Tumor fibroso solitário occipital/cervical  intra- e extracraniano e metástases tardias em coluna vertebral. 
Evolução de 10 anos.   Exames de imagem - destaques 
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Masc. 52 a. História iniciada em 2004 (aos 42 anos) com cervicalgia progressiva, seguida por dificuldades motoras em membros superiores.  Foi operado 4 vezes, em 2007, 2009, 2011 e 2014, para remoção de tumor situado na transição occipito-cervical, com componentes intra- e extracranianos. Amostras anátomo-patológicas foram dadas como hemangiopericitoma (1a.) e tumor fibroso solitário (2a. , 3a. e 4a.)  A última é objeto da atual apresentação. Tivemos oportunidade de rever a segunda e terceira amostras, que se revelaram superponíveis a esta. A lâmina de HE da 2a. é apresentada em outra página.  Não dispomos de todos os exames de imagem, inclusive o primeiro pré-operatório falta. Mesmo assim, consideramos o caso ilustrativo pela evolução de 10 anos (documentada em imagens por 7 anos) e a tendência recidivante da neoplasia, com metástases em corpos vertebrais de coluna torácica detectadas no último exame. 

Clique para história clínica em detalhe, exames de imagem em detalhe, anátomo-patológico de 2014 : HE, colorações especiais, imunohistoquímica, e amostra de 2009 (a título de comparação).

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TUMOR  FIBROSO SOLITÁRIO - 4 MOMENTOS.  T1 COM CONTRASTE
1/2008, 10 meses após primeira cirurgia 7/2008, evolução 3/2009, 1 mês após segunda cirurgia
10/2014,  após terceira cirurgia em 2011, e imediatamente antes da quarta intervenção. 
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História clínica em maior detalhe. 

Há cerca de 4 anos em relação ao primeiro atendimento na Unicamp (em 7/2008), iniciou quadro de dor em região occipital e transição crânio-cervical posterior, seguida por dor em região cervical à movimentação. A dor teve piora progressiva até 18 meses atrás, quando começou dificuldade de movimentação de membros superiores, alteração de marcha e retenção urinária. 

Em março de 2007 foi submetido em outro serviço a ressecção completa de tumor na transição crânio-cervical, com melhora na deambulação e força nos membros superiores. RM de entrada mostrava massa tumoral envolvendo a artéria vertebral direita extradural ao nível de C1, e penetrava a dura-máter neste mesmo nível, deslocando a transição bulbo-medular posterior e lateralmente. Acesso por craniotomia suboccipital direita e remoção do arco posterior de C1. Tanto a lesão extra- como intradural foram retiradas. Ao nível da origem da A. espinal anterior uma pequenina porção de tumor mostrava-se indistinguível do parênquima e parecia envolver / infiltrar a referida artéria, impedindo remoção completa. Diagnóstico em outro serviço foi hemangiopericitoma. 

Há 6 meses (1/2008) nova piora.  RM sem tratamento adjuvante mostrou discreto crescimento na porção localizada anteriormente ao bulbo, confirmado em RM de 7/2008. Naquele momento, relatava piora lenta e gradual da força muscular e marcha, e dor em queimação nos membros superiores (pior sintoma). Cervicalgia, sem déficits motores (só trapézio à direita).   Exame neurológico – força muscular grau V, reflexos osteo-tendíneos simétricos, sinal de Babinski bilateral. Nervos cranianos normais. 

Em 2/2009 – mantém queixa de cervicalgia e piora dos sintomas urinários e desequilíbrio.  Reflexos osteo-tendíneos  exaltados, força muscular grau V global. Mobilidade de língua e marcha preservadas. Nova RM demonstrou grande crescimento tumoral comprometendo tecidos moles da região cervical à direita, envolvendo completamente a A. vertebral em C1 e C2 e preenchendo o triângulo sub-occipital. O componente anterior à transição bulbo-medular havia crescido sobremaneira e estendido superior e  inferiormente, deslocando as estruturas neurais.  Submetido a reabordagem, o componente extradural mostrava-se extremamente infiltrativo, comprometendo partes moles, musculatura paravertebral e envolvendo e infiltrando a artéria vertebral extradural em C1 e C2. Tal componente foi parcialmente ressecado com esta artéria.  Após abertura da dura-máter, apenas uma pequena porção do tumor intradural pode ser removida, já que este se mostrava muito sangrante, rebelde à coagulação bipolar. Infiltrava indistintamente a medula cervical alta e porção inferior do tronco cerebral, nervos cranianos e estruturas vasculares.  Pós-operatório sem déficits adicionais. Orientado a acompanhamento oncológico com radioterapia.  Material anátomo-patológico obtido nesta segunda cirurgia foi encaminhado a este serviço para revisão.  O diagnóstico foi de tumor de linhagem sarcomatosa, com maior probabilidade de tumor fibroso solitário em vista dos resultados imunohistoquímicos. Lâmina de HE desta amostra documentada em outra página. RM de seguimento em 18/3/2009 mostra tecido tumoral remanescente intra e extracraniano. 

Em 6/2011  após nova recidiva, foi reoperado e o material também revisado aqui, confirmando a impressão de tumor fibroso solitário. 

Em 10/2014 reinternado com queixa de nova piora progressiva de força muscular em braço e dificuldade para andar há 4 meses. Membro superior direito com força muscular grau IV;  membro superior esquerdo  grau V; membro inferior direito grau III; membro inferior esquerdo  grau V. Hiperreflexia patelar direita. Dor à mobilidade cervical. TC e RM pré-operatórias.  Laminectomia C2-C3, com ressecção de lesão expansiva em região lateral direita medular.  Material anátomo-patológico em outras páginas:  HE, colorações especiais, imunohistoquímica

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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 18/1/2008 
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Este é o primeiro exame que dispomos, já um controle após a primeira cirurgia de março de 2007.  A ressonância original pré-operatória não obtivemos.  Nota-se pequeno remanescente tumoral intracraniano na face anterior do bulbo, na transição para a medula cervical, que chama a atenção pela impregnação por contraste. Há também componente extracraniano à direita nos tecidos moles ao nível cervical superior. 
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T1 COM CONTRASTE
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
Mais imagens deste exame
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 4/7/2008 
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MELHORES CORTES - T1 COM CONTRASTE.  Em 6 meses sem tratamento adjuvante - aumento do tumor. 
CORONAL SAGITAIS
AXIAIS
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
Mais imagens deste exame
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 18/3/2009 
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Controle 1 mês após segunda cirurgia. Grande parte do componente intracraniano na parte anterior do bulbo não pode ser removido.
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SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
AXIAIS, T1 COM CONTRASTE
Mais imagens deste exame
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA,  14/10/14 
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Antes da 4a. cirurgia. Não temos controles da época da 3a. cirurgia em 2011, mas tumor na topografia original na face anterior do bulbo parece ter respondido bem. Contudo, recidivou mais abaixo, ao nível da medula cervical alta, imediatamente posterior ao corpo e apófise odontóide do axis. Há também grande componente extracraniano nos tecidos moles no mesmo nível, e notam-se agora lesões impregnantes nos corpos vertebrais de T1 e T2, que se confirmam na tomografia computadorizada, abaixo. 
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T1 COM CONTRASTE, SAGITAIS, linha média e parasagital direita. 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE T2
SAGITAIS, detalhes, lesão vertebral. 
T1  SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE T2
AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE T2
Mais imagens deste exame
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TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA, 14/10/14
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Sem contraste  Janela óssea 
Mais imagens deste exame
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Agradecimentos. Caso trazido em revisão e gentilmente contribuído pelo Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas, Laboratório Multipat, Campinas, SP, e pelo neurocirurgião, Prof. Dr. Helder Tedeschi, que forneceram imagens de RM e os espécimes anátomo-patológicos anteriores a 2014. 
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Para mais imagens deste caso: TC, RM destaques, detalhes Biópsia de 2014, HE, colorações Idem, IH Biópsia de 2009, HE
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Tumor fibroso solitário  e  hemangiopericitoma
Texto ilustrado linkado
Tumor fibroso solitário, mais casos : 
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Outros textos de apoio sobre
tumor fibroso solitário
Comparação com meningioma fibroblástico
Hemangiopericitoma, outros casos : 
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Outros textos sobre hemangiopericitoma : 
(1) (2)
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