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em substância branca de hemisfério cerebral. 1. HE. |
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Aspecto geral da lesão. Perda da arquitetura normal da substância branca, com desaparecimento dos oligodendrócitos, e substituição do tecido por macrófagos de citoplasma abundante, claro e xantomatoso (microvacuolado), com intensa fagocitose de lípides. Estes provêm de baínhas de mielina degeneradas em decorrência do processo desmielinizante. Os axônios em si não são visíveis em HE, mas a imunohistoquímica para neurofilamento (NF) revela numerosos axônios preservados, indicando que o processo patológico afeta primariamente a mielina. |
Macrófagos xantomatosos. São de longe a célula predominante. O aspecto geral do tecido em HE é muito semelhante ao que seria observado num infarto cerebral com duração de algumas semanas (amolecimento de causa vascular). O termo 'células grânulo-adiposas' é classicamente atribuído a estes macrófagos. Alguns fagocitaram grânulos de hemossiderina, decorrentes de hemorragia prévia. | |
Manguitos perivasculares. Em torno de pequenas artérias, chama a atenção uma população mais compacta de células redondas, compatíveis com células inflamatórias crônicas. Estas estão concentradas nos espaços de Virchow-Robin, como demonstrado na IH para astrócitos (GFAP). A IH demonstra que grande parte destas células são macrófagos (CD68+), como as células no restante da amostra. Linfócitos são raros, predominando os de imunofenótipo T (CD3+) sobre os B (CD20+). |
Vasos. Alguns vasos no meio da reação macrofágica mostram espessamento da parede e células endoteliais tumefeitas. | |
Astrócitos hiperplásicos. São reativos à perda das baínhas de mielina e encontrados em meio aos macrófagos xantomatosos, muito mais numerosos. Na presente fase da lesão são volumosos, com núcleos grandes e nucléolos evidentes, sugerindo alto metabolismo, com produção de GFAP. Alguns têm aspecto gemistocítico (citoplasma róseo homogêneo e núcleo periférico). Posteriormente, devem evoluir para astrócitos fibrosos, à medida que a lesão passa para a fase crônica (gliose). | |
Células de Creutzfeldt. Um achado em doenças desmielinizantes, que pode passar despercebido, é esta reação astrocítica conhecida como células de Creutzfeldt. São astrócitos volumosos, em que os núcleos são fragmentados em múltiplos pequenos micronúcleos de tamanho variável e aparentemente viáveis. O aspecto pode simular cariorrexe ou mitose, mas difere de ambas. Embora esta alteração possa ser vista em gliomas, é mais encontradiça em lesões reativas, particularmente em doenças desmielinizantes. Ver referência abaixo. | |
Também
descrita nas mesmas situações é a chamada 'mitose
granular', em que os cromossomos aparentemente 'explodem', dando
um aspecto lembrando 'fogos de artifício' ('starburst').
Há observações sugerindo que as 'mitoses granulares'
possam evoluir para 'células de Creutzfeldt'.
No presente
material não observamos 'mitoses granulares'.
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Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Centro Médico de Campinas, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes. Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | TC, RM | IH : GFAP, VIM, NF | IH : CD34, CD68, CD3, CD20, Ki67 |
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