Ganglioglioma anaplásico (grau III) de tálamo 
involuindo para grau I após radio e quimioterapia. 
1. Comparação das amostras ;  1a. amostra, HE. 
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Fem.  4 a 1 m. a 5 a.   Clique para RM (4 datas),    comparação de amostras antes e depois do tratamento (10 meses) 
Primeira amostra - HE, IH - GFAP, VIM, SNF, NF, CD34, Ki67, p53    Segunda amostra - HE, IH - GFAP, VIM, SNF, NF, CD34, Ki67, p53
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Comparação das amostras, antes e depois do tratamento   mostra redução nos parâmetros de malignidade do tumor. 
Primeira amostra, março de 2017, antes do tratamento Segunda amostra, janeiro de 2018, após tratamento
HE. 

Celularidade

alta /
moderada

Vasos 

glomerulóides /  poucos, hialinizados

Atipias, 

acentuadas / ausentes
 

Mitoses 

Presentes / ausentes

SNF. 

Diferenciação neuronal,

Incipiente/
avançada

CD34. 

Proliferação capilar 

Acentuada / ausente

Ki67. 

10% / 2%

p53. 

30% / 2%

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Primeira amostra, março de 2017
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Destaques  da  microscopia. 
HE. Aspecto geral.  Células relativamente uniformes, poucas atipias, poucas mitoses, ausência de necrose.  Parte das células lembra astrócitos, por vezes gemistocíticos Parte das células lembra oligodendrócitos com citoplasma claro e aspecto 'em ovo frito'
Poucas células lembram neurônios com núcleos vesiculosos e nucléolos Atipias celulares  Poucas mitoses, na maioria típicas. 
Proliferação vascular com pseudoglomérulos e guirlandas  Proliferação vascular com obliteração da luz  Trombose hialina de alguns capilares
GFAP.  Positivo em células neoplásicas com diferenciação astrocitária (cerca de 50%) Astrócitos neoplásicos multipolares GFAP positivos, alternando com células negativas Capilares proliferados negativos
VIM.  Positiva na quase totalidade das células tumorais SNF.  Positividade citoplasmática em poucas células de aspecto primitivo, indicando diferenciação neuronal incipiente NF.  Positivo em axônios do tecido nervoso limítrofe, negativo nas células tumorais
CD34.  Positivo em vasos, demonstra proliferação endotelial e pseudoglomérulos Ki-67. Positividade em cerca de 10% dos núcleos das células neoplásicas. Mitoses. Núcleos aos pares. Vasos. p53. Positividade em cerca de 30% dos núcleos das células neoplásicas.
Destaques da segunda amostra  (após 10 meses de quimioterapia). 
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Aspecto geral.   Frente ao rápido crescimento do tumor documentado por RM, foi colhida uma pequena biópsia para diagnóstico e orientação de tratamento.  Observa-se neoplasia de alta celularidade, ricamente vascularizada, cujo aspecto lembra um glioma. A maioria das células tem aspecto de astrócitos (positivos para GFAP) ou de oligodendrócitos, com escassas atipias e poucas figuras de mitose. Em certa área, células imitam as feições morfológicas de neurônios, e diferenciação neuronal foi confirmada por sinaptofisina.    Proliferação vascular, por vezes com formação de pseudoglomérulos e guirlandas, definiu o tumor como um ganglioglioma anaplásico, grau III da OMS.  É melhor demonstrada por CD34
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Células neoplásicas.    Eram de modo geral regulares, em arranjo compacto, mesclando formas semelhantes a astrócitos e outras lembrando oligodendrócitos
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Células lembrando astrócitos.      Muitas das células neoplásicas assemelhavam-se a astrócitos gemistocíticos, com citoplasma abundante, róseo e homogêneo, e núcleo excêntrico.  Estas células foram positivas para GFAP e VIM. Algumas mostravam atipias nucleares. 
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Células lembrando oligodendrócitos.  O citoplasma vacuolizado e o contorno arredondado sem prolongamentos lembra o aspecto 'em ovo frito' próprio dos oligodendrócitos e encontrado em oligodendrogliomas
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Células lembrando neurônios.    Chamam a atenção pelo núcleo arredondado, cromatina frouxa e nucléolo proeminente.  O citoplasma é claro ou vacuolado, como observado em outros casos de ganglioglioma. Clique para exemplos (1)(2)(3).  Ver sinaptofisina
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Atipias.    Variação do tamanho e cromatismo nuclear, células binucleadas, eram relativamente incomuns. 
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Mitoses.   De encontro difícil, eram  geralmente  típicas e  na forma de placas metafásicas.  Abaixo, uma rara anáfase. 
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Proliferação vascular - pseudoglomérulos.   Vasos proliferados formavam alças redundantes com certo empilhamento das células endoteliais e luzes patentes. O aspecto lembra o por vezes encontrado em astrocitomas pilocíticos (1)(2)(3).  Presumivelmente vasos como estes carecem de barreira hemoencefálica e seriam os responsáveis pela forte impregnação por contraste vista em ressonância magnética
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Proliferação vascular.    Em outros locais, a proliferação endotelial leva a obliteração da luz do vaso, restando escassos canais contendo hemácias. Apesar da freqüência do fenômeno nesta amostra, não foram observadas áreas de necrose.  Por conta deste achado, o tumor foi classificado como de alto grau histológico nesta amostra. 
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Trombose.     Alguns dos capilares proliferados mostravam trombos hialinos, como é comum em gliomas malignos, indicando o alto grau de anormalidade das células endoteliais. 
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Agradecimentos.    Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP.   Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos membros do Laboratório de Patologia do Centro Boldrini - Aparecido Paulo de Moraes, Irineu Mantovanelli Neto e Adriana Worschech. 
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Para mais imagens deste caso:
Comparação de duas amostras separadas por 10 meses (antes e depois do tratamento)
RM Primeira amostra Segunda amostra
HE  IH  - GFAP, VIM, SNF, NF, CD34, Ki67, p53 HE IH - GFAP, VIM, SNF, NF, CD34, Ki67, p53
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Sobre  gangliogliomas : 
textos  (1) (2) (3)
Gangliogliomas de tronco cerebral Características de imagem Outros casos :  Neuroimagem e neuropatologia
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