Linfoma de grandes células B primário de dura-máter com extensão extracraniana.  2.  IH
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IMUNOHISTOQUÍMICA
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CD20. 

Este marcador de linfócitos B é positivo na membrana plasmática das células atípicas do linfoma, definindo-o como de linhagem ou imunofenótipo  B.  Mesmo em algumas células em mitose ou em apoptose é possível observar marcação. 

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Marcação   de  células  do  linfoma.  As células linfomatosas são reconhecidas pelo núcleo volumoso, atípico, de forma irregular, não raro com nucléolo. Formas binucleadas são comuns. CD20 decora a membrana celular, contornando o citoplasma e delimitando a célula das vizinhas e do interstício.  Células negativas são provavelmente linfócitos T e macrófagos. 
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Mitoses. Muitas figuras de mitose ocorrem em células marcadas por CD20 e são vistas nas várias fases. A maioria são metáfases, com algumas anáfases e telófases.
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Célula  em  anáfase. 

Os cromossomos atingiram os polos celulares, mas a divisão do citoplasma ainda não ocorreu.  Todo o contorno da célula está salientado por CD20. 

Célula  em  telófase. 

Os cromossomos atingiram os polos celulares e a divisão do citoplasma já ocorreu, notando-se a membrana de separação das células na região equatorial, realçada por CD20. 

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Macrófagos.  Aparecem como células grandes, com citoplasma volumoso e claro, que pode conter material fagocitado (ver quadro abaixo). O núcleo tem cromatina delicada e bem distribuída, diferindo das células neoplásicas. A membrana dos macrófagos não marca para CD20. Estas células são positivas para CD68 no citoplasma. 
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Corpos  apoptóticos.  Alguns macrófagos englobam corpúsculos densamente basófilos contendo material CD20+.  Interpretamos estes como corpos apoptóticos, resultado da degeneração de células do linfoma. Os corpos basófilos seriam resultantes da condensação da cromatina.  A membrana marcada por CD20 indica que se trata de células de imunofenótipo B, portanto, pertencentes ao tumor. 

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CD3. Este marcador de linfócitos T foi positivo em muitos pequenos linfócitos em áreas reativas.  Nas áreas neoplásicas, estes linfócitos T eram raros, predominando as células neoplásicas, que são de imunofenótipo B, portanto, negativas para CD3. 
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Áreas reativas.  Nestas, não há apenas linfócitos T (CD3+), mas estes estão mesclados a outras células, como linfócitos B reativos (CD20+) e macrófagos.  Áreas de linfoma.  Aqui predominam as células neoplásicas CD3 negativas, mas alguns linfócitos T esparsos estão misturados às células atípicas.  São de tamanho menor que estas. 
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Interface entre áreas reativas e neoplásicas. 
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Áreas neoplásicas B em detalhe.  Comparação entre células não neoplásicas T e neoplásicas B.  Nas fotos da fileira logo abaixo, no centro do campo, temos um linfócito T normal (ou reativo), não neoplásico, com sua membrana plasmática marcada por CD3. Comparar com as células em torno, negativas para CD3 - são neoplásicas, irregulares, com núcleos pleomórficos, e quase todas bem maiores que o linfócito T central.  Nas outras fotos, mais comparações entre os dois tipos de células. 
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Áreas  neoplásicas  em  detalhe.  Mitoses, apoptose.  As células em mitose, portanto neoplásicas, são todas negativas para CD3.  Lembrar que são positivas para CD20 (portanto de imunofenótipo B, quadros acima).  O mesmo se diga dos corpos apoptóticos: todos os observados eram CD3 negativos. 

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CD68.  Marcador de macrófagos, destaca estas células pela forte positividade citoplasmática. 

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Ki-67. Marcação de alta proporção dos núcleos, atestando a rápida proliferação das células tumorais.  As mitoses são fortemente positivas, com marcação também do citoplasma. 
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Mitoses. 
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Nesta célula em final de mitose (anáfase ou telófase), os cromossomos chegaram aos polos da célula e o citoplasma ainda não se dividiu. Notar a  positividade citoplasmática para Ki-67. 
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Macrófagos.  Como esperado, não apresentam marcação por Ki-67, sugerindo que, na grande maioria, não estão em preparação para divisão. 
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Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes. Limeira, SP.
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Para mais imagens deste caso e texto: pseudotumor inflamatório
TC, RMs em resumo RMs em detalhe, 1996, 2006 TC, RM em detalhe, 2008 HE
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