|
3. IH para marcadores gliais, CD34, Ki-67 |
|
Masc. 24 a. Clique para história clínica e ressonância magnética, HE, colorações especiais, imunohistoquímica para marcadores neuronais. |
GFAP.
A grande maioria das células deste neurocitoma central eram negativas para GFAP. Aqui vemos o limite do tumor com o tecido nervoso (à direita, na foto), onde há marcação dos astrócitos reacionais. O limite é impreciso, e as células tumorais penetram entre os elementos pré-existentes. |
GFAP.
Interior do tumor.
As células neoplásicas de modo geral não se marcam. Há, contudo, marcação de vários prolongamentos celulares entre elas. É provável que na maioria pertençam a astrócitos pré-existentes aprisionados. |
GFAP - astrócitos pré-existentes. Estes astrócitos foram considerados como provavelmente pré-existentes (não neoplásicos) em virtude de seu volume citoplasmático maior e prolongamentos mais longos. | |
GFAP - células tumorais. Contudo, em meio às células negativas para GFAP, havia umas poucas que se marcavam para GFAP no citoplasma e foram consideradas como tumorais com alta probabilidade. Isto se baseou na semelhança do núcleo com o das vizinhas e pela escassez do citoplasma, com poucos prolongamentos rudimentares. É aceito que células do neurocitoma central podem ter diferenciação glial (ver texto) e já o constatamos em vários exemplos (1) (2) (3) (4). | |
VIM.
Com vimentina, o tumor é praticamente todo negativo. Há marcação do endotélio (os vasos sobressaem), de alguns astrócitos pré-existentes, e de macrófagos. Não conseguimos encontrar células definitivamente tumorais que se marcassem. |
VIM. Macrófagos. Estas pequenas células arredondadas, fortemente positivas para vimentina, entremeadas às células tumorais, às vezes em pequenos grupos, foram interpretadas como macrófagos pela morfologia. Não têm prolongamentos e em algumas o citoplasma é finamente vacuolado. | |
S-100.
Já para proteína S-100, ao contrário da vimentina, extensas áreas do tumor, eram positivas. A marcação é nuclear e citoplasmática, e os vasos servem de controle interno negativo |
S-100. Positividade nas pseudorrosetas perivasculares. As pseudorrosetas perivasculares, que chamavam a atenção já em HE, e que inicialmente nos sugeriram o diagnóstico de ependimoma, são fortemente positivas para S-100. Este dado confirmaria a suspeita de ependimoma, não fossem as mesmas rosetas fortemente positivas também para sinaptofisina, o que definiu o caso como neurocitoma central. Estes achados ilustram como um aspecto em particular pode ser enganoso, e que só o conjunto de várias observações é que indica o diagnóstico correto. | |
S-100. Áreas mesclando células positivas e negativas. É sempre confortador um controle interno negativo quando grande parte dos elementos em estudo são positivos. A negatividade em pelo menos algumas células afasta a possibilidade de artefato ou reação de fundo. O oposto é também verdadeiro, no caso de uma reação onde se espera no mínimo alguma positividade, como no Ki-67. Se absolutamente nenhuma célula marcada foi encontrada, fica a suspeita de que a reação não funcionou. Aqui temos células positivas e negativas lado a lado, especialmente vários núcleos negativos, o que confirma que a extensa positividade detectada é, de fato, genuina. | |
CD34.
Este marcador do endotélio vascular demonstra com elegância a delicada vascularização deste neurocitoma central. Os vasos são muito numerosos, de paredes muito finas, e regularmente espaçados. Não há nenhuma sugestão de proliferação endotelial ou pseudoglomérulos, como nos gliomas malignos. |
Nesta área de pseudorrosetas perivasculares, o contorno dos vasos é delineado pela positividade para CD34. Os núcleos ficam a certa distância do vaso, e o espaço anucleado, aqui totalmente negativo, é constituído pelos prolongamentos das células neoplásicas. Estes espaços são fortemente positivos para sinaptofisina, o que demonstrou o tumor como um neurocitoma central. |
A vascularização extremamente exuberante, quase angiomatosa do tumor, responde pelo comportamento altamente hemorrágico no ato cirúrgico. Na figura seguinte, notar o grande calibre e a notável delgadez da parede de alguns vasos. Ver também estes campos em HE e tricrômico de Masson. |
Ki-67.
O aspecto mais notável e menos usual deste tumor foi o alto índice Ki-67, da ordem de 50 a 60% numa estimativa visual de diversos campos, sem contagem. No neurocitoma central habitual, o índice Ki-67 (MIB-1) é geralmente < 2%. Quando maior que isso, os tumores são rotulados como neurocitomas atípicos, e associados com menor intervalo livre de doença (ver texto). |
Obs. Negativo para NF (controle interno positivo), NeuN, Nestina, AE1AE3, LCA, EMA. |
Agradecimentos. Caso do Hospital Medical de Limeira, SP, gentilmente enviado pelos Drs. Evandro Maciel Pinheiro e Helder Tedeschi. Imagens de RM por obséquio do serviço RML de Limeira (Dr. Cássio Iwakura e técnica biomédica Cristina Ferrari Sia). Imunohistoquímica realizada no Laboratório Multipat, de Campinas, SP e contribuída pelo Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas. |
Para mais imagens deste caso: | RM | HE, colorações | IH Marcadores neuronais |
Textos sobre neurocitoma central: (1) (2) | Mais casos de neurocitoma central:
Imagem, Patologia |
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|
|
|