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Meningioma de baínha do nervo óptico.
2. Colorações especiais

Para história, ver página anterior. Nesta página, tricrômico de Masson e reticulina. Em outras páginas, macroscopia, HE, e imunohistoquímica. Para discussão mais extensa dos achados, ver a página de HE. Ver também outro caso de meningioma de baínha de nervo óptico com exame de ressonância magnética, para ilustrar.

TRICRÔMICO DE MASSON

No tricrômico de Masson, o colágeno cora-se em azul. O meningioma e o nervo óptico coram-se em róseo arroxeado. Os septos conjuntivos que separam lóbulos tumorais são salientados. Para detalhes da morfologia ver página de HE.

Meningioma no espaço subdural. Lóbulos de tecido tumoral são encontrados entre a dura-máter e o nervo óptico. Como se situam entre a dura e a pia-aracnóide do nervo, estão no espaço subdural.

Meningioma infiltrando a baínha do N. óptico (= dura-máter). Lóbulos de meningioma corado em róseo destacam-se contra o tecido fibroso denso da baínha do nervo óptico, corados em azul. Mostram como este tumor de lento crescimento se insinua entre estruturas conjuntivas para estender-se aos tecidos vizinhos.

Pia-aracnóide do N. óptico. A pia-máter, constituída por uma fina camada de tecido fibroso denso que envolve intimamente o nervo óptico, aparece em azul. As células da aracnóide (fibroblastos pavimentosos) na superfície coram-se em róseo.

Nervo óptico. As delicadas traves de colágeno que envolvem os vasos do nervo óptico se destacam em azul no tricrômico de Masson.

Nervos intraorbitários. Além do nervo óptico, outros nervos, correspondendo aos nervos cranianos motores oculares III (oculomotor), IV (troclear) e VI (abducente), e ao ramo oftálmico do trigêmeo (V1), estavam envolvidos pelo meningioma, mas sem alterações degenerativas evidentes de seus axônios e baínhas de mielina. O padrão morfológico destes nervos é o de nervos periféricos comuns, e diferentes do nervo óptico, que é um trato do SNC.

RETICULINA

Meningioma no espaço subdural. Este meningioma do tipo meningotelial é desprovido de fibras reticulínicas entre as células tumorais. A reticulina é observada entre os lóbulos do tumor e em vasos.

Meningioma infiltrando a baínha do N. óptico (= dura-máter). O colágeno da dura aparece em vermelho vinhoso nesta impregnação pela prata; as fibras reticulínicas em negro.

Meningioma. Estrutura lobular. As células do meningioma se arranjam em lóbulos, separados por finas traves conjuntivas onde predominam fibras reticulínicas. Contudo, no interior dos lóbulos não há reticulina separando as células neoplásicas. Neste aspecto, os meningiomas meningoteliais e transicionais diferem dos fibroblásticos, onde fibras reticulínicas se intercalam às células do tumor.



Traves conjuntivas em corte tangencial. Dependendo do plano de corte, é possível evidenciar a trama de fibras reticulínicas, que formam uma tela separando os lóbulos tumorais.

Nervo óptico. As delicadas traves conjuntivas que envolvem os vasos do nervo óptico se destacam nesta impregnação argêntica para reticulina, recortando incompletamente o nervo em compartimentos. Notar que, ao contrário dos nervos periféricos, no nervo óptico a reticulina não circunda os axônios individualmente. Para nervos intraorbitários com estrutura de nervo periférico, clique.

Nervos intraorbitários. A técnica para reticulina mostra bem a estrutura dos nervos periféricos. Cada axônio é circundado por individualmente por fibras de reticulina, que formam uma estrutura em colméia.

Caso do Hospital Centro Médico de Campinas, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima e Paulo Roland Kaleff.