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Fem. 44 a. Para página de neuroimagem, clique. |
Aspecto
geral.
A diminuta amostra era composta na maior parte por tecido medular não neoplásico, com substância branca e raros neurônios. O tumor foi identificado como área de tecido mais compacto, associando regiões ricas em núcleos com outras pobres em núcleos e de aspecto densamente fibrilar. |
Ependimoma
tanicítico.
O tumor se caracteriza por alternância de áreas ricas e pobres em núcleos, causando um vago aspecto em pele de onça ou de leopardo, próprio dos ependimomas em geral. Na variedade tanicítica, as células neoplásicas são muito alongadas e fibrilares, com finos prolongamentos em paralelo notados nas áreas pobres em núcleos. O tumor não apresenta as pseudorosetas perivasculares clássicas dos ependimomas comuns, tampouco rosetas verdadeiras de Flexner ou canais ependimários. Para breve texto sobre ependimoma tanicítico e outros casos em imagem e patologia, clique. |
Áreas densamente celulares. Estas áreas são constituídas pelos corpos celulares das células ependimárias, que são arredondadas, com citoplasma claro, e núcleo central de cromatina densa. Há grande regularidade dos núcleos, o que é próprio dos ependimomas. Nos astrocitomas (principal diagnóstico diferencial aqui), costuma haver sempre pelo menos um certo grau de atipia (variação de tamanho e cromatismo) dos núcleos. | |
Áreas ricamente fibrilares. São formadas pelos prolongamentos retilíneos e em paralelo das células neoplásicas. Há leve ondulação dos prolongamentos, dando aspecto em cabeleira, que lembra os astrocitomas pilocíticos, outro diagnóstico diferencial aqui. A semelhança é acentuada pelo encontro de fibras de Rosenthal e corpos hialinos granulosos. Porém, astrocitomas pilocíticos não formam agrupamentos de núcleos, proeminentes neste caso. | |
Tanicitos são células periventriculares alongadas, com morfologia intermediária entre um astrócito e uma célula ependimária, que se estendem à superfície dos ventrículos. Os tanicitos derivariam da glia radial bipolar que, na vida embrionária, atravessa a espessura do neuroepitélio, indo da superfície externa (meníngea) à interna (ependimária). Para breve texto sobre ependimomas tanicíticos, clique. | |
Fibras de Rosenthal. Estes depósitos de material hialino em prolongamentos de células gliais (geralmente, astrócitos pilocíticos) são também notados em pequena quantidade neste ependimoma tanicítico. O encontro delas, e dos corpos hialinos granulosos (abaixo), indica tumor de baixo grau histológico. | |
Corpos hialinos granulosos. | |
Vasos
espessos, hialinizados.
Chamam a atenção vasos tortuosos, com fibrose da adventícia, tanto no tumor quanto no tecido medular vizinho. O aspecto é observado em outros tumores, como os subependimomas. Não há, porém, proliferação das células endoteliais formando enovelados (pseudoglomérulos), característicos dos gliomas de alto grau histológico. Notar também ausência das pseudorosetas perivasculares, próprias dos ependimomas comuns (não tanicíticos). |
Hemossiderina.
Grânulos marrons grosseiros em volta de vários pequenos vasos do tumor e no seu entorno indicam tendência crônica a pequenas hemorragias. Tal achado se correlaciona a áreas de ausência de sinal em T2 na ressonância magnética. |
Para exame de ressonância magnética deste caso, clique. |
Neurônio. Alguns neurônios normais foram encontrados na amostra, testemunhando que parte do material provinha do tecido medular não tumoral. Nas proximidades destes havia grânulos de hemossiderina, indicando que hemorragias crônicas ocorriam na substância cinzenta do corno anterior, devido à proximidade do tumor. | |
Caso do serviço de neurocirurgia do Hospital Centro Médico de Campinas, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes, Campinas, SP. |
Para RM desta paciente, clique » |
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Texto, ependimomas tanicíticos |
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