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Masc. 42
a. Em nov 2010, após quadro de cefaléia intensa, foi internado
com diagnóstico de hemorragia subaracnóidea e hematoma temporal
direito. Boa evolução. Em jan 2011, crise convulsiva.
Instituido tratamento medicamentoso. Novo exame (RM de março de
2011, abaixo) demonstrou processo expansivo na topografia do hematoma.
Em abr 2011, craniotomia temporal direita - gliose temporal anterior e
processo expansivo com intensa relação com as leptomeninges.
Alta para acompanhamento ambulatorial.
Clique para páginas de neuropatologia em HE (1) (2), imunohistoquímica e breve texto sobre gliomas primários da meninge. |
Comparação de datas - 4 meses de evolução. Lesão temporal direita, que anunciou presença através de sangramento extraparenquimatoso. Nas primeiras tomografias, espaçadas de uma semana, observa-se a hemorragia através da hiperdensidade do sangue extravasado, deslocando medialmente o lobo temporal. Na primeira ressonância, um mês após, o aspecto era ainda dominado pelo hipersinal da metahemoglobina (produto de degradação hemática) do sangramento original. Na última RM após 3 meses, a metahemoglobina foi reabsorvida, permitindo visualizar lesão tumoral extraaxial, sólida com pequenos cistos, limites nítidos, que comprime o lobo temporal e capta contraste. Abaixo, melhores cortes de cada exame. Clique nas datas para exames em detalhe. | |||
14/11/2010 | 21/11/2010 | 21/12/2010 | 16/3/2011 |
TOMOGRAFIAS COMPUTADORIZADAS | ||
TC, 14/11/2010. Primeiro exame, sem contraste, mostra lesão hemorrágica aparentemente extraaxial entre o lobo temporal direito e a superfície interna do crânio. Na segunda imagem (em nível um pouco superior), uma lâmina de sangue parece interpor-se entre a lesão e o cérebro. | TC, 21/11/2010. Uma semana após, exame também sem contraste mostra a hemorragia na topografia do lobo temporal direito e hemorragia subdural laminar estendendo-se anteriormente ao lobo frontal (seta). | |
Mais imagens deste exame. | Mais imagens deste exame. |
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA, 21/12/2010. Melhores cortes. Cerca de 5 semanas após o evento inicial, ainda se observa hematoma extraparenquimatoso temporal D. O centro tem hipossinal em T1, a periferia tem forte hipersinal devido à metahemoglobina. No FLAIR axial e no T2 coronal (abaixo), nota-se orla de hipossinal circundando o hematoma, atribuível à hemossiderina, pigmento resultante da degradação do ferro da hemoglobina. O hipersinal da metahemoglobina dificulta verificar se há alguma lesão subjacente ao hematoma, que capte contraste. | ||
AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE | FLAIR |
Clique para pigmentos hemoglobinógenos em ressonância magnética. Hemossiderina no curso de graduação. Aspecto da cápsula fibrosa que circundava o hematoma no espécime cirúrgico (após 5 meses do evento). Hemossiderina no citoplasma de células neoplásicas. |
CORTES CORONAIS. A lesão situa-se na topografia do giro temporal médio direito e causa indentação do lobo temporal. Devido ao hipersinal da metahemoglobina em T1, não é possível avaliar se há lesão impregnante ou não. | |||
T1
C |
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T2 |
SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE | |
Mais imagens deste exame. |
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA, 16/3/2011. Melhores cortes. - AXIAIS. Neste exame, a metahemoglobina resultante da degradação do hematoma foi reabsorvida, deixando perceber lesão de aspecto neoplásico que desloca e comprime o lobo temporal. A lesão é sólida, com pequenos cistos, e é circundada por orla de hemossiderina melhor vista como hipossinal em T2 na interface com o cérebro. A interface é mais nítida em cortes mais inferiores, e mais borrada nos cortes mais superiores, onde a lesão parece penetrar o tecido cerebral ou nos sulcos, na forma de lingüetas. | |||
T1C | |||
T2 |
CORONAIS, T2 | ||
CORONAL, | SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE. | |
Nestes planos, a lesão está baseada na meninge e parece indentar e rechaçar o polo temporal direito posteriormente. O caráter extraaxial é nítido, o que levou à impressão radiológica de que se tratasse de um tumor de meninges, mais provavelmente um meningioma. Assim, o achado histológico de um glioma causou surpresa e ceticismo. Mais imagens deste exame. Para aspectos histológicos em HE (1) (2), imunohistoquímica, e para breve texto sobre glioma primário de meninges, clique. |
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Sem contraste | |||
Sem contraste, detalhes | ||
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Sem contraste | |||
Sem contraste, detalhes | ||
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CORTES AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE | ||
T1 COM CONTRASTE | ||
FLAIR | ||
CORTES CORONAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
T2 | ||
CORTES SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE | |
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CORTES AXIAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
T2 | ||
FLAIR | ||
T1 COM CONTRASTE, MEDIDAS | |
CORTES CORONAIS, T2 | ||
CORTES CORONAIS, SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE | |
Caso trazido em consulta e gentilmente contribuído pelo Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas, Laboratório Multipat, Campinas, SP. Agradecemos ao colega Dr. Heliantho de Siqueira Lima Filho, Próton Diagnósticos, Centro Médico de Campinas, Campinas SP, por parte das imagens deste caso e ao Dr. José Ribeiro de Menezes Netto, Laboratório Menezes, Campinas, SP por revisão das lâminas. |
Para mais imagens deste caso: | HE | HE, Perls | IH |
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