Cisto de bolsa de Rathke
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Aspecto geral.   Fem. 70 a.  O material consistia de fragmento de tecido fibroso com densa reação inflamatória crônica de corpo estranho a cristais de colesterol. Estes eram proeminentes na forma de fendas vazias, pois o colesterol dissolve-se durante a preparação do espécime para inclusão em parafina. A superfície era parcialmente revestida por epitélio cúbico simples e, logo abaixo, notava-se um pequeno cisto delimitado por camada única de epitélio semelhante.  Não havia feições encontradas nos craniofaringiomas, tanto do tipo adamantinomatoso mais comum, como na forma escamopapilar. Craniofaringioma havia sido a hipótese diagnóstica nos exames de imagem e no ato cirúrgico. 
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Epitélio cúbico simples.     Este epitélio permitiu definir o caso como um cisto de bolsa de Rathke.   O revestimento epitelial dos cistos de Rathke é variável, podendo ser simples, contendo ou não células mucíparas ou ciliadas, análogas às do epitélio respiratório, ou plano estratificado não corneificado, análogo ao da orofaringe e mucosa oral.  Para exemplo em outro caso, clique. No presente caso, o aspecto claro e finamente espumoso do citoplasma de parte das células lembra produção de muco. 
Pequeno cisto satélite.    Este pequeno cisto, revestido por epitélio simples análogo ao do revestimento do cisto maior, pode ter-se originado por uma invaginação daquele. Neste corte, aparece isolado em meio ao tecido conjuntivo. 
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Reação inflamatória a corpo estranho.    A maior parte do tecido é reacional, secundário à ruptura da parede do cisto e extravasamento do conteúdo,  que provocou um processo inflamatório crônico a corpo estranho. O principal elemento irritativo são cristais de colesterol, que aparecem como fendas claras. Alguns cristais são vistos englobados por células gigantes de corpo estranho.  Fenômeno semelhante foi observado em outro caso de cisto de bolsa de Rathke. 
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Células gigantes de corpo estranho.   As células gigantes de corpo estranho são macrófagos multinucleados com os núcleos dispersos homogeneamente no citoplasma. Algumas são vistas fagocitando cristais de colesterol. 
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Hemossiderina.      Pigmento marrom que contém ferro em valência 3, aparece como grumos refringentes no tecido fibroso do cisto, livres ou fagocitados por macrófagos. Seu encontro é compatível com hemorragias antigas, presumivelmente espontâneas, pois não houve manipulação cirúrgica prévia. Para mais sobre hemossiderina no curso de graduação, clique
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Agradecimentos. Caso do Hospital Centro Médico de Campinas, SP, enviado e gentilmente contribuído pelo Dr. Yvens Barbosa Fernandes e residentes do Serviço de Neurocirurgia. Preparações histológicas pelos técnicos do laboratório de rotina - Fernanda das Chagas Riul, Viviane Ubiali, Mariagina de Jesus Gonçalves, Maria José Tibúrcio e Fernando Wagner dos Santos Cardoso.  Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP. 
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Para  RM  deste caso, clique  »
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