Cordoma de vértebra L5. 
1.  HE, Colorações especiais

 
HE
Interface tumor/osso  .
Nesta panorâmica do corpo vertebral de L5, a metade esquerda do campo mostra medula óssea normal, enquanto o tumor ocupa os espaços medulares na metade direita. 
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Área  de  esclerose  óssea  reacional.  O cordoma produz habitualmente lise óssea.  Contudo, nesta pequena área, há espessamento das trabéculas ósseas como reação à neoplasia. Outros tumores podem produzir esclerose óssea reacional muito mais intensa, como os meningiomas
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Arquitetura lobular. 

É descrita como característica dos cordomas a formação de lóbulos de tecido neoplásico separados por traves fibrosas.  Aqui isto é evidente, embora o tecido puramente tumoral constasse apenas de fragmentos pequenos, o que dificulta a visualização da arquitetura.  Nas traves fibrosas notava-se infiltrado inflamatório crônico linfocitário focal. 

Para outro caso com padrão lobular bem visível na RM, macro e microscopia, clique.
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As várias faces  do  cordoma.  O tumor exibe notável variação morfológica,  baseada principalmente na quantidade de matriz intersticial e no aspecto mais ou menos vacuolado das células. 
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Aspecto  condróide.  Nestas áreas com material intersticial abundante e compacto, as células ficam embutidas na matriz como numa cartilagem normal. Corresponde ao tumor descrito na literatura como cordoma condróide
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Aspecto fisalíforo.  O termo fisalíforo (em inglês physaliphorus) vêm da palavra grega physalis (bolha).  Nesta área, a quantidade de material intersticial é menor que na área condróide, e mascarado pela abundância das bolhas. 
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Aspecto trabeculado.   Uma feição característica do cordoma é a disposição das células epiteliais em fileiras que lembram as trabéculas de hepatócitos normais.  As trabéculas assumem arquitetura interanastomosante em meio à abundante substância intersticial mucóide. 
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Aspectos celulares. 

As células do cordoma são epiteliais, com citoplasma abundante e limites nítidos. As principais variações giram em torno do tamanho e quantidade das bolhas citoplasmáticas, indo desde citoplasma compacto a extremamente vacuolado. 

Núcleos.   Neste exemplo, há pouca variação na forma e tamanho dos núcleos. São geralmente hipercromáticos, mas nucléolos são pouco evidentes. Células binucleadas são incomuns. Mitoses e áreas de necrose não foram observadas.  Apesar disso, a neoplasia tem caráter maligno indiscutível, sendo localmente infiltrativa e notoriamente recidivante.  Ver, porém, um outro caso em que o pleomorfismo nuclear era acentuado e exibia uma área de transformação anaplásica (desdiferenciação do cordoma). 

 
COLORAÇÕES  ESPECIAIS
Tricrômico de Masson. Há pouco tecido conjuntivo colágeno no tumor. A maior parte está limitada aos septos conjuntivos que separam lóbulos de tecido neoplásico. Estes septos freqüentemente abrigam infiltrado inflamatório crônico inespecífico.  A matriz mucóide entre as células neoplásicas cora-se em azul pálido. O citoplasma das células tumorais é anfofílico (cora-se tanto pela fucsina (vermelho) como pelo azul de anilina). 
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Reticulina. Como o colágeno visto no tricrômico de Masson (acima), as fibras reticulínicas estão limitadas aos septos conjuntivos interlobulares, e não são observadas entre as células neoplásicas. 
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PAS. O citoplasma de várias células tumorais é fortemente PAS positivo, destacando-as contra a matriz mucóide. Os vacúolos, contudo, são geralmente negativos. 
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Alcian Blue, um corante para mucinas ácidas (pH 2,5), cora a matriz mucóide do cordoma. As células tomam a coloração de fundo (no caso, safranina). 
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Caso gentilmente contribuído pelo Dr. Antonio Augusto Roth Vargas, Campinas, SP. 
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Para mais imagens deste caso: RM IH
Outros casos de cordoma:  Neuroimagem Neuropatologia Texto complementar
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