Xantoastrocitoma  pleomórfico frontal esquerdo. 
2. IH para GFAP, VIM 
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Masc. 11 a.   Clique para RM, HE, destaques da imunohistoquímica, GFAP, vimentina, S-100, NF, cromogranina, 1A4, CD34, CD99, Ki67, p53
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Destaques  da  imunohistoquímica. 
GFAP.  Periferia do tumor, boa delimitação com o tecido nervoso Células aberrantes GFAP positivas Células aberrantes GFAP negativas
Áreas fusocelulares Mitoses  Vasos
VIM.  Periferia do tumor, boa delimitação com o tecido nervoso Células aberrantes VIM positivas  Células aberrantes VIM negativas 
Áreas fusocelulares Células vacuoladas / xantomatosas Mitoses
S-100.  Tecido nervoso limítrofe com astrócitos gemistocíticos reacionais Células aberrantes S-100 positivas (marcação nuclear e citoplasmática) Células aberrantes S-100 negativas 
Mitoses NF.   Periferia do tumor, boa delimitação com o tecido nervoso. Negativo no tumor Cromogranina.  Negativa no tumor. Mitose atípica
Cromogranina.  Positiva em neurônios do córtex cerebral (controle interno) 1A4. Periferia do tumor, boa delimitação com o tecido nervoso  Células aberrantes 1A4 positivas
Células aberrantes 1A4 negativas Mitoses Vasos
CD34.   Células aberrantes, positividade em membrana  Áreas fusocelulares  Mitoses
Vasos CD99.  Positividade em membranas, inclusive em  células aberrantes Ki-67.  Positividade em cerca de 20% dos núcleos, em média
Ki-67.  Necrose em pseudopaliçada com alta marcação na periferia Células aberrantes positivas e negativas  Mitoses
p53. Positividade em cerca de 60% dos núcleos, em média Células aberrantes positivas  Células aberrantes negativas 
Destaques  da histologia - HE
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GFAP. Periferia do tumor, com infiltrado linfocitário.    O espécime continha a margem do tumor e sua transição para o tecido nervoso limítrofe. Nos fragmentos abaixo pode-se observar que as células neoplásicas aberrantes não avançam sobre áreas vizinhas, mas parecem contidas por um denso infiltrado inflamatório linfocitário. A boa delimitação, já notada em HE e em outras reações imunohistoquímicas (VIM, S-100, 1A4), é própria do xantoastrocitoma e ajuda diferenciar dos astrocitomas difusos. 
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GFAP. Periferia do tumor, com infiltrado linfocitário.    Na periferia do tumor há intenso infiltrado inflamatório crônico, que poderia ser interpretado como uma reação imunológica do organismo à expansão da neoplasia. 
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GFAP. Tecido nervoso limítrofe.    Na região bem próxima ao tumor, observa-se gliose reacional, com astrócitos gemistocíticos, mas não há células neoplásicas visíveis. 
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Nesta outra área,   o tumor chega até a superficie cerebral, identificada pela fina camada de leptomeninge (aracnóide) e pelos vasos calibrosos. Nesta região o tumor não tem células grandes e aberrantes, predominando o padrão fusocelular. 
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GFAP. 

A positividade da grande maioria das células neoplásicas para GFAP, um filamento intermediário próprio de astrócitos, define o tumor como de linhagem astrocitária. 

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GFAP. Células grandes atípicas.     A grande maioria das células volumosas e altamente pleomórficas foi positiva. Aqui incluem-se células multinucleadas e mitoses atípicas. Havia certa variação na intensidade da reação citoplasmática, e umas poucas células foram totalmente negativas (reunidas no quadro abaixo). Em ocasionais células reconhece-se o caráter finamente vacuolado do citoplasma que dá nome ao tumor (xantoastrocitoma) embora não tenhamos verificado gotículas lipídicas por colorações especiais, como o Escarlate R ou o Sudão Negro.  Estes métodos têm que ser realizados antes da inclusão em parafina, pois as gorduras são retiradas pelos solventes (álcool e xilol).  Ver também com vimentina
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GFAP. Células grandes atípicas  negativas. 

A completa negatividade de algumas células para GFAP, assim como vimentina e S-100 denota a ampla variabilidade de expressão fenotípica das células neoplásicas. 

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GFAP. Áreas  fusocelulares. 

Áreas fusocelulares são comumente observadas no xantoastrocitoma e podem simular sarcoma ou gliossarcoma. Para exemplos em outros casos, clique  (1)(2)(3)(4).

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GFAP. Mitoses.     Mitoses, tanto típicas como atípicas, eram de encontro freqüente. As atípicas geralmente mostravam uma placa metafásica com cromossomos desalinhados em um ou ambos os lados. Essa disposição, que pode ser interpretada como um 'atraso' dos cromossomos ao incorporar-se à placa, poderia resultar em perdas cromossômicas, levando a configurações genômicas deletérias.  Outras mitoses são mais aberrantes, como a tripolar (com três placas metafásicas e três centríolos) documentada abaixo, popularmente referida como mitose 'em estrela da Mercedes'.  Conferir na lâmina para cromogranina uma mitose tetrapolar 'em hélice de avião'. 
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GFAP. Vasos.   Como as células endoteliais e musculares lisas são negativas para GFAP, os vasos do tumor sobressaem contra as células tumorais positivas.  Assim, é possível estudar melhor a arquitetura dos vasos do que em HE. Em GFAP, observamos exemplos de proliferação endotelial que nos haviam passado despercebidas em HE, algumas vezes chegando à obliteração total da luz. 
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Vimentina. 

Periferia do tumor, com infiltrado linfocitário. 

Como já demonstrado com GFAP, a periferia do tumor é relativamente nítida e as células neoplásicas não invadem o córtex cerebral adjacente. Uma barreira de linfócitos intervém entre ambos.  Para mais detalhes, ver GFAP

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VIM.  Periferia do tumor com infiltrado linfocitário.   Linfócitos circundam células neoplásicas na periferia da massa neoplásica, sugerindo uma 'proteção imunológica' contra o avanço do tumor. 
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VIM.  Células grandes atípicas.     Grande parte do tumor era constituído por células aberrantes, volumosas, com núcleos altamente atípicos, de contorno irregular, alguns com pseudoinclusões, e freqüentemente multinucleadas. Mitoses anômalas eram corriqueiras. O formato da célula era geralmente redondo, mas havia algumas com prolongamentos citoplasmáticos que lembravam sua origem astrocitária. As células eram na grande maioria vimentina positivas, mas havia exceções, reunidas em outro quadro. Lembrar que com GFAP e S-100 sucede o mesmo. 
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VIM.  Células grandes atípicas,  VIM negativas.    A negatividade para vientina, um filamento intermediário do citoesqueleto virtualmente sempre positivo em astrócitos, ilustra a variabilidade de expressão gênica nestas células. 
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VIM.  Áreas fusocelulares.     As células alongadas dispunham-se em feixes multidirecionados, que por vezes se cruzavam em planos perpendiculares. Havia mitoses atípicas e células vimentina negativas também nestas áreas. 
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VIM.   Células vacuoladas ou xantomatosas.    Células como estas deram origem ao termo xantoastrocitoma, na suposição de que  estes vacúolos contenham lípides. No caso, como só recebemos material já incluído em parafina, não pudemos testar a veracidade desta idéia. 
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VIM.  Mitoses.     Mitoses desde típicas a atípicas, com anormalidades de toda sorte, eram comuns. 
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Agradecimentos. Caso do Laboratório CEDAP de Bragança Paulista, SP, enviado em consulta e  gentilmente contribuído pela Dra.  Helenice Piovesan.  Preparações histológicas e imunohistoquímicas pelos técnicos Viviane Ubiali, Ana Claudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis, Arethusa de Souza, Luis Felipe Billis e Thainá Milena Stela de Oliveira.  Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP. 
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Para mais imagens deste caso:
RM HE  IH - GFAP, VIM IH - S100, NF, cromogranina, 1A4 IH - CD34, CD99, Ki67, p53
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Características de imagem dos xantoastrocitomas Textos sobre xantoastrocitoma pleomórfico (1) (2) Xantoastrocitomas - mais casos: neuroimagem, neuropatologia
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