Polimicrogiria e leucomalácia cística
1. Macroscopia e Vasos

 
Nesta página estão a macroscopia do espécime cirúrgico e alterações vasculares.  Para outros detalhes, clique em exames de imagemHE e imunohistoquímica.

 
ESPÉCIME  CIRÚRGICO. Hemisfério cerebral E, visualizado pela face lateral (da convexidade). Observa-se padrão anômalo dos giros da região parietal, espessos e grosseiros (macrogiria). Comparar com o padrão giral normal no terço anterior da peça, correspondente ao lobo frontal. Embora macroscopicamente normal, este córtex exibia atividade epileptiforme na eletrocorticografia.  Chamam ainda a atenção os vasos espessos e de distribuição anômala, remanescentes da vascularização fetal. 

Peça cirúrgica, face medial.  Vasos espessos e esbranquiçados e, na porção posterior (à E na foto), cavidade cística já vista em RM.

Área cística de superfície irregular, atravessada por traves de gliose que parecem conter vasos. 
Vasos espessos (setas) paralelos à borda medial do hemisfério (compatíveis com a A. cerebral anterior e seus ramos). Alguns ramos apresentam segmentos amarelados, compatíveis com placas de aterosclerose. Ver imagem histológica.
Cortes coronais  em sentido ântero-posterior. 
Face medial do hemisfério à E em todos cortes. 

A cavidade cística parietal posterior aparece nos últimos quatro cortes. Nos três cortes anteriores o córtex tem aspecto e espessura normais. Mais posteriormente, o córtex torna-se espesso e polimicrogírico.

O córtex normal tem espessura regular e seu limite com a substância branca é nítido. O córtex polimicrogírico tem espessura irregular, maior que o normal e o limite com a substância branca é anfractuoso, com lingüetas desta penetrando perpendicularmente no córtex. 



 
GRANDES  VASOS  -  HE
Artérias calibrosas mostram placas de aterosclerose características, com espessamento fibroso localizado da íntima e deposição de lípides, na forma de macrófagos xantomatosos ou cristais de colesterol. Para imagem macroscópica, clique
WEIGERT - VAN GIESON
TRICRÔMICO DE MASSON. As fibras musculares lisas se coram em vermelho e o colágeno em azul nesta técnica.  A camada média dos grandes vasos com aterosclerose contém poucas fibras musculares lisas e se cora em azul tanto quanto a adventícia, mostrando que é constituída predominantemente por colágeno. Comparar com uma artéria normal no mesmo material, no próximo quadro. 

 
ARTÉRIA NORMAL.  WvG e Masson (à D, embaixo).  Em uma pequena artéria normal do mesmo material, a íntima, delimitada pela membrana elástica interna, não está espessada. No tricrômico de Masson, as fibras musculares lisas da média coram-se em vermelho. 

 
Vasos menores.  No espaço subaracnóideo e na superfície cortical havia vários vasos de parede espessada e luz diminuída, freqüentemente com infiltrado inflamatório crônico inespecífico e fibrose em todas a camadas, correspondendo ao quadro da chamada endarterite obliterante.  A causa desta reação inflamatória não ficou clara. 
Outra pequena artéria superficial espessada e com infiltrado inflamatório. Está envolvida por camada molecular gliótica, sugerindo que penetra obliquamente no córtex. 

Logo abaixo, há um grupo de três pequenos vasos em localização mais profunda. 

Mais exemplos de vascularização anômala. Além de espessamento da parede de pequenas artérias superficiais na aracnóide, observa-se freqüentemente que os vasos penetram no córtex obliquamente e em grupos de três ou mais. A espessura destes vasos varia desde calibrosos, com fibrose de parede, a extremamente delgados. 

 
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