Experimentalmente,
a importância da bomba de Na+/K+ pode ser demonstrada pelo tratamento
de células com ouabaína, que inibe a bomba por competição
ao nível do sítio de ligação do K+ (na face
externa da membrana). A intoxicação por ouabaína causa
dilatação do retículo endoplásmico e das mitocôndrias,
indicando entrada de água na célula, podendo chegar a ruptura
de membranas intracelulares e da membrana plasmática, com morte
celular.
Na prática médica,
a alteração vacuolar é observada em casos de anóxia
sistêmica grave, como sufocamento ou estado
de choque. Neste, por falência da microcirculação
(que estudaremos em distúrbios circulatórios),
há anóxia generalizada dos tecidos, que pode ser fatal para
o organismo. Ao microscópio óptico, nota-se tumefação
de células de vários parênquimas, como os hepatócitos,
células tubulares renais e fibras do miocárdio. O citoplasma
fica claro, com aspecto vazio, e pode ter aspecto finamente granuloso,
que corresponde às organelas, como as mitocôndrias, dispersas
no citosol. A tumefação celular pode ter até expressão
macroscópica: há aumento de volume do órgão,
p. ex. o fígado, e quando este é cortado, as bordas do corte
reviram-se, por edema do parênquima.
Evolução
e prognóstico. A alteração vacuolar
é em princípio reversível, desde que haja regressão
da causa, por ex., controle do estado de choque. Caso contrário,
a falta de oxigênio leva a célula à necrose.
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