Neupatimagem-UNICAMP

Astrocitoma de células granulares do cérebro.
2. Imunohistoquímica para GFAP, VIM, S-100

Masc. 59 a. Clique para destaques da HE. Texto sobre astrocitoma de células granulares do cérebro.

Destaques da imunohistoquímica.

GFAP. Positividade variável nas células granulares, com células positivas e negativas lado a lado	VIM. Células granulares mais uniformemente positivas para vimentina que para GFAP	S-100. Grande variabilidade na marcação das células granulares, na maioria só fracamente positivas ou negativas. Foto - célula com positividade nuclear


CD34. Positividade em padrão membrana nas células granulares, variável e com áreas negativas. Vasos sempre positivos.	Ki-67. Marcação de até 10% dos núcleos em áreas. Mitoses realçadas pela positividade também do citoplasma	p53. Resultados semelhantes aos com Ki-67.


Para destaques da histologia em HE, clique.

GFAP.

A maioria das células granulares são GFAP positivas, mas há também várias negativas. Ao lado, as células positivas se destacam contra a rede de vasos com proliferação endotelial, negativos.

A positividade para GFAP confirma a natureza astrocitária das células granulares.

Abaixo, áreas de células granulares e estreladas lado a lado, ambas GFAP-positivas.

Células granulares com prolongamentos citoplasmáticos. Em poucas células granulares era possível visualizar um prolongamento citoplasmático em direta continuidade com o corpo celular globoso. Esses prolongamentos, que presumivelmente na grande maioria estão fora do plano de corte, apóiam a natureza astrocitária das células granulares. Para outro caso com prolongamentos citoplasmáticos, clique.

Células granulares GFAP negativas. Apesar das células granulares serem, na realidade, astrócitos modificados com grande acúmulo citoplasmático de lisossomos, muitas são totalmente negativas para GFAP, e se encontram ao lado de células fortemente positivas.

Vasos. Chamam a atenção pela negatividade, como esperado (ausência de reação de fundo). Vários mostram proliferação de células endoteliais, com núcleos tumefeitos e empilhamento de células, que pode chegar à oclusão do vaso.

Área de células fusiformes ou estreladas. Nesta outra região, as células neoplásicas mostram o contorno estrelado próprio dos astrócitos, com prolongamentos abundantes que se entrelaçam formando um fundo fibrilar. Algumas células granulares estão entremeadas às estreladas.

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VIM.

Com vimentina, as células neoplásicas são universalmente positivas, tanto em áreas com predomínio de células granulares como de células estreladas.

VIM. Células granulares. A grande maioria das células granulares se marcam no citoplasma para vimentina, em proporção muito maior que com GFAP (acima). Há várias com marcação mais acentuada na parte central, e fraca na periferia da célula. Raros neurônios infiltrados pelo tumor são negativos.

VIM - Necrose.

Áreas necróticas chamam a atenção pela negatividade, contrastando com o tecido tumoral viável em volta.

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S-100.

Com proteína S-100, observa-se comportamento diferenciado das células neoplásicas. As células granulares são de modo geral negativas, tanto no núcleo como no citoplasma. Há uma população de células pequenas entre elas que se marca, no núcleo e/ou no citoplasma.

S-100. Células granulares - positividade nuclear. Em poucas células, há nítida positividade nuclear para S-100, além de variável positividade citoplasmática.

S-100. Células granulares - negatividade nuclear e citoplasmática.


S-100. Células pequenas. Há várias positivas, algumas só no citoplasma, outras no núcleo e citoplasma.

S-100. Células fusiformes. Como as células granulares, acima, mostram ampla variação na marcação para proteína S-100. Os achados denotam a heterogeneidade fenotípica de uma população supostamente homogênea de células, pertencentes ao mesmo tumor e em proximidade topográfica.

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Agradecimento. Caso trazido em consulta e gentilmente contribuído pelo Dr. Amilcar Castro de Mattos, Depto de Patologia, Faculdade de Ciências Médicas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC).