|
3. Imunohistoquímica. |
|
Masc. 42 a. Para páginas de neuroimagem, HE (1) (2), e breve texto sobre gliomas primários da meninge, clique. |
Destaques da imunohistoquímica. | ||
GFAP. Positivo no citoplasma das células neoplásicas | VIM. Positivo no citoplasma das células neoplásicas | S-100. Positividade nuclear e citoplasmática nas células neoplásicas, vasos negativos |
EMA. Positivo em padrão membrana nas células neoplásicas em certa área | Ki-67. Positividade em cerca de 10-15% dos núcleos das células neoplásicas (tomando-se diversos campos) | p53. Positividade em cerca de 5-10% dos núcleos das células neoplásicas |
Para destaques da HE e Perls, clique. | ||
GFAP.
Em praticamente todas as áreas examinadas havia forte positividade para GFAP ou proteína glial ácida fibrilar, a proteína de filamento intermediário própria de astrócitos e células ependimárias. Sua presença definiu o tumor como glioma, afastando outras hipóteses, que haviam sido levantadas face à topografia extraaxial da lesão nos exames de imagem. |
GFAP. Células perpendiculares à parede do vaso. Como astrócitos e células ependimárias normais, as células neoplásicas lançam prolongamentos perpendiculares aos vasos. Estes prolongamentos são espessos e ricos em GFAP, tornando a reação mais densa nestas regiões. As células que compõem o vaso, como esperado, são totalmente negativas (em cima, nas fotos). | |
VIM. Resultados semelhantes aos com GFAP. VIM demonstra o citoplasma das células neoplásicas, realçando o contorno estrelado e os prolongamentos celulares. Núcleos sempre negativos, coram-se em azul claro pela hematoxilina de fundo. | |
S-100.
Células neoplásicas mostram positividade nuclear e citoplasmática para proteína S-100. Vasos são negativos, como esperado. |
EMA. Antígeno epitelial de membrana (EMA) foi positivo só em pequena área do tumor. Contudo, nesta, a positividade foi considerada genuina, por ser mais forte nas membranas celulares e deixar os núcleos claros e não reativos. Positividade para EMA é observada em ependimomas. Em HE, o tumor apresentava áreas lembrando aqueles gliomas. | |
Ki-67.
Positividade para este marcador de proliferação celular foi considerada da ordem de 10 a 15% dos núcleos (estimativa visual sem contagem). Em áreas, como ao lado, superava este valor. Isto vem em apoio ao encontro de mitoses, proliferação vascular e necrose, que colocam este tumor entre os gliomas de alto grau. |
Ki-67. Mitoses são também marcadas por Ki-67. Os cromossomos condensados apresentam positividade forte e, não raro, também o citoplasma se destaca. Em células interfásicas com marcação nuclear, o citoplasma é sempre negativo. O fenômeno da marcação citoplasmática fraca na mitose é observada freqüentemente para vários tumores, e já o constatamos em preparados de diferentes laboratórios. | |
p53.
Marcação da ordem de 5 a 10% dos núcleos (estimativa visual sem contagem). Indica mutação do gene p53 nas células marcadas, com acúmulo da proteína mutante. |
Caso trazido em consulta e gentilmente contribuído pelo Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas, Laboratório Multipat, Campinas, SP. Agradecemos revisão das imagens e lâminas pelo Dr. José Ribeiro de Menezes Netto, Laboratório Menezes, Campinas, SP. |
Glioma
extracerebral primário de leptomeninges.
A origem extraaxial de um glioma (astrocitoma ou oligodendroglioma) na topografia das leptomeninges é excepcionalmente rara. A literatura limita-se a casos isolados, e os relatos mais recentes referem apenas cerca de 15 exemplos publicados. Situam-se no espaço subaracnóideo, sem conexão óbvia com o parênquima encefálico. Podem ocorrer de forma focal ou difusa, e ser malignos, indistinguíveis do glioblastoma multiforme. A origem destes tumores seria em ninhos celulares derivados de migração aberrante no período embrionário ou fetal. O diagnóstico diferencial, em face à localização extraaxial, é feito primeiramente com os meningiomas e metástases. Abaixo, alguns artigos obtidos através de rápida pesquisa no PubMed.
|
Para mais imagens deste caso: | TC, RM | HE | HE, Perls |
|
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|