|
1 - Destaques, comparação de 2 RMs |
|
Masc.
35 a. Início dos sintomas em 2001. Cefaléia há
3 meses, frontal, pulsátil, diária, de forte intensidade,
acompanhada de tonturas e vômitos e confusão mental. Alguns
episódios de arresponsividade e alterações da fala.
RM em junho de 2001 - lesão infiltrativa compatível com
astrocitoma difuso de baixo grau em lobo temporal e ínsula E, infiltrando
núcleos da base. Operado em junho de 2001. Fez radioterapia até
setembro de 2001. Ficou com déficit visual E e cefaléia esporádica
e algumas crises parciais complexas. Fez acompanhamento com RM. Último
exame em fevereiro de 2005.
Nesta página:
destaques das RMs de 2001, 2005 e
quadro
comparativo.
|
|
Grande lesão infiltrativa difusa, de limites imprecisos, englobando córtex e substância branca do lobo temporal E, ínsula e núcleos da base. Há aumento de volume das estruturas acometidas, causando efeito de massa, com desvio das estruturas da linha média e compressão do mesencéfalo (base do pedúnculo cerebral E). A lesão é sólida e relativamente homogênea, dando hiposinal em T1 e hipersinal em T2 e FLAIR, sugestivo de alto grau de hidratação. Não se nota impregnação por contraste nesta fase. |
MELHORES CORTES AXIAIS | ||
T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE | FLAIR |
T2 | ||
CORTES CORONAIS, SAGITAIS | |
T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE |
ESPECTROSCOPIA DE PRÓTONS. Duas medições, uma no tumor (1a. fileira) e outra no tecido nervoso normal no hemisfério D. No tumor há um grande pico de colina, que domina o espectro, indicando alto turnover de membranas, próprio de tecido neoplásico. O pico de NAA é baixo, compatível com poucos neurônios remanescentes. Em comparação, no tecido normal, é o pico de NAA que domina o espectro, superando os de colina e creatina. | |
Pico
de colina indica alto turnover de membranas, habitualmente visto em tecido
neoplásico.
A creatina é ligada a metabolismo energético / oxidativo. Quanto mais alto o pico de creatina maior o metabolismo no tecido neoplásico. Pico de NAA (N-acetil aspartato) - presente em neurônios e seus prolongamentos (axônios e dendritos). |
|
Quatro anos após o tratamento, o tumor permanece mais ou menos com o mesmo volume, mas houve alteração na textura do tecido, com aparecimento de áreas císticas (mais hidratadas, com hipersinal forte em T2). Nota-se um foco hemorrágico mais antigo, pelo hiposinal em T2, sugestivo de hemossiderina. Com contraste, há impregnação irregular, indicando perda de barreira hemoencefálica, provavelmente associada a proliferação vascular, um sinal histológico de anaplasia (não constatada anatomicamente por não termos biópsia contemporânea a este exame). |
MELHORES CORTES AXIAIS | ||
T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE | T2 |
CORONAIS, T1 COM CONTRASTE | T2 |
SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE |
COMPARAÇÕES ENTRE DUAS DATAS. Em 4 anos, o tumor, que era homogêneo em 2001 e não se impregnava, tornou-se heterogêneo, com áreas císticas hidratadas, focos hemorrágicos, e impregnação irregular por contraste, uma evidência de anaplasia, com quebra da barreira hemoencefálica. O tumor continua aproximadamente do mesmo tamanho em 2005 (mas notar que parte do tumor foi retirada na cirurgia de 2001 - portanto, houve crescimento, com recuperação do volume original). | ||
2001 | 2005 | |
T2 | ||
|
|
|
|
||
|
||
Esta é a tendência natural e inexorável dos astrocitomas difusos, de aumentar de grau ao longo da evolução, terminando em grau IV ou glioblastoma multiforme 'secundário' (ou seja, originado em um astrocitoma difuso de baixo grau). O tempo para esta transformação é imprevisível para cada caso, em geral de alguns anos, mas pode chegar a décadas. |
Mais sobre astrocitomas difusos: |
Na graduação | Texto ilustrado | Casos de neuroimagem | Casos neuropatológicos |
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|