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1. RM, macro, HE, colorações. |
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Fem, 52 anos, tumor de região de cauda eqüina. |
Ressonância magnética de coluna lombar, cortes sagitais, T1 sem e com contraste, mostrando lesão tumoral intradural, na topografia da cauda eqüina, ao nível do corpo da vértebra L2, bem delimitada, e com captação homogênea do contraste paramagnético. | |
Espécime cirúrgico. O tumor media 1,8 cm no maior diâmetro, tinha superfície lisa e levemente lobulada. A cor negra se deve a tinta nanquim, usada para marcar a superfície externa para avaliação de infiltração pelo tumor. A superfície de corte era homogênea, esbranquiçada e de consistência firme. | |
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Aspecto geral do tumor. Diferia do padrão habitual em paragangliomas de corpo carotídeo ou de glomus jugular (ver exemplos) pela coexistência com áreas de ganglioneuroma. Os padrões histológicos eram imbricados e, muitas vezes, diferentes feições se apresentavam no mesmo campo. Apenas para efeito esquemático, dividimos o tumor em áreas de paraganglioma, áreas de ganglioneuroma (ricas em neurônios maduros) e em áreas schwannóides, lembrando um schwannoma, mas pertencentes ao padrão dos ganglioneuromas. |
Áreas de paraganglioma. Estas áreas eram constituídas predominantemente por células de aspecto epitelióide arranjadas em grupos, separados por trama vascular. Corresponde ao aspecto alveolar ou lobular clássico dos paragangliomas. Porém, as células tinham citoplasma volumoso, e várias mostravam núcleo vesiculoso com nucléolo proeminente lembrando núcleos de neurônios. Em imunohistoquímica havia positividade para antígenos neuronais e em microscopia eletrônica, observavam-se vesículas de centro denso, associadas a neurotransmissores. | |
Áreas de ganglioneuroma. Nas áreas denominadas de ganglioneuroma havia um componente variável, mas em geral proeminente de neurônios maduros. Estes eram distintos pelas características nucleares, e pelo citoplasma abundante, basófilo, bem delimitado, não raro com corpúsculos de Nissl. Em ME, continham abundante retículo endoplasmático rugoso. Os neurônios coexistiam lado a lado com células de padrão neuroendócrino demonstradas acima. | |
Áreas schwannóides. Nestas, as células eram alongadas e dispostas em feixes multidirecionados, como em schwannomas de padrão Antoni A. Havia juxtaposição com as áreas de paraganglioma e freqüentes neurônios maduros isolados ou em pequenos grupos. | |
Tricrômico de Masson. Pobreza em tecido conjuntivo colágeno, limitado principalmente a alguns vasos. | |
Reticulina. Notava-se alternância entre áreas ricas e pobres em reticulina. As ricas correspondem às àreas schwannóides, recordando-se que o schwannoma é um tumor com rica trama de fibras reticulínicas, que são produzidas pelas células de Schwann. Nas outras áreas, a reticulina está limitada aos vasos e ausente entre as células. Estas correspondem às áreas de paraganglioma, tumor onde este é o padrão habitual. | |
Caso gentilmente contribuído pelo Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas, Laboratório Multipat, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | Imunohistoquímica | Microscopia eletrônica |
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