Polimicrogiria e leucomalácia cística
2. Estrutura do córtex em HE.

 
Nesta página estão as alterações microscópicas do córtex em HE.  Para outros detalhes, clique em exames de imagemmacroscopia e vasos e imunohistoquímica.

 
HE
O aspecto do córtex polimicrogírico é semelhante nas várias áreas examinadas. Não é possível observar a disposição clássica em quatro camadas. 

Distinguem-se :
1) a camada molecular gliótica
2) uma espessa camada única de neurônios distribuídos irregularmente. 


 
Gliose da camada molecular.  Observada em todas as áreas com polimicrogiria. Caracteriza-se por gliose fibrilar densa, disposta em feixes, que às vezes englobam vasos calibrosos. Observam-se alguns neurônios em meio à gliose. 

 
ESTRUTURA DO CÓRTEX.  Não é possível distinguir camadas no córtex, que mostra aspecto semelhante em todas as áreas superficiais e profundas. Há alternância entre pequenos focos pobres em neurônios e outros ricos em neurônios. Freqüentemente, os focos pobres em neurônios estão próximos a, ou em torno de um vaso.  Os neurônios apresentam tamanho e morfologia normais, mas orientação anormal, com dendritos voltados em várias direções. No córtex normal, os dendritos maiores das células piramidais estão em orientação paralela, sempre voltados para a leptomeninge.  Em todas as fotos, a superfície meníngea é para cima. 
Áreas pobres em neurônios Áreas ricas em neurônios
Orientação anárquica dos neurônios.  Os dendritos maiores, que corresponderiam aos dendritos apicais em células piramidais normais, estão orientados em várias direções.  Em todas as fotos, a superfície meníngea é para cima. 
Faixas de substância branca em meio ao córtex.

Em certas áreas, especialmente nas mais profundas, observam-se tratos de substância branca cortando o córtex em orientação perpendicular à leptomeninge (em cima nestas fotos).

Necrose cística no córtex polimicrogírico. Estas áreas, já visíveis macroscopicamente, têm aspecto de pequenos infartos, ou seja, necrose isquêmica focal, e é provável que sejam relativamente recentes, pois há numerosas células grânulo-adiposas na região central e astrócitos gemistocíticos volumosos e de aspecto ativo na margem.  É possível que resultem da vasculopatia observada nos vasos meníngeos e grandes troncos vasculares (ver outra página). 
Outra área. 

 
SUBSTÂNCIA  BRANCA
Gliose  da  substância  branca.  Astrócitos fibrosos, alguns binucleados, formando emaranhado de prolongamentos com textura frouxa. 
Alargamento  dos  espaços  perivasculares de Virchow-Robin. 
Neurônios ectópicos na substância branca.  Destacam-se pelo núcleo vesiculoso, com cromatina frouxa e nucléolo evidente, e citoplasma basófilo e de limites nítidos. Para ver estes neurônios em imunohistoquímica, clique
Axônios  na  substância  branca.  Apesar da intensa gliose e textura frouxa da substância branca, vários axônios sobrevivem, e alguns são espessos a ponto de serem facilmente visualizados em HE.  Não são necessariamente sadios, como demonstrado pelos acúmulos fusiformes chamados torpedos (achado inespecífico, mas que sugere lesão axonal).  Para ver estes axônios na reação imunohistoquímica para neurofilamento, clique
Mais imagens deste caso:  página de resumo
RM Macro e vasos GFAP, VIM, 
NSE, NF
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