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1. HE |
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Masc. 59
a. Lesão em região temporal esquerda, de ‘crescimento
lento’, com 5 cm no maior eixo quando operada.
Clique para destaques da HE e da imunohistoquímica. Texto sobre astrocitoma de células granulares do cérebro. |
Lâminas
escaneadas.
Foram recebidas duas lâminas. O material ao lado era o mais representativo, contendo a maior parte do tumor, com aspecto de astrocitoma de células granulares detalhado abaixo. Uma parte do tumor era sólida, a outra tinha múltiplos pequenos cistos. Em dois fragmentos (os dois à direita), era possível distinguir a borda do tumor, de limites imprecisos. |
Na
outra lâmina,
os fragmentos eram em grande parte necróticos, com manguitos de tumor remanescente em torno de vasos (áreas mais basófilas). |
Destaques da microscopia. HE | ||
Borda do tumor próxima à superfície cortical. Limites imprecisos | Células granulares | Área microcística |
Atipias nucleares | Mitoses, várias atípicas | Área de células estreladas ou fusiformes |
Proliferação endotelial | Necrose | Manguitos perivasculares de tumor viável |
Para destaques da imunohistoquímica, e texto sobre astrocitoma de células granulares, clique. | ||
Borda
tumoral.
O tumor chegava à superfície do córtex cerebral. A delimitação com o tecido nervoso normal era borrada, e notava-se proliferação vascular nas camadas superficiais do córtex, fora do tumor. |
Astrocitoma
de células granulares.
Este curioso tumor à primeira vista não parece um astrocitoma, pois as células têm contornos arredondados, lembrando mais macrófagos que astrócitos. O diagnóstico é feito pelo exame de várias áreas, e pela imunohistoquímica para GFAP. Para caso semelhante, também com dificuldades diagnósticas,clique. Para breve texto sobre a entidade, clique. |
Células granulares. As células granulares são astrócitos modificados pelo acúmulo citoplasmático de lisossomos, que assumem padrão finamente granular na microscopia óptica. Em outro caso, estudado em microscopia eletrônica, ficou clara a natureza lisossomal dos grânulos. As células mostram notável regularidade de aspecto e tamanho, e atipias nucleares e mitoses são incomuns. Contudo, há extensas áreas de necrose coagulativa, demonstradas em outros quadros, e que pode ser atribuída às marcadas alterações vasculares. | |
Área
microcística.
Nesta região, as células neoplásicas delimitam cavidades irregulares preenchidas por fluido. O aspecto lembra a 'degeneração microcística' dos astrocitomas difusos de padrão histológico protoplasmático, ou as áreas protoplasmáticas dos astrocitomas pilocíticos. |
Atipias nucleares eram raras no espécime. | |
Mitoses. As poucas encontradas estão documentadas abaixo. A irregularidade ou assimetria na distribuição dos cromossomos sugere que sejam atípicas. | |
Área de células fusiformes ou estreladas. Nestas, a natureza astrocitária do tumor era clara. As células tinham citoplasma em quantidade escassa a moderada, resolvendo-se em prolongamentos que criavam um fundo fibrilar. De permeio, observavam-se algumas células com padrão granular. | |
Proliferação vascular. Foram observados vários capilares com proliferação e empilhamento das células endoteliais, com redução ou obliteração da luz. Em outros, predominava espessamento colágeno da adventícia do vaso. | |
Necrose.
Foram observadas várias áreas de necrose coagulativa, como em gliomas malignos de alto grau, variando de pequenas a extensas. A disposição em pseudopaliçada das células em volta da necrose, vista em muitos glioblastomas, não foi encontrada. |
Vasos
em áreas necróticas.
Foram observados vasos maiores com trombose e recanalização, com múltiplas pequenas luzes, como no exemplo ao lado. Havia também vasos com trombose parcial, outros com espessamento fibroso da parede e redução da luz. |
Manguitos
de tumor viável circundavam vasos permeáveis, em meio à extensa necrose coagulativa. |
Agradecimento. Caso trazido em consulta e gentilmente contribuído pelo Dr. Amilcar Castro de Mattos, Depto de Patologia, Faculdade de Ciências Médicas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC). |
Para mais imagens deste caso: | HE | GFAP, VIM, S-100 | CD34, Ki67, p53 |
Astrocitoma de células granulares : | Neuroimagem | Neuropatologia | Texto |
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