Neupatimagem-UNICAMP

Meningioma do plano esfenoidal

Masc. 14 a.
Em abril de 2002, na 6ª. série, perda severa da visão com duração de 1 mês. Mesmo sentando-se na frente na escola não consegue enxergar as letras. Dificuldade de ler livros, escreve fora das linhas. Nega dor, trauma. Acuidade visual: OD 0,15; OE 0,1 (conta dedos, OD a 4 m, OE a 2 m). Oftalmoscopia – palidez de papila bilateral, pior à E. Movimentação ocular e pupilas normais. Olfato normal.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Formação extraaxial em placa na linha média, implantada no plano esfenoidal (a porção plana da superfície superior do esfenóide, anterior à sela túrcica) e prolongando-se até a cisterna supraselar. Lateralmente, estende-se à dura-máter das regiões temporais anteriores e aos seios cavernosos. Acarreta compressão dos nervos e quiasma ópticos e desvio superior das Aa. cerebrais anteriores. A lesão chega até o diafragma selar e envolve as apófises clinóides anteriores. Mostra-se isointensa em T1 e T2 (este não demonstrado), homogênea, com impregnação também homogênea pelo contraste paramagnético.

CORTES SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE

CORTES CORONAIS, T1 COM CONTRASTE

T1 SEM CONTRASTE. Elevação do quiasma óptico pelo tumor, comprimindo-o contra a A. cerebral anterior D (apenas uma pequena porção do segmento A1 visível na foto). A pulsação da artéria acarreta lesão do quiasma e déficit visual. O mesmo ocorre com outros tumores desta região, como os macroadenomas da hipófise.