Sarcoma mixóide cerebral primário. 
1. Primeira amostra (2005) - HE, IH 
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Masc. 17 a.  Para página de resumo, clique.  Deste caso tivemos acesso às quatro amostras retiradas em cirurgias realizadas em 2005, 2006, 2008 e 2009. A inicial de 2005 está nesta página. A de 2006 não demonstramos, por se tratar de aspecto semelhante e intermediário às amostras de 2005 e 2008.  A terceira amostra, de 2008 e a quarta, de 2009 (macro, HE, colorações especiais, imunohistoquímica e microscopia eletrônica), estão em outras páginas. 
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Destaques  da  microscopia. 
HE.  Caráter sarcomatoso e mixóide, com células estreladas e celularidade variável.  Células lembrando neurônios.  Células lembrando astrócitos
VIM.  Positividade nas células neoplásicas  e em vasos. GFAP. Positivo em astrócitos pré-existentes, negativo no tumor.  Ki-67. Positivo em raros núcleos de células neoplásicas. 
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Aspecto geral. 

Neoplasia moderadamente celular, com aspecto homogêneo nas diversas áreas examinadas.  É constituída por células predominantemente estreladas ou fusiformes, dispersas em matriz amorfa de aspecto mixóide. A vascularização é escassa, e os vasos têm paredes finas. Não se observam áreas de necrose. 

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Correlação com a imagem. 

O alto grau de hidratação do tecido, devido à abundante matriz mixóide entre as células neoplásicas, correlaciona-se com o hipersinal em T2.

Clique para mais imagens deste exame; página de resumo do caso. 

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Celularidade variável.  A quantidade de células neoplásicas por unidade de área variava em diferentes regiões do tumor, de baixa a moderada. Não foram observadas mitoses em HE. Há, porém, raras em Ki-67.
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Células que lembravam neurônios. 

No interior do tecido neoplásico havia algumas células com feições próprias de neurônios (núcleo redondo, cromatina frouxa, nucléolo evidente e citoplasma abundante com limites nítidos). 

Não foi feita imunohistoquímica para identificação da linhagem. Assim, fica a dúvida se seriam mesmo neurônios do tecido nervoso vizinho, incorporados ao tumor, ou células neoplásicas com morfologia imitando neurônios. 

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Células compatíveis com  astrócitos reacionais.  Outras células lembravam astrócitos gemistocíticos, o que foi comprovado por positividade para GFAP (abaixo).  Foram consideradas células remanescentes do tecido nervoso infiltrado pela neoplasia. 

 
IMUNOHISTOQUÍMICA
VIM. 

Vimentina foi universalmente positiva no citoplasma das células neoplásicas, e também em vasos do tumor. 

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VIM.    Vimentina, positiva em vasos tumorais. Chama a atenção que as células neoplásicas não lançam prolongamentos aos vasos, como seria de esperar se as células fossem de linhagem astrocitária. As células estão bem próximas dos vasos, mas não estabelecem contato com eles. Isto levanta a suspeita de que o tumor não seja um glioma de baixo grau, como poderia ser sugestivo pela morfologia em HE. 
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VIM. 

Célula negativa para vimentina. 

Células como estas podem corresponder a neurônios incorporados no tumor (ver HE). Se fosse um astrócito deveria ser positivo para vimentina. Ver também GFAP, abaixo. 

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GFAP.Diversas células positivas para GFAP (proteína glial ácida fibrilar, um filamento intermediário próprio de astrócitos) foram encontradas esparsas pelo tumor. Isto confirma a natureza infiltrativa da neoplasia, que captura células do tecido nervoso limítrofe à medida que cresce. Não raro, estes astrócitos situavam-se próximos ou em volta de vasos.  Ver também outra amostra.
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Ki-67.  A marcação era observada apenas em núcleos esparsos (<1% das células), com áreas totalmente negativas. Foram observadas raras mitoses, demonstradas abaixo. Notar que em algumas delas o citoplasma da célula em mitose também se marca. Em uma única, não se marcou. Não foi rara a marcação de núcleos aos pares. Como há poucos núcleos positivos na amostra, a pareação não deve ser coincidência. Pode indicar núcleos derivados de uma mesma célula, que já se preparam para nova divisão. 
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Obs. amostra foi negativa para proteína S-100, GFAP, CD56, CD57 (todos estes positivos em alguns astrócitos perivasculares aprisionados), AE1AE3, EMA, 1A4 (positivo nos vasos, controle interno) e c-Kit. 

O diagnóstico de revisão na presente amostra foi  Sarcoma com padrão mixóide, de grau histológico 2 (baseado na densidade celular).
 

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Para mais imagens e página de resumo deste caso:
Lesão inicial parietal esquerda  Lesão inicial parietal esquerda após 2 meses e meio Primeira recidiva temporal E após 6 meses Segunda recidiva, parietal E (em outro local) após 3 anos Terceira recidiva, frontal E após 4 anos
Terceira amostra, HE, IH  Quarta amostra, Macro, HE Idem, tricrômico de Masson Idem, IH Idem, ME
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Textos complementares:  Sarcomas cerebrais Fibrossarcoma Mixofibrossarcoma Diferencial: gliossarcoma
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