Linfoma não Hodgkin de base de crânio (seio cavernoso E) compatível com linfoma de zona marginal extranodal
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Fem.  56 a.  Atendida inicialmente no PS da UNICAMP em julho de 2004.  História. Há 20 dias iniciou quadro de dificuldade visual rapidamente progressiva, principalmente para leitura e no olho esquerdo. Dificuldade para deambular e desequilíbrio. Nega cefaléia e crises convulsivas.  Exame físico e neurológico – consciente, orientada. Glasgow 15, força muscular grau V bilateral.  Ataxia. Marcha de base alargada. Romberg negativo.  Amaurose, midríase, reflexo fotomotor diminuído OE. Paralisia VI nervo E. Possível paresia IV E.  III e V preservados bilateralmente.  RM em 22/7/2004 (abaixo) mostrou lesão expansiva no seio cavernoso E,  medindo 4,5 x 4,5 x 3,5 cm., com impressão diagnóstica de meningioma. 

Em 17/8/04 – submetida a biópsia da lesão por craniotomia pré-temporal zigomática E.  Observada invasão óssea da órbita e da fissura orbitária superior. Aberta a dura e biopsiada a lesão no interior do seio cavernoso.  Devido aos achados não sugerirem tumor benigno, optou-se por conduta conservadora e aguardar resultado da biópsia. TC de controle em 24/8/04 - lesão praticamente intacta. 

Diagnóstico histológico foi de lesão inflamatória tipo pseudotumor. Houve boa resposta à corticoterapia. Alta. 

RM de 15/10/04 – Tamanho da lesão reduzido para 3 x 1,5 x 4 cm.  Outros controles de RM em 8/4/05 e 9/6/05 mostraram redução ainda maior da lesão (ver comparação de três datas) sendo que a paciente continuou recebendo corticoterapia. No último exame, a lesão formava placa de 1,5 cm. de espessura na fossa média E, com extensão para a cisterna pré-pontina e destruição óssea adjacente. Persistia placa impregnada na meninge da fossa anterior, e o componente que envolvia o foramen óptico e a fissura orbitária superior E. 

Não houve outros retornos.  Paciente foi a óbito em 1/9/05 na cidade de origem. Causa de morte (no atestado de óbito) – sepsis, infecção pulmonar. Não foi realizada necrópsia. 

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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA,  22/7/2004 
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Lesão sólida extraaxial expansiva, de contornos bem definidos, baseada na parede do seio cavernoso e na grande asa do esfenóide E, medindo 4,5 x 4,5 x 3,5 cm. Apresenta hipossinal em T2, isossinal em T1, com acentuada impregnação por contraste. Provoca erosão do apex petroso e se estende inferiormente pelo forâmen rasgado anterior e ao redor do canal carotídeo. Penetra no seio cavernoso, onde desloca medialmente a A. carótida interna E, que apresenta fluxo preservado.  Possui componente lateral E à ponte, que se encontra deformada. Invade o forâmen óptico e apresenta componente ao redor do nervo óptico, na região intraconal. Há aparente invasão da fissura orbitária superior, e crescimento em placa na meninge da fossa craniana anterior bilateralmente. Desloca lateral e superiomente o hipocampo e o giro parahipocampal, comprime o trato óptico e deforma o pedúnculo cerebral. Há grande edema da substância branca nos lobos frontal, temporal e parietal à E, efeito de massa com discreto desvio da linha média e apagamento do ventrículo lateral E.  Focos de hipersinal nas seqüências de TR longo nos centros semiovais bilateralmente por vasculopatia de pequenos vasos. 
Hipótese diagnóstica – compatível com meningioma da parede do seio cavernoso e grande asa do esfenóide E.
(Contudo, ver exame histológico e imunohistoquímico, que resultou em linfoma não Hodgkin.) Comentário. Textos
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MELHORES  CORTES -  AXIAIS 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE T2
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T1 COM CONTRASTE, DETALHES
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CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
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TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA, 24/8/2004
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Este exame foi realizado uma semana após a craniotomia com biópsia, mas a lesão está praticamente intacta. Observa-se massa de aspecto tumoral, impregnada, de contornos irregulares, na topografia da base, da pequena e da grande asa esquerdas do esfenóide, envolvendo também o ápice petroso. Causa destruição óssea, preenche o seio esfenoidal, invade o seio cavernoso E e o canal óptico, e transborda para a fossa média, deslocando o lobo temporal. Para mais detalhes, ver RM, acima. 
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Axial com contraste
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Coronais, sem contraste  Com contraste Janela óssea
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RM 8/4/2005, MELHORES  CORTES  AXIAIS,  T1 COM CONTRASTE
CORTES  CORONAIS, SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE
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RM 9/6/2005, MELHORES  CORTES  AXIAIS,  T1 COM CONTRASTE
CORONAIS, SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE
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COMPARAÇÃO  DE  TRÊS  DATAS, T1 COM CONTRASTE.  Considerável redução do volume da lesão em resposta a corticoterapia. 
22/7/2004 8/4/2005  9/6/2005

 
EXAMES  EM  DETALHE
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA,  22/7/2004 
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CORTES  AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE
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T1 COM CONTRASTE
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T2
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CORTES  CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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CORTES  SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE
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T1 COM CONTRASTE
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IMAGENS  MAIS  DETALHADAS
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AXIAIS, T1 COM CONTRASTE
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CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE
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AXIAIS, T2


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TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA, 24/8/04
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Axial com contraste
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Coronal sem contraste 
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Coronal com contraste 
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Janela óssea 


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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA,  8/4/2005 
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AXIAIS, T1 COM CONTRASTE
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CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE


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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA,  9/6/2005 
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AXIAIS, T1 COM CONTRASTE
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CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE
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Para HE, IH desta paciente, clique  »
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Textos
relacionados: 
linfomas primários do SNC linfoma de células do manto, linfoma de zona marginal, linfoma linfoplasmocítico. linfomas ósseos envolvimento ósseo pela doença de Hodgkin linfomas T/NK Pseudotumor
inflamatório
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