Oligoastrocitoma anaplásico evoluindo com radionecrose após 5 anos. 
1. Tumor e exames pós operatórios
Masc.  36 a.  Há 2 anos parestesias em hemiface E. Há 15 dias convulsões tônico-clônicas generalizadas.  RM - lesão expansiva frontal D, heterogênea e pouco captante. Tumor foi operado em março de 2002, com diagnóstico anátomo-patológico de oligoastrocitoma anaplásico. Submetido a radioterapia até julho de 2002 e quimioterapia até abril de 2003. Exames de controle mostraram apenas lacuna cirúrgica. Permaneceu clinicamente assintomático até setembro de 2007, quando voltou com queixa de hemiparesia E há 4 meses, sem crises convulsivas. RM - lesão infiltrativa, captante, nos giros pós central, supramarginal e pequena área do giro pré central D.  Aspecto sugestivo de recidiva tumoral.  Excisão da lesão mostrou radionecrose, sem tecido neoplásico. 

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 17/3/2002
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Lesão expansiva bem delimitada, ovalada, em localização fronto-parietal D, com textura heterogênea, predominando hiposinal em T1 e hipersinal em T2 e FLAIR. Focos de hipersinal em T1 sem contraste podem corresponder a sangramentos, e focos de hiposinal em T2 possivelmente seriam calcificações.  Com contraste nota-se impregnação irregular, maior na periferia, com áreas não impregnadas que podem ser císticas ou necróticas. Há estreito halo de hipersinal na margem da lesão nas seqüências com TR longo, provavelmente devida a edema da substância branca.  A lesão causa apenas leve efeito de massa, praticamente não se observando desvio das estruturas medianas. 
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MELHORES  CORTES  - AXIAIS 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE T2
FLAIR
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CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
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T2, Alargamento dos espaços de Virchow-Robin. Um achado notável  neste paciente foi a proeminência dos espaços de Virchow-Robin, que se destacam em T2 pela presença de líquor perivascular na substância branca. 
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ESPECTROSCOPIA. Espectroscopia de prótons realizada numa amostra do tumor revela elevado pico de colina em 3,2 ppm, que domina o espectro. Deve-se ao elevado turnover de membranas, próprio de tecido neoplásico e resultante de proliferação celular. O pico de NAA em 2 ppm é baixo, indicando pobreza em neurônios e seus prolongamentos no tumor. Há ainda um pico invertido em 1,3 ppm, atribuível a presença de lactato, um resultante do metabolismo anaeróbico do tecido neoplásico. 

 
EXAME  EM  DETALHE
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CORTES AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE
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T1 COM CONTRASTE
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DETALHES,  T1 SEM CONTRASTE
T1 COM CONTRASTE
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T2
T2, DETALHES.   Dilatação dos espaços de Virchow-Robin. 
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FLAIR
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CORTES  CORONAIS, T1 COM CONTRASTE.
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CORTES  SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE
T1 COM CONTRASTE

RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 25/10/2002  (7 meses pós op)
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MELHORES CORTES  - AXIAIS.  Restou pequena lacuna cirúrgica após a lesionectomia, que aparece como área de hiposinal em T1 e hipersinal em T2 na substância branca dos giros adjacentes. Com contraste, não há impregnação. 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE FLAIR
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T2
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CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE

 
MAIS  CORTES
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AXIAL, FLAIR
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T2


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TC - 22/3/2005. Três anos após a cirurgia, ausência de sinais de recidiva tumoral. Lacuna cirúrgica aparece como área hipodensa, sem impregnação por contraste. 
Sem contraste
Com contraste
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Para mais sobre este caso:   página de resumo
HE, tumor (oligoastrocitoma anaplásico) RM após 4 anos (lesões actínicas na substância branca) RM após 5 anos (radionecrose)
Radionecrose
Macro, HE
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