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Biópsia estereotáxica, HE, IH |
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O espécime demonstrado abaixo foi obtido por biópsia estereotáxica transesfenoidal, e consistia de alguns pequenos fragmentos da lesão na base do crânio. A informação cirúrgica mostra que o material é representativo da lesão, afastando-se que se tratasse de tecido reacional da periferia da mesma. |
Aspecto geral da lesão. | . |
Neste pequeno fragmento observam-se trabéculas ósseas, provenientes provavelmente da parede do seio esfenoidal, e um tecido frouxo, moderadamente celular, que, em aumento forte, mostra ser constituído por abundantes macrófagos. |
Trabéculas ósseas. As trabéculas ósseas eram em parte permeadas pela lesão. Algumas delas estavam circundadas completamente por macrófagos, que eram a célula fundamental da lesão. | |
Macrófagos
xantomatosos.
Eram abundantes, em arranjo sólido, com núcleo pequeno e denso, e citoplasma claro com gotículas lipídicas. Os limites citoplasmáticos eram mais, ou menos, nítidos, conforme a área. Parte da amostra estava prejudicada por artefatos de compressão incorridos durante a obtenção da biópsia. |
Áreas
de fibrose.
Observadas focalmente. |
Hemorragia pregressa. Focos de pigmento hemossiderótico, livre ou no interior de macrófagos. | |
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Tricrômico de Masson. A abundância de fibras coradas em azul, inclusive circundando os macrófagos xantomatosos, denota a importância do colágeno na lesão. | |
Reticulina.
Fibras reticulínicas demonstradas por impregnação argêntica eram abundantes e também circundavam individualmente os macrófagos. |
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CD68.
Este marcador para macrófagos foi o principal antígeno demonstrado na lesão. |
CD1A. Negativo em toda a amostra. CD1A é positivo em células de Langerhans. Sua negatividade afasta uma histiocitose do tipo Langerhans. | |
S-100. Também negativo em toda a amostra. | |
AE1AE3. Também negativo em toda a amostra. Foi pedido pela suspeita clínica e radiológica de um carcinoma infiltrativo da base do crânio e região selar. As únicas células positivas são glândulas do seio esfenoidal. | |
Ki-67. Há vários núcleos marcados entre as células macrofágicas que constituem a lesão, indicando que as mesmas estão no ciclo celular e portanto em proliferação. Pela exigüidade do material não foi feita uma estimativa de percentagem. | |
Comentário. Trata-se de um caso de histiocitose não Langerhans com lesões infiltrativas dos ossos da base do crânio e importante componente intracraniano na região selar e seios cavernosos. Os macrófagos componentes da lesão são de citoplasma espumoso, CD-68 positivos, S-100 e CD1a negativos. Este caso poderia ser classificado como um exemplo de doença de Erdheim-Chester se houvesse lesões de esclerose óssea nas metáfises e diáfises de ossos longos, mas não temos esta informação. Para texto complementar sobre histiocitoses, clique. |
Para mais imagens deste caso: | Lesão
inicial,
TC, RM |
RM na evolução |
Textos sobre macrófagos,
células dendríticas, células
de Langerhans, grânulos
de Birbeck, Langerina,
histiocitoses em geral, histiocitose X ou de células de Langerhans, doença de Rosai-Dorfman, CD1a, CD68. |
Histiocitoses, mais casos:
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