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Peça SN-13. Abscesso cerebral. Outro exemplo de abscesso, aqui no sistema nervoso central. Bactérias ganham acesso ao cérebro (ver vias de acesso comuns no quadro abaixo) e causam uma encefalite purulenta localizada que cresce através de necrose liquefativa do tecido cerebral e se transforma em abscesso. A localização na substância branca é clássica. Talvez por ter menos irrigação que a substância cinzenta, a reação inflamatória inicial às bactérias é menor, facilitando sua instalação. A cavidade do abscesso é de contorno irregular (anfractuosa) e uma vez retirado o pus resta uma fina camada de exsudato recobrindo a parede. O abscesso causa intenso edema do parênquima nervoso, pois a reação inflamatória lesa a barreira hemo-encefálica nos pequenos vasos próximos. O edema (acúmulo de líquido intersticial) aumenta o volume do hemisfério acometido, desviando as estruturas da linha média. |
Como
bactérias piogênicas chegam ao cérebro?
A) Por acesso direto: traumas com fratura, projéteis de arma de fogo. B) Por contiguidade: a partir de infecções nos seios paranasais (sinusites), ouvido médio (otites) e células da mastóide (mastoidites). Destes locais as bactérias caminham por via venosa até o seio dural mais próximo passando através dele para uma veia que drena o cérebro (veias cerebrais e extracerebrais convergem nos seios venosos da dura-máter, como o seio transverso). Daí vão em sentido retrógrado por via venosa até a substância branca, onde iniciam a formação do abscesso. c) Por via hematogênica (arterial) a partir de focos supurativos distantes: piodermites, pneumonias, osteomielites, etc. |
Aprenda
mais sobre este assunto em: Textos
de apoio;
Neuroimagem; Banco de imagens: meningite; abscesso; Lâmina: A. 76. |
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