diâmetro látero-lateral e 5,5 cm de espessura. 

A lesão é sólida, isointensa em T1, discretamente hiperintensa em T2, tem contornos bem definidos e lobulados, com múltiplos focos de fluxo rápido (flow void) no interior, indicando rica vascularização. Impregna-se intensa- e homogeneamente pelo contraste. Há impregnação também da dura-máter nas bordas da lesão (sinal da cauda dural). O seio sagital superior está totalmente obliterado pela neoplasia (confirmado por angiorressonância).

O tumor produz efeito de massa, com desvio das estruturas da linha média para a direita. Comprime e escava o tecido cerebral fronto-parietal bilateralmente, rebaixa o corpo caloso, comprime e deforma os ventrículos laterais e III ventrículo, e acarreta hidrocefalia supratentorial à direita, com pequeno halo de permeação liquórica transependimária em torno do ventrículo lateral. A lesão causa edema vasogênico na substância branca adjacente, especialmente no hemisfério esquerdo. 

Para malformação da junção cranio-vertebral, clique. 

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T1 COM CONTRASTE, séries completas nos 3 planos ortogonais. 
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MELHORES  CORTES  -  AXIAIS
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE FLAIR
T2
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CORONAIS, T1 COM CONTRASTE FLAIR
FL
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SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
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Angiorressonância venosa.  Demonstra obstrução do seio sagital superior, com ausência de fluxo em toda a extensão do meningioma. Posterior à lesão, o seio está livre. Outros seios venosos sem particularidades. 
Mais imagens deste exame.    Para exemplos de angiorresonância venosa normal clique (1) (2).
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Malformação da junção cranio-vertebral. 

É causada por hipoplasia do clivus (formado pelo baso-esfenoide e baso-occipital). O ângulo clivo-canal está reduzido (130º, normal de 150º a 180º). Há invaginação basilar, com o processo odontóide do axis (vértebra C2) projetando-se 1,6 cm acima da linha de Chamberlain (normal até 0,7 cm). Há invaginação das tonsilas cerebelares no canal vertebral, compressão da ponte e do bulbo pelas estruturas ósseas, e rebaixamento do tentório (tenda do cerebelo) reduzindo as dimensões da fossa posterior (malformação de Chiari tipo I). Não há assimilação atlanto-occipital. 

Para aspectos normais da junção cranio-vertebral, clique.

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Malformação de Chiari tipo I. 

Herniação crônica das amígdalas (ou tonsilas) cerebelares no foramen magno, por redução volumétrica da fossa posterior. 

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Principais linhas e ângulos da junção cranio-vertebral. 

Mostradas em tomografia computadorizada sagital na linha média, janela óssea. Homem normal de 59 anos. 
 

Linha de Chamberlain.   Entre a extremidade posterior do pálato duro e a margem posterior do foramen magno (opisthion). A extremidade superior do processo odontóide do axis normalmente fica tangencial ou um pouco abaixo desta linha. Projeção de até 0,7 cm acima ainda é considerada normal. Acima disso fala-se em invaginação basilar

Ângulo basal de Welcher. Formado por duas linhas - do násion (junção entre o osso frontal e o nariz) ao tubérculo da sela, e deste ao básion (extremidade posterior do clivus ou margem anterior do foramen magno).  Deve ser igual ou menor que 140º. Se maior que 140º fala-se em platibasia (achatamento da base do crânio).  Ângulo clivo-canal.  Formado entre a linha basal do clivus de Wackenheim e sua extrapolação inferior tangenciando a superfície posterior do processo odontóide.  O ângulo normal varia entre 150º e 180º em situações de flexão e extensão do pescoço.  Quando menor que 150º pode resultar em estreitamento do canal e compressão medular. 
Ref. :  Smoker, WRK. Craniovertebral junction :  Normal anatomy, craniometry, and congenital anomalies. 
RadioGraphics  14: 255-277, 1994. (Disponível como texto completo livre via PubMed)

 
TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA, 22/2/2008
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Sem contraste 
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Com contraste 
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Janela óssea 
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 25/2/2008 
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CORTES  AXIAIS,  T1 SEM CONTRASTE
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T1 COM CONTRASTE
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T2
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FLAIR
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CORTES  CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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T1 COM CONTRASTE, DETALHES
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FLAIR
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CORTES  SAGITAIS,  T1 SEM CONTRASTE
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T1 SEM CONTRASTE, DETALHES
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T1 COM CONTRASTE
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SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE, DETALHES
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ANGIORRESSONÂNCIA  VENOSA
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Para mais imagens deste caso:
TC, RM originais Crânio infiltrado por meningioma,  com hiperostose RM após 3 anos Meningioma intracraniano
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Banco de imagens  Neuroimagem: meningiomas por topografia Neuroimagem :  casos Neuropatologia :  casos
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rico em linfócitos
e plasmócitos
com metaplasia adiposa 
(1) (2) (3)
xantomatoso
(1) (2)
atípico
(1) (2) (3)
com infiltração 
cerebral (1) (2)
cordóide
(1) (2)
células claras
(1) (2)
rabdóide papilífero . com paliçadas
simulando schwannoma
com invasão óssea, hiperostose 
 (1) (2) (3) (4)
Meningiomas, microscopia eletrônica: meningotelial, transicional secretor
(1) (2) (3)
células claras 
(1) (2)
metaplásico - lipidizado xantomatoso, angiomatoso xantomatoso, angiomatoso, microcístico rabdóide
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