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2. Vermelho do Congo e luz polarizada |
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Fem. 62 a. A melhor maneira de demonstrar amilóide em cortes histológicos é na coloração pelo vermelho do Congo (para procedimento, clique) com exame à luz polarizada. Para mais sobre amilóide em sistema nervoso central e periférico, clique. Ver também amilóide no curso de graduação: amilóide em baço e rim (peça) e lâminas A. 36/38 e A. 200. Para breve texto sobre angiopatia amilóide, clique. |
Amiloidose de vasos meníngeos. Aqui demonstramos vários campos corados por vermelho do Congo e examinados em luz comum e em luz polarizada. Nesta, o amilóide brilha (refringe) em cor característica verde esmeralda ou amarelo ouro, dependendo do ângulo entre as fibrilas de amilóide e o plano de vibração da luz polarizada. Clique nas imagens para maior ampliação. Para mesmo material em HE, e texto sobre angiopatia amilóide, clique. | |
Angiopatia
amilóide (congófila).
Definição. Deposição idiopática de amilóide, que ocorre em vasos pequenos e médios da leptomeninge e córtex cerebral, em idosos. O processo não está associado à amiloidose sistêmica e só se torna clinicamente relevante quando a deposição é intensa. A hipótese deve ser considerada na ocorrência de hemorragia ou infarto cerebral em pacientes acima dos 60 anos, especialmente se normotensos. Os vasos da substância branca profunda não são afetados. Imagem. Em virtude da distribuição meníngea e cortical, as hemorragias são tipicamente superficiais, múltiplas, situadas na junção córtico-subcortical. Poupam os núcleos da base e tronco cerebral, contrastando com as hemorragias profundas da hipertensão arterial. Infartos são menos comuns. Imagens de TC e RM mostrando hemorragias de diferentes idades em topografia periférica em paciente idoso normotenso são fortemente sugestivas de angiopatia amilóide. Microscopia. Os depósitos de amilóide são vistos já em HE como material eosinófilo céreo (lembrando cera) depositado na parte externa dos vasos. O método de escolha para diagnóstico é a coloração pelo vermelho do Congo e exame em luz polarizada. Os vasos afetados podem mostrar anomalias adicionais, como telangiectasias, microaneurismas, espessamento intimal, pseudoglomérulos e parede duplicada. Ocasionalmente pode haver reação granulomatosa ao amilóide e necrose fibrinóide. Relação entre angiopatia amilóide e demência senil do tipo Alzheimer. É sugerida por várias observações, embora não esteja claro o quanto estas poderiam representar apenas coincidências.
Prognóstico. Não há tratamento para a angiopatia amilóide. Pacientes são susceptíveis a recidivas das hemorragias e infartos. Fontes.
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Agradecimentos.
Caso do Hospital Centro Médico de Campinas, gentilmente contribuído
pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo
Roland Kaleff e residentes, Campinas, SP.
Preparações pelos técnicos Viviane Ubiali e Aparecido Paulo de Moraes. Colorações especiais pelo técnico Sérgio Roberto Cardoso. Fotos em luz polarizada pelo fotógrafo Adilson Abílio Piaza. Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso; texto: | RM | HE, Masson. |
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