Cisticerco cellulosae gigante
intraparenquimatoso

 
A larva extirpada cirurgicamente tinha tamanho não usual com cerca de 10 cm. no maior diâmetro. Era uniloculada e possuia escólex evaginado com cerca de 0,8 cm. 
Ao corte, o escólex tinha aspecto gelatinoso ou coloidal e, histologicamente, mostrava sinais de degeneração avançada. 
Pequenas excrescências eram vistas na superfície externa, mas, histologicamente, seu aspecto era semelhante ao do restante da membrana. 

 
Evaginação de uma vesícula de cisticerco.  A vesícula consiste de duas câmaras, uma menor que envolve a cabeça (escólex) e pescoço da futura tênia, e outra bem maior, que fica por fora e está preenchida por fluido.  A membrana que limita as duas câmaras é contínua ao nível de um poro, através do qual a cabeça e pescoço podem exteriorizar-se e recolher-se. O canal por onde passa o escólex no processo de evaginação denomina-se canal espiral. 
Figura redesenhada a partir do artigo de 
Rabiela MT, Hornelas Y, García-Allan C, Rosal ER, Flisser A:   Evagination of Taenia solium cysticerci: a histologic and electron microscopic study.  Arch Med Res 31: 605-7, 2000. 

 
PARAFINA  -  HE
ESCÓLEX. Mostrava necrose, com ausência de núcleos e perda dos microvilos da superfície. 
VESÍCULA. Ao contrário do escólex, mostrou-se viável e com ótima preservação das estruturas. São facilmente reconhecíveis a camada externa mais densa ou tegumentar e a camada interna, mais frouxa ou parenquimatosa.  Para detalhes e ultraestrutura, ver página de microscopia eletrônica
A CAMADA  SUPERFICIAL  da vesícula é mais densa, e contém células tegumentares e células musculares. Detalhes são melhor vistos e compreendidos em microscopia eletrônica.  A estrutura mais facilmente identificável em microscopia óptica são os microvilos, a parte mais superficial do citoplasma externo (ou distal) das células tegumentares. 
CAMADAS  PROFUNDAS da parede da vesícula têm estrutura frouxa, rica em espaços preenchidos por fluido e contêm os túbulos do sistema osmoregulador

 
AZUL  DE  TOLUIDINA
Para microscopia eletrônica usaram-se pequenos fragmentos da parede da vesícula previamente fixados em formol. O material foi tratado por ósmio, incluído em Araldite e cortes de 1 mm de espessura corados por azul de toluidina foram usados para escolher o melhor bloco. 
Este bloco foi utilizado para os cortes ultrafinos (0,1 mm) estudados com o microscópio eletrônico.  As estruturas nele visualizadas são análogas às dos cortes de HE. O corte ao lado tem espessura de um micrômetro (1 mm). Os de parafina têm 5 mm. 
CAMADA  SUPERFICIAL.
CAMADAS  PROFUNDAS.

 
Para mais imagens deste caso:  TC,  RM Microscopia eletrônica Reação inflamatória
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