Neupatimagem-UNICAMP

Tumor embrionário do SNC com neurópilo abundante e rosetas multicamadas.
2. IH para GFAP, vimentina

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Fem. 8 a 4 m. Clique para RM, macro, HE, IH - GFAP, vimentina, SNF, NF, NeuN, MAP2, SMI32, cromogranina, CD34, Ki67

Destaques da imunohistoquímica.

GFAP. Diferenciação astrocitária incipiente	GFAP. Diferenciação astrocitária avançada	GFAP. Áreas indiferenciadas, rosetas multicamadas negativas. Capilares


VIM. Positividade citoplasmática em muitas células indiferenciadas	VIM. Positividade em células lembrando neurônios (natureza incerta)	VIM. Positividade nas células participantes das rosetas


SNF. Negativa nas áreas indiferenciadas	SNF. Negativa nas rosetas	SNF. Positiva no neurópilo de áreas com diferenciação neuronal, mas negativa nos corpos celulares


NF. Diferenciação neuronal incipiente	NF. Diferenciação neuronal avançada. Axônios	NF. Negativo nas rosetas


NeuN. Diferenciação neuronal avançada	NeuN. Negativo em áreas indiferenciadas	NeuN. Negativo nas rosetas


MAP2. Diferenciação neuronal avançada	MAP2. Negativo em áreas indiferenciadas	MAP2. Negativo nas rosetas


SMI-32. Diferenciação neuronal avançada	SMI-32. Negativo em áreas indiferenciadas	SMI-32. Negativo nas rosetas


Cromogranina. Diferenciação neuronal avançada	Cromogranina. Negativo nas rosetas	CD34. Vasos no tumor na maioria finos e escassos


CD34. Alguns vasos com proliferação endotelial e múltiplas luzes	Ki-67. Positividade em numerosas células neoplásicas nas rosetas	Ki-67. Negativo em áreas de diferenciação neuronal


Destaques da HE.

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IMUNOHISTOQUÍMICA

GFAP. Diferenciação astrocitária incipiente. GFAP (glial fibrillary acidic protein) é um filamento intermediário do citoesqueleto característico de astrócitos. Na vida embrionária, a expressão de GFAP é relativamente tardia e precedida pela expressão de vimentina. Aqui observamos que células indiferenciadas, que constituem a maior parte do tumor, são GFAP negativas, embora sejam já vimentina positivas (ver abaixo). Apenas células isoladas mostram positividade para GFAP. Destas, algumas são rudimentares, algumas com um só prolongamento, outras mais complexas, lembrando já astrócitos maduros.

GFAP. Diferenciação astrocitária avançada.

GFAP em áreas indiferenciadas. GFAP foi praticamente sempre negativo, ou só focalmente positivo, em áreas indiferenciadas.

GFAP em rosetas. As rosetas verdadeiras características do tumor são sempre negativas para GFAP, o que endossa o ponto de vista de que as células constituintes são muito primitivas. Essas rosetas seriam reproduções do tubo neural primitivo, e o único antígeno que expressam é vimentina. Em um outro caso, observamos expressão de EMA na luz das rosetas, o que é compatível com maturação ependimária. No presente caso, porém, EMA foi negativo.

GFAP em capilares. Apesar na natureza predominantemente indiferenciada do tumor, astrócitos enviam prolongamentos a capilares ('pés sugadores'). Ver exemplos em tecido não tumoral (1)(2).

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Vimentina. Vimentina é outro filamento intermediário do citoesqueleto, expresso em múltiplos tipos celulares, inclusive astrócitos. Neste tumor neuroectodérmico primitivo (PNET) observa-se positividade para vimentina em células indiferenciadas com citoplasma muito escasso. É conhecido que a expressão de vimentina na vida embrionária precede a de GFAP, e depois decresce a medida que os astrócitos amadurecem. Para literatura sobre o assunto, clique.

Refs.

Oudega M, Marani E. Expression of vimentin and glial fibrillary acidic protein in the developing rat spinal cord: an immunocytochemical study of the spinal cord glial system. J. Anat. (1991) 179: 97-114.
Sancho-Tello M et al. Developmental pattern of GFAP and Vimentin gene expression in rat brain and in radial glial cultures. GLIA (1995) 15:157-166
Gomes F.C.A. et al. Glial fibrillary acidic protein (GFAP): modulation by growth factors and its implication in astrocyte differentiation. Brazilian Journal of Medical and Biological Research (1999) 32: 619-631

Vimentina em células indiferenciadas. Ao contrário de GFAP, acima, células indiferenciadas geralmente expressam vimentina no citoplasma, que é extremamente escasso. A reação forma uma delicada orla de material corado em volta do núcleo. Nem todas células se marcam.

Vimentina em outras células. Outras células do tumor podem expressar vimentina, inclusive várias com aspecto morfológico altamente sugestivo de neurônios. Como neurônios são habitualmente vimentina negativos, a natureza destas células ficou obscura.

Vimentina em rosetas. Rosetas de Flexner neste PNET expressaram fortemente vimentina nos prolongamentos celulares dirigidos à luz. Vimentina foi o único antígeno positivo, o que endossa a idéia de que as células constituintes das rosetas são tão primitivas quanto as do tubo neural embrionário. Na vida embrionária, a expressão de vimentina precede a de GFAP, que a substitui gradualmente, a medida que o tecido amadurece.

Vimentina em vasos. Vasos do tumor, alguns com proliferação endotelial, são positivos para vimentina, como esperado.

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Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos técnicos do Laboratório de Patologia do Centro Boldrini - Srs. Aparecido Paulo de Moraes e Irineu Mantovanelli Neto.

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