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O material para ME foi retirado do espécime cirúrgico já alguns dias após estar fixado em formol. Mesmo assim, consideramos a preservação da ultraestrutura como aceitável, reforçando nossa convicção de que o principal fator na boa conservação é a rapidez da fixação (idealmente, no líquido de Karnovsky). |
Aspecto
geral.
Em pequeno aumento, nota-se tumor altamente celular, composto por células relativamente regulares, bem delimitadas, justapostas, deixando entre si mínimo espaço, e sem complexos juncionais. |
Células
neoplásicas.
Apresentavam núcleos arredondados ou ovalados, com cromatina frouxa e bem distribuída, nucléolo evidente, e citoplasma abundante, rico em organelas, predominando mitocôndrias, retículo endoplasmático liso e rugoso, não raro com cisternas dilatadas. Muitas células continham espessos feixes de filamentos intermediários. |
Limites
celulares.
As membranas celulares eram relativamente retilíneas e em íntima aposição com as de células vizinhas. O espaço extracelular era mínimo, exceto onde havia material tipo membrana basal, interpretado como fibras reticulínicas. Não foram notados complexos juncionais. Não raro, havia interposição entre duas células de uma lingüeta de citoplasma de outra célula. |
Filamentos
intermediários.
Uma feição proeminente eram feixes de filamentos intermediários arranjados em várias direções no citoplasma de várias células. Ocupavam parcela apreciável do volume celular, deslocando e, por vezes, excluindo totalmente as organelas. |
Mitose. Só uma figura de mitose foi encontrada em ME, apesar de serem comuns em microscopia óptica. Isto se deve à forte restrição de amostragem em ME (a face do bloco não pode exceder 1 mm2). A mitose aqui apresentada parece uma placa metafásica típica, com os cromossomos condensados no equador da célula. Os cromossomos estão localizados no citoplasma, sem interveniência de uma membrana nuclear, que se dissolve no início da mitose. As demais organelas são as vistas em outras células do tumor. A membrana plasmática é nítida, salientando o contorno arredondado da célula. |
Fibras
reticulínicas.
Em ME, são vistas como septos eletrodensos de espessura variável, que cruzam entre as células em várias direções, sofrendo não raro ramificações irregulares e interrupção abrupta. Para fibras reticulínicas em impregnação argêntica, clique. |
O material constituinte das fibras reticulínicas não é claramente fibrilar - é mais homogêneo, lembrando as características de membrana basal. Nesta área, pelo menos, a reticulina não envolve células individualmente. Há várias células em contato direto umas com as outras, sem interposição das referidas fibras. |
Capilares. Em ME, foram notados poucos vasos realmente convincentes. O principal elemento para sua identificação foi a presença de hemácias na luz. Nestes vasos, geralmente, era possível visualizar células endoteliais delgadas, apoiadas sobre membrana basal. As células endoteliais eram contíguas às células do tumor, sem espaço extracelular nítido que permitisse individualizar o vaso. Comparando com as imagens de imunohistoquímica para CD34, que mostravam extensa rede capilar, estes achados são paradoxais. É possível que a área usada para ME fosse realmente pobre em vasos. Outra hipótese é que os pequenos vasos colapsados não tenham sido reconhecidos ultraestruturalmente. |
Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital e Maternidade Madre Theodora, gentilmente contribuído pelo Dr. Donizeti César Honorato, Campinas, SP. |
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