Cisto epidérmico calcificado da cisterna perimesencefálica e fissura coróidea D. 
Fem.  47 a.  Desde 18 anos de idade crises parciais simples, passando a  parciais complexas e a tônico-clônicas generalizadas de difícil controle. Acompanhamento imagenológico de 11 anos. 

 
TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA, 19/11/1992
Lesão com aspecto cístico, com calcificação grosseira periférica, localizada na cisterna perimesencefálica à D, e se estendendo à fissura coroidea.  Além disso, lesão nodular calcificada intraventricular, a nível do foramen de Monro D, de aspecto incaracterístico. 
Sem contraste 

 
 10/2/2003 (após 11 anos)
Não houve alteração significativa das lesões. 
Sem contraste  Com contraste 

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 11 e 13/11/2003
Na fissura coroidea D e se estendendo para a cisterna perimesencefálica, lesão extraaxial de aspecto cístico e com margens indentadas no tecido nervoso adjacente, com cerca de 2 cm no maior diâmetro. Apresenta-se com hiposinal em T1 / hipersinal no T2 e FLAIR, demonstrando conteúdo proteico ou de macromoléculas. Há discreta impregnação periférica. 
No interior do ventrículo lateral D, a nível do foramen de Monro, pequeno nódulo de 1 cm de diâmetro, isointenso em T1/T2, com áreas de ausência de sinal (calcificações) e impregnação pelo gadolínio, cuja exata natureza não é possível determinar pelas características de imagem (achado de exame). 
CORTES  CORONAIS, T1 SEM CONTRASTE (IR pesado em T1). 
Neste corte de IR (inversão / recuperação) pesado em T1, o cisto epidérmico aparece como lesão cística com hiposinal, entre a cisterna perimesencefálica e a fissura coroidea à D, com pequenas indentações adentrando o tecido nervoso, características deste tipo de lesão. 

A pequena lesão intraventricular à D apresenta áreas de ausência de sinal  (calcificações, já vistas nas TC), e outras com isosinal, e impregna-se por contraste (ver abaixo). Sua natureza é incerta, podendo corresponder a um pequeno meningioma que não cresceu nos 11 anos de acompanhamento desta paciente. 

T1 COM CONTRASTE
T2. O cisto mostra hipersinal, indicando conteúdo hidratado. 
CORTES  AXIAIS, T1 COM CONTRASTE.  O cisto mostra hiposinal em T1, com fina orla periférica de impregnação. 
FLAIR. O cisto epidérmico mostra hipersinal no FLAIR, indicando conteúdo rico em macromoléculas. 
DIFUSÃO.

O cisto apresenta redução da difusão da água, porque a água está presa às macromoléculas. Por isso, aparece com hipersinal.  A água livre, como o líquor dos ventrículos, aparece em negro. 

CORTES  SAGITAIS.  Notar o cisto epidérmico com hiposinal em T1 e leve impregnação periférica.  A pequena lesão intraventricular impregna-se forte e homogeneamente pelo gadolínio. 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE

 
Para histologia deste caso, clique »
Características de imagem dos cistos epidérmicos
Neuropatologia
- Graduação
Neuropatologia - 
Casos Complementares
Neuroimagem
- Graduação
Neuroimagem - 
Casos Complementares
Correlação 
Neuropatologia - Neuroimagem
VOLTA À PÁGINA ÍNDICE