Xantoastrocitoma  pleomórfico mesial fronto-parietal direito. 2. IH para antígenos neurais : GFAP,  VIM,  S-100,  NF 
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Masc. 36 a.   Clique para RM, HE, destaques da imunohistoquímica, GFAP, vimentina, S-100, NF, CD34, CD99, 1A4, Ki67, p53
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Destaques  da  imunohistoquímica. 
GFAP.  Células atípicas positivas  Pseudoinclusões intranucleares  Células atípicas negativas 
Células menores lembrando oligodendrócitos Mitoses raras, atípicas Vasos - escassa proliferação endotelial, ocasional obstrução da luz
VIM.  Células atípicas positivas  Pseudoinclusões intranucleares  Células atípicas negativas 
Células menores (aqui com citoplasma claro) lembrando oligodendrócitos  Mitoses raras, atípicas Vasos - raro exemplo de pseudoglomérulo
S-100.  Células atípicas positivas Células atípicas negativas  Mitoses raras, atípicas
Vasos - escassa proliferação endotelial, ocasional obstrução da luz Córtex cerebral normal, controle interno. Positividade em astrócitos (inclusive nuclear), negativo em neurônios NF.  Negativo no tumor. Ausência de caráter infiltrativo 
CD34. Positivo universalmente em padrão membrana em células neoplásicas CD34. Vasos.  Córtex  cerebral normal CD99. Positivo universalmente em padrão membrana em células neoplásicas
1A4. Positivo nos vasos, negativo nas células neoplásicas Ki-67. Positividade em cerca de 3 a 5%  dos núcleos das células neoplásicas. p53. Positivo só em raríssimos núcleos
Destaques  da  histologia HE
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IMUNOHISTOQUÍMICA
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GFAP.   Positividade para GFAP (proteína glial ácida fibrilar, ou glial fibrillary acidic protein, um filamento intermediário próprio de astrócitos) atesta o tumor como de linhagem astrocitária, portanto um astrocitoma.  O caráter bem delimitado da lesão na RM,  sólido-cístico, com impregnação na parte sólida e parede do cisto, escasso edema perilesional e pouco efeito de massa são compatíveis com xantoastrocitoma pleomórfico.  No GFAP, chama atenção o caráter variável da positividade, com células marcadas e não marcadas lado a lado.  O mesmo ocorre com vimentina e S-100
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GFAP. Células atípicas positivas. 
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GFAP.  Pseudoinclusões. 

Estas formações que parecem intranucleares são positivas para GFAP, demonstrando sua natureza citoplasmática. A continuidade entre a pseudoinclusão e o citoplasma está fora do plano de corte. Ver também VIM.

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GFAP. Células atípicas negativas.    É digno de nota que muitas das células altamente atípicas foram negativas para GFAP. O mesmo se observou para VIM e S-100.  Em todos campos havia pequenas áreas positivas, atestando a validade da reação. 
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GFAP.  Células menores, lembrando oligodendrócitos.   Estas células regulares, praticamente sem atipias, eram variavelmente positivas para GFAP. 
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GFAP. Mitoses.     Poucas mitoses foram observadas, sendo a figura atípica abaixo a mais representativa. 
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GFAP.  Vasos. 

Proliferação endotelial era pouco notável. No pequeno vaso ao lado, as células têm aspecto ativado (núcleo grande e frouxo), mas a luz está preservada. Ver  VIM, S-100 e CD34

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VIM.  Células atípicas positivas.   Positividade para vimentina é feição habitual de astrócitos, neoplásicos ou não, e grosseiramente faz paralelo com  a expressão de GFAP. 
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VIM. Pseudoinclusões. 

Insinuações de citoplasma em dobras da membrana nuclear são positivas para vimentina, um filamento intermediário exclusivamente citoplasmático.  Ver também com GFAP

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VIM.  Células atípicas negativas.  Como com GFAP acima, várias das células mais atípicas eram negativas para vimentina. A título de especulação, sugerimos que estas células seriam de tal forma aberrantes, tanto morfologica- quanto funcionalmente, a ponto de não expressar moléculas do citoesqueleto tão básicas como vimentina ou GFAP. 
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VIM.  Células menores, lembrando oligodendrócitos.    Estas pequenas células foram fracamente positivas ou negativas para VIM. 
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VIM. Mitoses.   As mitoses observadas iam de típicas a atípicas. Nestas, os cromossomos estavam desorganizados na parte central da célula, ou fora da placa metafásica, sugerindo que pudessem ser perdidos durante a mitose. Mitoses típicas mostravam placas metafásicas regulares e retilíneas no equador celular. 
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VIM. Vasos. 

As células participantes de vasos intratumorais, (endotélio e células musculares lisas) são VIM positivas.  Ao lado o único exemplo de proliferação vascular que se assemelhava aos pseudoglomérulos do glioblastoma multiforme.  Outros pequenos vasos não proliferados se perdiam em meio à positividade geral do tumor. 

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S-100. 

A proteína S-100 (para breve texto, clique) apresentou positividade variável nas células neoplásicas, tanto nuclear como citoplasmática. 

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S-100. Células atípicas positivas.  Marcação é citoplasmática e nuclear.  Em algumas células notam-se prolongamentos citoplasmáticos. 
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S-100. Células atípicas negativas. 
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S-100. Mitose.    Única observada na lâmina, altamente atípica. 
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S-100. Vasos.      Como os vasos são sempre negativos para S-100, destacam-se contra os elementos neoplásicos, permitindo análise de sua arquitetura.  Observa-se espessamento da parede vascular a custa de hipertrofia e hiperplasia do endotélio. Em alguns vasos, há obliteração total da luz.  Mesmo assim, não havia áreas de necrose na amostra. 
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S-100.  Córtex  cerebral normal. 

Este pequeno fragmento de córtex cerebral vizinho ao tumor serviu de controle interno da reação.  Nele notam-se positividade dos núcleos de células gliais (presumivelmente astrócitos ou oligodendrócitos) e negatividade do núcleo e citoplasma dos neurônios e das células endoteliais dos capilares (resultados esperados em tecido nervoso normal). 

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NF. 

A reação para proteína de neurofilamento foi totalmente negativa no tumor, com controle positivo no córtex cerebral limítrofe. Como não há axônios entre as células tumorais, deduz-se que a capacidade infiltrativa do tumor é mínima ou ausente. Isto reforça a natureza expansiva do xantoastrocitoma pleomórfico, e o distingue dos astrocitomas difusos, que são eminentemente infiltrativos.  

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Antígenos negativos. Sinaptofisina (SNF) e cromogranina foram negativos no tumor, com controle interno positivo do córtex cerebral limítrofe. 
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Agradecimentos. Caso do Hospital Centro Médico de Campinas, SP, enviado e gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes do Serviço de Neurocirurgia.  Preparações histológicas e imunohistoquímicas pelos técnicos Viviane Ubiali, Ana Claudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis, Arethusa de Souza, Luis Felipe Billis e Thainá Milena Stela de Oliveira.  Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP. 
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Para mais imagens deste caso: RM  HE IH :  GFAP, VIM, S100, NF IH : CD34, CD99, 1A4, Ki67, p53
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Características de imagem dos xantoastrocitomas Textos sobre xantoastrocitoma pleomórfico (1) (2) Xantoastrocitomas - mais casos: neuroimagem, neuropatologia
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