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Fem. 22
a. Amenorréia após a menarca. Em 1987 (então
com 22 anos), hiperprolactinemia de 187 ng/ml (normal 4,1-18,4 ng/ml).
Em 1991 ficou em tratamento com bromocriptina (Parlodel®) durante um
ano por hipótese de prolactinoma. Tomografia computadorizada de
5/1/1992 (abaixo) mostrou lesão expansiva de região selar,
cística, com fina membrana externa, que se impregnava pouco. Antes
da cirurgia estava perdendo a visão por compressão extrínseca
pelo tumor.
Foi operada em 1992, duas vezes, uma por via transesfenoidal e outra por craniotomia, com intervalo de 7 meses. Encontrado tumor cístico insinuado através do diafragma selar, com conteúdo líquido ocre (material seroso com siderófagos). Depois da cirurgia a perda visual se estabilizou, mas ficou com panhipopituitarismo. Ressonância magnética em 1/12/99 (abaixo). Na época, prolactina aumentada em níveis tumorais. Em 2000 – acentuou-se a perda visual. Reoperada em agosto de 2001. No exame anátomo-patológico, observou-se cisto com vários tipos de epitélio, inclusive plano e cilíndrico ciliado do tipo respiratório, células caliciformes, histiócitos com hemossiderina, e células gigantes de corpo estranho com cristais de colesterol. Continuou em acompanhamento com reposição hormonal. Em 2004 – déficit visual, panhipopituitarismo e hemiparesia E. Controles anuais com RM até 2009, aparentemente sem tumor. Para mais sobre controle dos hormonios hipofisários pelo hipotálamo, como uma lesão em haste hipofisária pode causar hiperprolactinemia e papel da bromocriptina, clique. |
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA de 5/1/92, MELHORES CORTES (ambos com contraste). Esta TC pré-operatória mostra formação cística de paredes finas, conteúdo hipoatenuante, que desloca o polígono de Willis, com elevação das artérias cerebrais anteriores. O quiasma óptico (não visualizado aqui) fica embaixo das Aa. cerebrais anteriores, em contato com elas. A elevação do quiasma pelo cisto comprime-o contra estas, e lesa-o através das pulsações arteriais. A hipófise foi comprimida para o fundo da sela. | |
AXIAL | CORONAL |
Exames em detalhe: 5/1/92; 31/8/92. |
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Lesão
cística, menor que a vista nas tomografias de 7 anos antes, medindo
1,5 x 1 cm, dentro da sela, com hipersinal em T1 e T2 (o conteúdo
pode ser de água com macromoléculas). Há discreta
impregnação da parede posterior do cisto. Há
compressão da hipófise e o quiasma óptico é
de difícil visualização (atrofia por compressão).
Se o epitélio do cisto não é totalmente retirado, pode formar-se um novo cisto, devido à adesão entre as células epiteliais. Aqui aparece este cisto residual. Devido à persistência da lesão e da sintomatologia, a paciente foi reoperada em 2001. O material anátomo-patológico demonstrado em outra página procede desta cirurgia. Após, ficou sem tumor em exames bianuais até 2009. |
MELHORES CORTES - SAGITAIS | |
T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE |
CORONAIS, T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE | T2 |
AXIAIS, T2 | DP |
Exame em detalhe. |
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Com contraste, axial. TC pré-operatória mostra formação cística de paredes finas, conteúdo hipoatenuante, que desloca o polígono de Willis com elevação das artérias cerebrais anteriores. Nos cortes coronais (quadro abaixo, imagens invertidas D x E) , vê-se o cisto, com conteúdo líquido, e elevação das ACAs. A hipófise e o quiasma óptico não são visualizados por estar comprimidos e rechaçados. | |
Com contraste, coronal. Lado D da paciente está à D na imagem. O quiasma óptico (que não é visualizado nestas imagens) fica embaixo das Aa. cerebrais anteriores, em contato com estas. A elevação do quiasma pelo cisto comprime-o contra as Aa. cerebrais anteriores, e lesa-o através das pulsações destes vasos. A hipófise foi comprimida para o fundo da sela. | |
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Com contraste, axial. Exame após a primeira cirurgia, que foi realizada por via transesfenoidal. Há persistência da lesão, com poucas diferenças em relação ao exame anterior. Paciente foi reabordada por craniotomia logo após. | |
Com contraste, coronal. Obs. lado direito da paciente à direita nas imagens. | ||
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CORTES CORONAIS | ||||
T1 | ||||
T1 C | ||||
T2 |
CORTES SAGITAIS | ||||
T1 | ||||
T1 C |
Para histologia deste caso, clique » |
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