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Fem. 26 dias. Clique para tomografia computadorizada, espécime macro, HE, imunohistoquímica para GFAP, VIM, CD56, CD99, CD34, Ki-67, p53. |
GFAP.
A positividade universal das células neoplásicas para GFAP demonstra sua natureza astrocitária. Os vasos destacam-se pela ausência de marcação.
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GFAP. Células neoplásicas. As células são marcadas no citoplasma, como esperado para um filamento intermediário do citoesqueleto, destacando os prolongamentos celulares e a morfologia estrelada das mesmas. Em várias células, a maior abundância de citoplasma e excentricidade nuclear confere o aspecto gemistocítico, já notado em HE. | |
GFAP - Vasos. As células endoteliais e outros elementos vasculares obviamente não sintetizam GFAP, e se destacam em negativo nos preparados. Isto é útil para mostrar que, na realidade, há proliferação das células endoteliais, com tumefação dos núcleos e redução ou obliteração da luz dos pequenos vasos. Estes aspectos são bem mais evidentes que na HE, onde, como todas as células se coram em róseo, fica mais difícil individualizar claramente os capilares. | |
GFAP - Mitoses. Mitoses eram de observação corriqueira no tumor, na grande maioria típicas. Ver em HE. As células mitóticas apresentavam positividade citoplasmática para GFAP, de acordo com sua natureza astrocitária. | |
VIM. Além de GFAP, astrócitos normais ou neoplásicos expressam outro filamento intermediário do citoesqueleto, a proteína vimentina. Ao contrário do GFAP, que é restrito aos astrócitos e células ependimárias, vimentina é detectável em grande variedade de linhagens celulares, sendo, portanto, ubiquitária e inespecífica (para breve texto sobre filamentos intermediários e vimentina, clique). No presente exemplo, observamos vimentina no citoplasma dos astrócitos neoplásicos e nos vasos. Ao contrário de GFAP, os vasos são também positivos. Portanto, é melhor observá-los no GFAP (acima), que os deixa negativos e destacados das células tumorais. | |
CD56. CD56 ou NCAM (para breve texto, clique) é uma molécula de adesão intercelular amplamente expressada em tecidos neurais e tumores deles derivados, como os astrocitomas. Aqui observamos a esperada positividade em padrão membrana, mas de forma focal. Células marcadas e não marcadas são encontradas lado a lado e extensas áreas do tumor são negativas. | |
CD99.
CD99 é outra glicoproteína de superfície, aparentemente
envolvida em adesão intercelular (para breves textos, clique (1)(2).
É expressada em vários tipos de neoplasia, particularmente
no sarcoma de Ewing e no tumor neuroectodérmico primitivo periférico
(pPNET), do qual temos exemplos no site (neuroimagem
e neuropatologia) e no tumor fibroso
solitário / hemangiopericitoma (texto
ilustrado linkado). Contudo, não é de percepção
geral a positividade do CD99 em tumores neuroectodérmicos centrais.
Raros PNETs centrais (ou tumores intracranianos de pequenas células
da infância) podem mostrar imunorreatividade para CD99, nisto se
assemelhando aos PNETs periféricos (Burger et al, 2002*). Habitualmente
são negativos. Aqui, pesquisamos CD99 quando estávamos considerando
a hipótese de PNET, depois descartada. Verificamos positividade
forte e difusa nas células neoplásicas, mesclando padrões
de membrana e citoplasmático.
*Burger, PC, Scheithauer BW, Vogel FS. Surgical Pathology of the Nervous System and its Coverings. 4th Ed. Churchill Livingstone, New York, 2002. pp 314-5. |
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CD99 - Mitoses. Numerosas células em mitose foram encontradas, como as outras, positivas para CD99. | |
CD34.
CD34 é de grande valia para estudar a vascularização dos tumores, já que marca a superfície luminal das células endoteliais. Aqui mostra ampla rede de capilares distribuída uniformemente pelo tecido neoplásico, com as células tumorais sempre negativas. Os capilares têm diâmetro homogêneo e não se observam pseudoglomérulos. |
CD34. Contudo, com GFAP, documentamos certo grau de proliferação endotelial, com redução da luz, o que também é visto com CD34, pois em muitos capilares a luz não fica evidente. | |
Ki67.
Mostra marcação de cerca de 30 a 40% dos núcleos (impressão subjetiva, sem contagem), indicando rápida proliferação das células neoplásicas. Mitoses são identificadas pela positividade dos cromossomos condensados, mas não há marcação citoplasmática, ao contrário do observado em outros casos. |
p53. Marcação de proporção modesta dos núcleos, sugerindo que mutações neste gene participante do controle do ciclo celular não devem ter tido papel significativo na gênese do tumor. Mitoses são sempre negativas para p53. | |
p53 - Mitoses. | |
Antígenos negativos. EFGR, AE1AE3, EMA, S-100, 1A4, HHF-35, desmina, sinaptofisina, cromogranina, neurofilamento. |
Agradecimentos.
Caso
do Hospital Medical de Limeira, gentilmente contribuído pelo Dr.
Hoyama da Costa Pereira. Histologia HE - técnicos do laboratório
de rotina - Fernanda Chagas Riul, Viviane Ubiali, Mariagina de Jesus Gonçalves
e Maria José Tibúrcio. Preparações imunohistoquímicas
pelos técnicos Thainá Milena Stela de Oliveira e Luis Felipe
Billis.
Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP. |
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