Meningioma secretor da grande asa do esfenóide, com hiperostose, e componentes intracraniano e intraorbitário
Fem.  36 a. Crise convulsiva tônico-clônica generalizada única há 1 semana. Acompanhante relata que houve sialorréia e liberação esfincteriana. Sem outras queixas. Nega crises convulsivas prévias ou antecedentes familiares de epilepsia. Exame neurológico normal.  Discreta proptose do olho D. 

 
TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA
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MELHORES CORTES - AXIAL com contraste. 
No corte à E, observa-se espessamento da grande asa D do esfenóide, que forma a parede entre a extremidade anterior da fossa craniana média e a face lateral da órbita. Isto se deve à lenta infiltração do  osso por meningioma, com produção óssea (hiperostose) secundária. Neste plano, praticamente não se nota tumor extraósseo.  A lesão causa abaulamento da parede lateral da órbita para frente, com redução do espaço orbitário e projeção anterior do globo ocular (proptose). 
No corte à D, o tumor aparece como formação em calota indentando o polo temporal D. Comparar com as estruturas à E, normais. 
Outro corte, mostrando os três componentes do tumor: intracraniano, intraósseo e intraorbitário.  No interior do crânio e da órbita, o tumor tem crescimento expansivo. No osso, tem crescimento infiltrativo, com produção óssea secundária.  Para ver estes componentes em cortes histológicos, clique: tumor no osso, na dura-máter, na órbita
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MELHORES CORTES - CORONAL com contraste. 
À E, corte mais anterior, mostrando a redução da cavidade orbitária por espessamento da grande asa D do esfenóide. À D, corte ao nível das apófises clinóides anteriores mostra o componente intracraniano do meningioma como nódulo com captação difusa de contraste. 

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA  - DESTAQUES
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Lesão infiltrativa da grande asa D do esfenóide, causando hiperostose. Há pequenos componentes intracraniano e intraorbitário,  com isosinal em T1 e hipersinal em T2 e FLAIR.  Todos componentes impregnam-se por contraste.  O espessamento ósseo leva à projeção anterior do conteúdo orbitário (proptose). 
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MELHORES  CORTES  AXIAIS.  A grande asa D espessada aparece com hiposinal em todas as seqüências, já que consiste de osso compacto, com muito pouca água. 
T1 SEM CONTRASTE T2 FLAIR
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MELHORES  CORTES  CORONAIS. A grande asa D. com hiperostose impregna-se por contraste, denotando a presença do tumor. No corte à D aparece mais clara que no da E, mesmo sendo uma janela mais escura. Notar que o cérebro é mais escuro à D que à E. 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
Nos cortes abaixo, observa-se o componente intracraniano do meningioma através da captação de contraste. No sem contraste, aparece com isosinal em relação ao cérebro, por isso destaca-se muito pouco. Há espessamento da dura-máter peritumoral na fossa anterior, que também se impregna (o chamado 'sinal da cauda dural'). 
A seqüência T1 com contraste é fotografada com uma janela menos luminosa que os cortes sem contraste, como se pode ver pelo sinal do cérebro. Mesmo assim, as estruturas impregnadas aparecem com mais sinal (mais claras) no corte com contraste (tanto o osso infiltrado como o componente intraorbitário do meningioma). 
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CORTES  SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE
Grande asa do esfenóide em cortes sagitais por planos D e E simétricos em relação à linha média.  Grande espessamento do osso à D, devido à infiltração por meningioma. 
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ANGIORESSONÂNCIA  VENOSA. Permite visualização do fluxo venoso nos vasos intracranianos sem injeção de contraste. O meningioma se destaca na topografia da parede anterior da fossa média D e ápice da órbita devido ao fluxo sanguíneo lento pelo tumor.

 
EXAMES  EM  DETALHE
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TC - SCOUTS para orientação dos cortes tomográficos. 
PLANO AXIAL PLANO CORONAL
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TC com contraste, axial
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TC com contraste, coronal 

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA  - DETALHES
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CORTES AXIAIS, T2
FLAIR
T1 SEM  CONTRASTE
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CORTES CORONAIS, T1  SEM  CONTRASTE
T1  COM  CONTRASTE
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CORTES SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE, comparando lados direito com tumor e esquerdo sem tumor em planos simétricos em relação à linha média.   No lado D,  a grande asa do esfenóide, que faz a delimitação entre a fossa média e a órbita, está espessada e aparece como área sem sinal. À E, a mesma estrutura é delgada. 
LADO DIREITO LADO ESQUERDO
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ANGIORESSONÂNCIA  VENOSA. Permite visualização do fluxo venoso nos vasos intracranianos sem injeção de contraste. O meningioma se destaca na topografia da parede anterior da fossa média D e ápice da órbita devido ao fluxo sanguíneo lento pelo tumor.  Abaixo, scouts nos planos axial, coronal e sagital. 
 AXIAL CORONAL SAGITAL
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Rotação de 90º da projeção coronal à axial.
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Rotação de 180º da projeção sagital a partir da direita, passando pelo plano coronal, até projeção sagital a partir da esquerda. Método permite visualizar o tumor em três dimensões. 
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Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital  da Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima e Paulo Roland Kaleff.
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 Para mais imagens deste caso: HE PAS, IH ME
Características de imagem dos meningiomas Neuroimagem: meningiomas por topografia Neuropatologia dos meningiomas
Meningiomas mais raros: Cordóide Rico em linfócitos e plasmócitos Secretor Microcístico Angiomatoso
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