Tumor neuroepitelial disembrioplásico  (DNET). 
3. Luxol Fast Blue - Nissl
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Fem. 20 a.  Clique para RM, imagens do campo cirúrgico, macroscopia, HE, tricrômico de Masson, LFB-Nissl, MAP2, NF, tubulina, GFAP, VIM, S-100, CD34, Ki-67, textos sobre DNETs  (1) (2). 
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Luxol Fast Blue - Cresil Violeta. 

Esta técnica para demonstração simultânea de mielina (pelo LFB) e neurônios (pelo CV) é útil no estudo deste DNET, pois revela  os corpos celulares dos neurônios e os axônios revestidos por bainha de mielina. Outras células são demonstradas pela coloração de seus núcleos e os capilares pelas hemácias no seu interior. Para procedimento técnico, clique

Ao lado, lâmina escaneada mostrando na porção média o giro acometido pelo DNET (caráter frouxo). Áreas selecionadas para detalhes estão assinaladas no esquema abaixo. O giro normal à esquerda também foi estudado a título de comparação. 

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Áreas selecionadas do DNET 

(clique para exame histológico em maior aumento): 

1. Córtex sobre o DNET

2. Áreas ricas em oligodendrócitos.

3. Elemento glioneuronal específico.

4. Giro vizinho normal para comparar.

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1. Córtex sobre o DNET. 

Chama a atenção a textura muito frouxa do tecido nervoso, mais ainda nas camadas profundas, que se deve ao acúmulo de fluido intersticial no neurópilo e entre os neurônios.  Estes são escassos e parecem 'flutuar' no fluido. Axônios mielínicos aparecem como finos riscos azuis em maior aumento.  O córtex na profundidade faz continuidade com o elemento glioneuronal específico

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2. Áreas ricas em oligodendrócitos. 

Estas áreas estão situadas no córtex, mas destacam-se pela grande população de oligodendrócitos, com citoplasma claro e aspecto em ovo frito, paralela à diminuição na população de neurônios.  O interstício está alargado pelo fluido amorfo, que toma coloração levemente rósea (metacromática), na coloração pelo cresil violeta.  Comparar com os mesmos campos no tricrômico de Masson, onde o fluido também se destaca em róseo. 

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Oligodendrócitos,  ou células morfologicamente muito semelhantes, dominam a área, caracterizadas por núcleo redondo e citoplasma amplo e claro, lembrando o bem conhecido aspecto em 'ovo frito'.  Além deles, observam-se neurônios em quantidade muito menor que o esperado para uma área de córtex cerebral.  Axônios mielínicos isolados destacam-se pela coloração azul turquesa. No interstício (neurópilo), manchas róseas são devidas  ao acúmulo do fluido próprio do DNET, que é muito mais abundante no elemento glioneuronal específico (abaixo). 
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Metacromático. O termo é usado quando uma substância se cora em cor diferente da cor natural do corante. Aqui o corante é o cresil violeta. A cor original é a que se vê nos neurônios e núcleos gliais.  Já a substância intersticial se cora em róseo, daí se diz que é metacromática, ao contrário de ortocromática (toma a cor original). Isto se deve a feições químicas da substância, em especial seu pH. 
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Artéria normal. 

Esta pequena artéria da leptomeninge ilustra o padrão normal destes vasos. A membrana elástica interna é corada proeminentemente pelo luxol fast blue.  Notar que não há membrana elástica externa, e a camada muscular é relativamente delgada em comparação com artérias extracranianas de mesmo calibre. 

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3. Elemento glioneuronal específico. 

Como já discutido em HE e no tricrômico de Masson, o 'elemento glioneuronal específico' é uma estrutura peculiar ao DNET, aqui encontrado nas paredes do cisto que ocupava grande parte da lesão (ver RM).  É composto por colunas anastomosantes de pequenas células  em arranjo longitudinal e paralelo, separadas por um fluido amorfo. Neurônios anômalos, em parte dismórficos, são encontrados aparentemente soltos no fluido. Axônios mielínicos na mesma orientação das colunas de células podem estar incorporados às mesmas ou cursar no meio do fluido. 

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Colunas  celulares, axônios. 

As células que compõem as colunas são pequenas, de citoplasma escasso e núcleos redondos, lembrando oligodendrócitos.  Há muito poucos astrócitos na estrutura, demonstráveis por GFAP e vimentina.  Os axônios têm sua bainha de mielina corada por LFB, portanto se destacam elegantemente nesta coloração. São esparsos e de diâmetro irregular. Detalhes abaixo. 

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Axônios  mielínicos.  A coloração Luxol Fast Blue (LFB) demonstra as  bainhas de mielina como delgados tubos de diâmetro irregular, não raro com dilatações fusiformes e descontinuidades lembrando orifícios. Estes provavelmente se devem a artefatos da inclusão em parafina. Os axônios propriamente ditos não aparecem, mas podem ser estudados com imunohistoquímica para neurofilamento.  Os axônios cursam em feixes frouxos e paralelos e estão em parte associados às células oligodendrogliais. Os núcleos destas se coram em roxo-lilás pelo cresil violeta. 
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Neurônios 'flutuantes'.  Estas células são reconhecíveis como neurônios pelo nucléolo evidente e citoplasma que se cora em roxo pelo cresil. Ficam na maior parte soltos ou 'flutuantes' no fluido entre as colunas celulares. Têm morfologia anômala, sendo alguns pequenos e simplificados, mas há exemplos maiores e mais aberrantes. Alguns destes são melhor demonstrados no tricrômico de Masson. Ver também imunohistoquímica para MAP2 e tubulina
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4. Giro vizinho normal para comparar. 

O giro ao lado do DNET mostra arquitetura normal.  Feixes de axônios mielínicos emergem da substância branca e se individualizam entre as colunas de neurônios.  Vão rarefazendo-se à medida que se aproximam da superfície meníngea.  Os axônios se coram em azul turquesa, os neurônios em lilás. 

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Neurônios.  Nesta área de córtex predominam neurônios piramidais de tamanho médio. O núcleo é grande, vesiculoso, com cromatina frouxa e nucléolo evidente. O citoplasma cora-se em roxo lilás, de forma mais ou menos homogênea. Corpúsculos de Nissl são pouco proeminentes, pois costumam ser proporcionais ao tamanho da célula (quanto maiores, mais evidentes). Os pequenos grânulos azuis escuros vistos em muitos neurônios correspondem a grânulos de lipofuscina, pigmento de acúmulo contínuo com o avançar da idade, que se cora pelo LFB. Já são numerosos, mesmo em paciente jovem (20 anos). 
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Agradecimentos.   Cortes histológicos desta página pela técnica Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis.  Colorações especiais pelos técnicos André Luis Chamelet Sotovia, Fernanda Cristina Louzada Araújo e Sérgio Roberto Cardoso, Laboratório de Colorações Especiais, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. Campinas, SP.
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Mais imagens deste caso,  texto:
RM, fotos da cirurgia, macro  HE Tricrômico de Masson LFB - Nissl
IH para neurônios: MAP2 IH para neurônios: NF, tubulina IH para glia : GFAP, VIM, S-100 IH - CD34, Ki-67
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Textos sobre DNET (1) (2) Características de imagem dos DNETs Neuroimagem e neuropatologia de outros casos de DNET
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