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4. Quarta amostra - Imunohistoquímica |
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Masc. 21 a. Para página de resumo, clique. |
Destaques da imunohistoquímica. | ||
VIM. Positividade citoplasmática difusa e universal nas células tumorais | GFAP. Positivo em astrócitos pré-existentes englobados pelo tumor, negativo nas células neoplásicas | Desmina. Positividade citoplasmática nas células neoplásicas, inclusive em mitoses |
HHF-35. Positivo em muitas células neoplásicas 1A4 - negativo | CD56. Positividade citoplasmática em parte das células neoplásicas | CD57. Idem |
CD34. Positividade citoplasmática em parte das células neoplásicas e em vasos | Ki-67. Positividade em cerca de 10 a 15% dos núcleos das células neoplásicas | p53. Positividade em cerca de 40% dos núcleos das células neoplásicas |
Para macroscopia da peça, histologia em HE, tricrômico de Masson e microscopia eletrônica, clique. | ||
VIM.
Vimentina é um filamento intermediário de distribuição ubiquitária, estando presente em células de várias linhagens. Aqui, as células neoplásicas são uniformemente positivas, mas também os vasos e os astrócitos incorporados pelo tumor. |
VIM. A reação é útil para delimitar o citoplasma das células neoplásicas e realçar suas relações com o invólucro de colágeno e substância fundamental do tecido conjuntivo, produzidos por elas próprias. A vimentina também salienta a intensa variação de tamanho e forma das células do tumor. | |
VIM. Células neoplásicas lembrando neurônios. Algumas células tumorais guardam notável semelhança com neurônios, por causa do nucléolo evidente num núcleo vesiculoso com cromatina frouxa. O contorno celular chega a imitar neurônios piramidais do córtex cerebral. Contudo, a simples positividade para vimentina afasta esta possibilidade, pois neurônios são vimentina-negativos. | |
GFAP.
Como já notado em outra amostra, as células neoplásicas são sistematicamente negativas para proteína glial ácida fibrilar (GFAP), demonstrando sua natureza não glial. A reação é útil, também, para salientar astrócitos do tecido nervoso limítrofe, que foram incorporados ao tumor em virtude do crescimento infiltrativo. |
GFAP. Astrócitos incorporados. Apesar da aparente boa delimitação da massa neoplásica (ver RM e espécime macro), estes sarcomas são invasivos e crescem infiltrando o tecido nervoso. Os neurônios logo sucumbem, mas os astrócitos são mais resistentes. Assumem formas volumosas, com abundante citoplasma e núcleo excêntrico (astrócitos gemistocíticos). São mais vistos na periferia da massa e raros ou ausentes no centro. Destacam-se aqui pela positividade para GFAP. | |
GFAP. Astrócitos incorporados - relação com vasos. Vários astrócitos demonstrados por GFAP estão na proximidade de vasos ou lançam prolongamentos a eles, chegando a circundá-los completamente. Neste aspecto, recapitulam o comportamento dos astrócitos normais. | |
Células neoplásicas GFAP - negativas. As células neoplásicas, não sendo de linhagem neuroectodérmica, não reagem para GFAP. Assim, sua semelhança superficial com astrócitos, por apresentarem prolongamentos citoplasmáticos, é desmascarada pela imunohistoquímica, afastando a hipótese de um astrocitoma. | |
Desmina._Desmina, um filamento intermediário encontrado em células miogênicas, é fortemente positiva no citoplasma das células neoplásicas, sugerindo, mas não necessariamente indicando, que possam ter origem muscular, por exemplo, em células musculares lisas de vasos. Há também positividade para HHF-35 (actina muscular específica), mas 1A4 (actina alfa de músculo liso) foi negativa nas células neoplásicas, com controle interno positivo nos vasos. Para breves textos sobre desmina, HHF-35 e 1A4, clique. | |
HHF-35 (actina muscular específica). Positiva em muitas células deste sarcoma, inclusive algumas em mitose. | |
HHF-35 - controle interno - músculo liso de vasos intratumorais. | |
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1A4. Este anticorpo monoclonal contra actina-alfa de músculo liso reagiu apenas contra vasos intratumorais, tendo sido totalmente negativo nas células neoplásicas. | |
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CD34.
Este marcador de células precursoras hemopoiéticas e de células endoteliais foi positivo nas células neoplásicas em extensas áreas do tumor, bem como no endotélio vascular, como esperado. A positividade nas células tumorais pode sinalizar uma origem vascular para as mesmas. Para textos breves sobre CD34, clique (1) (2). A molécula é também expressada em alguns tumores neuroectodérmicos ou lesões não neoplásicas de baixo grau do sistema nervoso central associadas a epilepsia. Para casos, clique. |
CD34 em vasos. Expressão de CD34 em pequenos vasos tumorais. Nesta área, há pouca positividade nas células neoplásicas. | |
CD56._Ou NCAM (neural cell adhesion molecule), um antígeno associado a células de linhagem neuroectodérmica, foi positivo em algumas células interpretadas como neoplásicas. Também marcou a periferia de células com morfologia de astrócitos reativos. Para breves textos sobre CD56 e CD57, clique. | |
CD57.
Como CD56, marcou parte das células neoplásicas, mas não reconheceu os astrócitos do tecido infiltrado. Para breves textos sobre CD56 e CD57, clique. |
Ki-67.
Marcação estimada visualmente em cerca de 10 a 15% dos núcleos das células tumorais. Alguns núcleos de endotélio também se marcaram. Núcleos de astrócitos aprisionados sempre negativos. |
p53. Havia mais células marcadas para p53 (cerca de 40%) do que com Ki-67 (acima), mas a intensidade da marcação era variável ao longo de um espectro. Com Ki-67 há um contraste maior entre núcleos positivos e negativos. | |
Para mais imagens e página de resumo deste caso: | ||||
Lesão inicial parietal esquerda | Lesão inicial parietal esquerda após 2 meses e meio | Primeira recidiva temporal E após 6 meses | Segunda recidiva, parietal E (em outro local) após 3 anos | Terceira recidiva, frontal E após 4 anos |
Primeira amostra, HE, IH | Terceira amostra, Macro, HE | Quarta amostra, Macro, HE | Idem, tricrômico de Masson | Idem, ME |
Textos complementares: | Sarcomas cerebrais | Fibrossarcoma | Mixofibrossarcoma | Diferencial: gliossarcoma |
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