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Lesões em zonas de fronteira entre artérias cerebrais anteriores e médias, com cavitação |
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Fem. 27 a. Anemia falciforme diagnosticada aos 9 anos. AVC isquêmico aos 12 anos (1985), com hemiparesia D residual. Tem glomerulopatia falciforme com insuficiência renal inicial. Portadora de trombofilia, heterozigota para mutação do fator V Leiden. Portadora de vírus da hepatite C. |
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MELHORES CORTES AXIAIS. Demonstram claramente as lesões nas zonas de fronteira entre os territórios das Aa. cerebrais anteriores (na porção mesial dos hemisférios) e médias (nas porções laterais). As lesões isquêmicas crônicas afetam mais a substância branca, como uma faixa de orientação ântero-posterior em cada hemisfério. O córtex na extremidade anterior da dita faixa está também atrófico. | ||
T1 SEM CONTRASTE | T2 | FLAIR |
As áreas afetadas mostram-se com hiposinal em T1 e hipersinal no TR longo (T2 e FLAIR). No FLAIR observam-se, além das áreas atróficas e glióticas, que têm hipersinal, formação de cavidades que, por conter líquor, aparecem com ausência de sinal (em negro). Em T2, tanto umas como outras dão hipersinal e os dois tipos de lesão se confundem. |
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Para estudo angiográfico normal das artérias cerebrais, clique. |
MELHORES CORTES CORONAIS, FLAIR. Mostram as lesões fronteiriças como hipersinal na substância branca com focos de cavitação. A formação de cavidades é uma lesão mais grave, em que houve necrose dos astrócitos, indicando grau mais intenso de isquemia. Na gliose, os astrócitos sobrevivem e sofrem hipertrofia, os astrócitos gemistocíticos. Entre os prolongamentos destes astrócitos reativos acumula-se água intersticial, que dá hipersinal em FLAIR. A água que preenche as cavidades é livre, não presa ao tecido, e portanto comporta-se como líquor, tendo sinal suprimido. Para mais sobre as alterações histológicas do tecido nervoso em isquemia e infartos, clique para lesões recentes e antigas. | |
MELHORES CORTES SAGITAIS, T1. Há atrofia dos 2/3 anteriores do corpo caloso, por perda das fibras comissurais devida às lesões isquêmicas de fronteira arterial. Estas lesões são observadas na segunda foto, como faixa de hiposinal em distribuição ântero-posterior. As porções anteriores dos hemisférios cerebrais são muito mais afetadas que as posteriores, notando-se grande alargamento do espaço subaracnóideo nas regiões frontais e parietais. Contrastando com as graves lesões supratentoriais, o cerebelo parece intacto. | |
DP
e ANGIORESSONÂNCIA.
A seqüência chamada densidade de prótons (DP) mede a quantidade de água no tecido. O tecido aparece numa tonalidade cinza relativamente homogênea, contra a qual se destacam os vasos, pelo vazio de fluxo ou flow void (em preto). Flow void indica fluxo rápido. Aqui, há uma notável pobreza de vasos, especialmente do território carotídeo. Onde presentes, têm diâmetro fino. As Aa. cerebrais posteriores mostram calibre aumentado. |
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DP | ANGIORESSONÂNCIA |
Na angioressonância, os vasos são demonstrados sem injeção de contraste, através da rapidez do fluxo. Vasos com fluxo baixo não aparecem. Na projeção axial acima, comparada com a imagem em DP, nota-se virtual ausência das Aa. carótidas internas e seus ramos (Aa. cerebrais anteriores e médias), que aparecem apenas como ramúsculos de grande delgadeza. Abaixo, comparação com uma angioressonância normal (exceto pequeno cavernoma). Clique para exemplos de angioressonância normal arterial (A) (B), venosa (A) (B), e angiografia digital normal. |
Plano
sagital.
Imagem em perfil, ressaltando outra vez a persistência do sistema vértebro-basilar, em contraste com a ausência (por obstrução) do sistema carotídeo. Abaixo, imagem legendada e comparação com outro caso com angioressonância normal, exceto um pequeno cavernoma. |
Clique para exemplos de angioressonância normal arterial (A) (B), venosa (A) (B), e angiografia digital normal. |
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CORTES AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE. | ||
FLAIR | ||
T2 | ||
T2 | DP | |
CORTES CORONAIS, FLAIR | ||
CORTES SAGITAIS, T1. | ||
ANGIORESSONÂNCIA mostrando ausência de sinal de fluxo das duas artérias carótidas internas e seus ramos. Apenas o sistema vértebro-basilar está evidente. Como não há infarto maciço dos hemisférios cerebrais, a irrigação destes, embora precária, deve ocorrer via círculo de Willis. | |
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Angiografia digital normal | Angiorressonância arterial normal (A) (B) | Angiorressonância venosa normal (A) (B) |
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