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3. Microscopia eletrônica |
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O espécime
foi processado para microscopia eletrônica a partir da reserva
em formol. Idealmente, o material para ME é colhido diretamente
em líquido de Karnovsky (uma mistura tamponada de glutaraldeído
e paraformaldeído) a 4 ºC. Apesar desta limitação,
a preservação da ultraestrutura revelou-se melhor que
o esperado.
A microscopia eletrônica revelou células de contorno poligonal bem definido, com membranas apostas e espaço extracelular mínimo ou ausente. Não havia junções intercelulares e não foram observadas sinapses. Os núcleos celulares freqüentemente lembravam os de neurônios, com nucléolo em destaque. No citoplasma, as organelas mais notáveis eram o retículo endoplasmático rugoso (equivalente em microscopia óptica aos corpúsculos de Nissl de neurônios) e mitocôndrias. Em muitas células havia também uma quantidade variável de vesículas de centro denso, associadas a armazenamento de neurotransmissores, e em concordância com a natureza neuroendócrina da neoplasia. |
Células de contorno poligonal, com membranas nítidas apostas e espaço extracelular mínimo ou ausente. |
Célula lembrando neurônio: núcleo vesiculoso, nucléolo evidente, citoplasma com reticulo endoplasmático rugoso abundante e mitocôndrias. |
O reticulo endoplasmático rugoso arranjado em cisternas paralelas lembra os corpúsculos de Nissl de neurônios normais. Esta célula contém também rosetas de ribossomos (polirribossomos) livres no citoplasma. |
Vesículas de centro denso, ou 'dense core vesicles', contendo neurotransmissores, como catecolaminas, são delimitadas por membrana única e têm um halo claro entre a membrana e o centro denso. Essas vesículas secretórias neuroendócrinas podem variar em diâmetro e eletrodensidade, refletindo o estado funcional das células e a substância armazenada. |
As vesículas mais densas são associadas a noradrenalina, e admite-se que o mecanismo da reação seja a formação de um produto insolúvel entre esta e o glutaraldeído do líquido fixador, posteriormente escurecido pelo tetróxido de ósmio. Como a adrenalina não reage, difunde-se dos grânulos, que então aparecem mais claros. As vesículas são produzidas no aparelho do Golgi e liberam seu conteúdo por exocitose ao se fundir com a membrana plasmática (não demonstrado nestas fotos). |
Caso gentilmente
contribuído pelo Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas, DAP-UNICAMP
e Laboratório Multipat, Campinas, SP.
Preparações de ME pelas Sras. Marilúcia Ruggiero Martins e Geralda Domiciano de Pádua, com nossos agradecimentos. |
Para mais imagens deste caso: | RM, macro, HE, colorações | Imunohistoquímica |
Outros casos de paraganglioma : Imagem,_Patologia. | Paragangliomas, textos (1) (2) |
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