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Fem. 47 a. Clique para TC. |
Lâmina escaneada. Permite visão mesoscópica de todo o corte, demonstrando na parte superior da foto as membranas redundantes do cisticerco racemoso, uma variedade da larva da Taenia solium. Não há escólex, encontrado na variedade cellulosae da larva. Inferiormente, fragmentos de tecido cerebral, alguns com reação inflamatória ao parasita, detalhada abaixo. Não é possível saber se se tratava de um ou mais exemplares do metazoário. O cisticerco racemoso se assesta nas cisternas do espaço subaracnóideo e se expande insidiosamente afastando o cérebro (ver tomografia computadorizada deste caso). Para exemplos em peças (1)(2)(3) e exames de imagem (1)(2)(3), clique. |
Destaques da microscopia. | ||
HE. Cisticerco racemoso, membranas redundantes | Área viável, camada superficial com microvilos | Porção necrótica da larva |
Reação inflamatória na leptomeninge | Células gigantes de corpo estranho | Reação inflamatória no parênquima - manguitos perivasculares, astrócitos gemistocíticos |
Cisticerco racemoso. Após o esvaziamento da vesícula, a membrana do parasita se dobra sobre si mesma em perfis redundantes, cortados em planos oblíquos de variada inclinação. Reconhece-se uma camada superficial mais densa, que faz a interface com o hospedeiro, e uma camada profunda mais frouxa, voltada para o interior da vesícula. A estrutura é essencialmente semelhante à da membrana do cisticerco cellulosae, da qual temos um exemplo estudado em microscopia óptica e eletrônica. |
Cisticerco
racemoso.
Camadas superficial e profunda em área viável. A superfície é irregular, com múltiplas sinuosidades para aumentar a superfície de contato com o hospedeiro. As células superficiais emitem microvilos (microtriches) destinados a melhorar a absorção de nutrientes e a movimentar o líquido intersticial em volta da larva. |
Cisticerco
racemoso, área necrótica.
Em algumas áreas a membrana do parasita estava necrótica, o que se deduz pela redução do número de células e palidez dos núcleos. Há perda das microvilosidades superficiais. Neste corte, o sistema canalicular da camada profunda ficou particularmente evidente. |
Reação inflamatória crônica na meninge. O cisticerco racemoso desencadeou uma meningite crônica acentuada na sua face de contato com o córtex cerebral. Nesta foto panorâmica observa-se o córtex embaixo e duas camadas na leptomeninge acima, uma celular mais profunda, riquíssima em linfócitos, outra mais superficial, com macrófagos e células gigantes de corpo estranho, presumivelmente em contato com o parasita, embora não haja partes dele aderidas. No córtex cerebral há gliose e astrócitos gemistocíticos. |
Reação inflamatória crônica no parênquima. O córtex cerebral adjacente à reação meníngea mostra manguitos linfocitários perivasculares e astrócitos gemistocíticos. Estes são formas reacionais inespecíficas, com citoplasma abundante, que ocorrem em qualquer tipo de lesão do tecido nervoso central. Produzem fibrilas gliais ricas em GFAP que correspondem a reação cicatricial (gliose). |
Agradecimento. Caso do Hospital Medical de Limeira SP, gentilmente contribuído pelo Dr. Vladimir Rodrigues Gutiérres. Processamento histológico e lâminas HE pelo pessoal do Laboratório de Rotina: Mariagina de Jesus Gonçalves, Maria José Tibúrcio, Guaracy da Silva Ribeiro, Fernando Wagner dos Santos Cardoso, Viviane Ubiali, Fernanda das Chagas Riul e Vanessa Natielle Pereira de Oliveira. Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
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