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Glioblastoma epitelióide. 1 HE

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Masc. 10 a. Clique para quadro de resumo de TCs e RMs, melhores imagens de cada exame e exames em detalhe. HE, IH - GFAP, VIM, S100, EMA, SNF, NF, CD34, Ki67 e texto.

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Destaques da microscopia.

HE. Caráter astrocitário, mas células arredondadas ou poligonais, com poucos prolongamentos.	Vascularização riquíssima.	Proliferação endotelial exuberante, inclusive em áreas próximas


Células neoplásicas epitelióides	Células neoplásicas lipidizadas	Atipias, mitoses


GFAP. Positividade citoplasmática difusa.	VIM. Idem	S-100. Positividade nuclear e citoplasmática nas células tumorais, negativo nos capilares proliferados


EMA. Positividade citoplasmática focal	SNF. Positividade em tecido limítrofe infiltrado.	NF. Axônios divulsionados pelo tumor - tendência infiltrativa.


CD34. Riquíssima vascularização, pseudoglomérulos	Ki-67. Positividade em cerca de 15-20% das células neoplásicas.	Ki-67. Positividade em capilares proliferados, até superior à das células do tumor

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Aspecto geral, caráter epitelióide. Este glioma maligno chamou a atenção pelo caráter predominantemente poligonal ou arredondado de suas células, diferindo dos glioblastomas e astrocitomas anaplásicos mais comuns, em que as células tendem a formato estrelado, com prolongamentos citoplasmáticos que se mesclam em uma trama fibrilar de fundo. No presente caso, as células formam blocos sólidos geralmente em torno de vasos, à maneira de um epitélio. O caráter papilífero observado em algumas áreas é, na realidade, pseudopapilífero, isto é, é a necrose das células a certa distância do vaso que dá impressão de uma papila perivascular.

Vascularização riquíssima. A concentração de vasos no tumor era variável, podendo ser extrema, como nos campos abaixo. Nestes, os vasos são muito abundantes, mas finos, sem proliferação endotelial. Em outros campos havia capilares muito espessados por proliferação das células endoteliais, a ponto de sobrepujar em área o tecido neoplásico, com obliteração das luzes.

Proliferação endotelial no tumor. Em tudo semelhante à observada nos glioblastomas usuais (não da variedade epitelióide). Ver CD34.

Proliferação endotelial no tecido nervoso próximo ao tumor. A poucos campos do tecido propriamente neoplásico, já se observava tumefação e multiplicação do endotélio dos capilares do tecido nervoso, aqui provavelmente na substância branca profunda. O achado ilustra o efeito parácrino da produção de VEGF (vascular endothelial growth factor) pelas células tumorais.

Caráter epitelióide. Uma importante feição do glioblastoma epitelióide é o caráter arredondado ou poligonal das células neoplásicas, com poucos prolongamentos citoplasmáticos. À primeira vista não parecem astrócitos, sendo sua natureza glial apenas evidente na imunohistoquímica para GFAP. As células se arranjam em blocos sólidos ou em coroas perivasculares. Estas podem ser interpretadas como pseudopapilas, formadas por degeneração das células mais distantes por falta de nutrição. Os núcleos são grandes, com cromatina frouxa, nucléolo evidente. O citoplasma tem limites nítidos e, às vezes, gotículas claras, presumivelmente de lípides.

Células lipidizadas. Diversas células mostravam citoplasma claro, não raro com finas gotículas na periferia, atribuídas a lípides. É uma das semelhanças reconhecidas deste tumor com o xantoastrocitoma pleomórfico (ver texto).

Atipias, nucléolos, binucleação. Além das feições acima, havia áreas com cromatina densa, variação do volume nuclear, binucleação, e nucléolos proeminentes. Estes denotam intensa síntese proteica, pois são as organelas nucleares onde os ribossomos são montados.

Mitoses. Várias foram encontradas, desde típicas, com placas metafásicas bem alinhadas, a atípicas com desalinhamento e cromossomos 'perdidos'.

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Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos técnicos do Laboratório de Patologia do Centro Boldrini - Srs. Aparecido Paulo de Moraes e Irineu Mantovanelli Neto.

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